A manifestação dos mototaxistas, que acontece desde a manhã desta sexta-feira (2), em pelo menos dois bairros de Maceió, acabou em confusão na região do Cambona. Por conta da interdição de várias ruas do Centro, os policiais militares da Radiopatrulha (RP), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Trânsito (BPTran) foram acionados para negociar a liberação do trânsito, que ficou caótico na região durante horas.

Segundo o soldado Santos, da RP, a polícia recebeu a denúncia de que os mototaxistas estavam soltando rojões durante a manifestação. Durante a abordagem da polícia, foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e. alguns manifestantes denunciaram que foram agredidos pelos policiais. Motoristas e passageiros de ônibus se revoltaram com a situação e até um helicóptero do Bope foi usado para tentar conter a confusão.

Ao todo, acabaram sendo presos três mototaxistas, José Henrique Reis da Silva, de 19 anos, Cleviton Crispin Barros, de 28 anos, e Gerson dos Santos Silva, 38. A polícia encontrou os rojões em posse dos três e os encaminharam para a Central de Polícia, no bairro do Prado, onde eles serão ouvidos pelo Delegado Vinícius Martins Ferrari.

Os manifestantes devem responder perturbação à tranquilidade ou do sossego – vandalismo.

Mototaxista e policial do Bope se agridem
Depois de toda confusão no Centro da cidade, o problema parece ter aumentado na porta da Central de Polícia. Um dos mototaxistas que acompanharam as prisões, identificado como José Wanderley de Oliveira, de 29 anos, trocou agressões físicas com um policial militar do Bope.

Segundo José Wanderley, ele teria se defendido das agressões sofridas pelo militar. “O militar do Bope me chamou para abordagem, e eu não fui. Aí ele veio pra cima, me agredindo, e a única coisa que eu fiz, foi colocar o capacete pra me defender”, justificou.

O policial envolvido na confusão, afirma que o mototaxista desacatou a sua autoridade e que não houve agressão por parte do Bope.

Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) será lavrado contra o taxista, que deve responder por desacato à autoridade e resistência à prisão.