São Paulo aplica 3 a 0 no Guaratinguetá

Mesmo cansado após maratona, meia faz golaço no primeiro tempo, e volante dá duas belas assistências na vitória são-paulina por 3 a 0

01/03/2012 20:21

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GLOBOESPORTE.COM

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Duas partidas dentro do mesmo jogo, uma importante vitória e a volta da confiança após dois empates consecutivos no Campeonato Paulista. No primeiro tempo, enquanto o Guaratinguetá jogou fechadinho no campo defensivo, o São Paulo teve enormes dificuldades. Errou muitos passes, abusou das jogadas individuais e só conseguiu marcar um gol aos 42 minutos, com Lucas, que, apesar da maratona dos últimos dias, teve boa atuação. Na etapa complementar, quando a equipe do Vale do Paraíba se expôs para buscar o empate, o Tricolor deitou e rolou. Com passes açucarados de Casemiro e dois gols em três minutos, a equipe chegou aos 3 a 0, resultado que fez a torcida voltar a comemorar nas arquibancadas.

Com o resultado, a equipe comandada por Emerson Leão deu sinal de recuperação, mas segue estacionada na sexta posição na tabela de classificação, com 22 pontos, sete a menos que o líder Corinthians. O Tricolor tem a mesma pontuação de Mogi Mirim e Guarani, que levam vantagem nos critérios de desempate.

Já o Guaratinguetá, que sofreu sua sétima derrota em 11 jogos disputados, fechou a rodada na 15ª colocação, com nove pontos, dois a mais que o Comercial, primeiro integrante da zona de rebaixamento.

As duas equipes voltarão a campo no fim de semana. O Tricolor seguirá até Piracicaba, onde no domingo enfrentará o XV, que faz péssima campanha e ocupa a lanterna da competição. Já o Guaratinguetá buscará a reabilitação no mesmo dia, contra o Paulista, em Jundiaí.

O primeiro tempo não despertou grande interesse do pequeno público que compareceu ao estádio do Morumbi. O São Paulo entrou em campo com uma baixa de última hora: Piris, com um desconforto na coxa esquerda, foi sacado do jogo. Como o recém-contratado Douglas segue em recuperação de lesão no púbis, Leão foi obrigado a improvisar o volante Rodrigo Caio na posição. Do lado do Guaratinguetá, desde que a bola rolou, a postura dos comandados de Vilson Tadei era clara: marcação forte, sem a menor preocupação de avançar ao ataque. Tanto que Denis, nos primeiros 45 minutos, só foi notado em campo em cobranças de tiro de meta.

Com um adversário retrancado, o São Paulo, mais uma vez, explicitou suas deficiências. Jadson, novamente, esteve muito apagado. Sem um armador em campo, o time só levou perigo quando seus atletas buscaram as jogadas individuais. Pelas laterais, o jogo não existia. Isso porque Rodrigo Caio, apesar de ter iniciativa, errava todos os cruzamentos que tentava, enquanto Cortez, que seria a válvula de escape pela esquerda, era vigiado constantemente por dois jogadores.

Sem inspiração, o jogo se tornou amarrado. O Guaratinguetá mal conseguia trocar passes no campo ofensivo. Do outro lado, nas poucas vezes em que o Tricolor chegou, Jailson evitou o pior para o time do Vale do Paraíba.

A torcida já dava sinais de impaciência. Até que, aos 42, quando finalmente o São Paulo conseguiu tramar uma jogada, saiu o gol. E foi um golaço. Após toque de calcanhar de Cícero, Lucas avançou pela direita, tocou para Jadson, que devolveu para o meia-atacante. Dentro da área, ele deixou o zagueiro Baggio no chão e bateu no canto direito da meta do Guará: 1 a 0 e festa para o camisa 7, que desembarcou na madrugada desta quinta - após defender a Seleção Brasileira contra a Bósnia - e descansou o dia inteiro no CT para poder jogar.

O ferrolho armado pelo Guaratinguetá no primeiro tempo perdeu força na etapa complementar pela necessidade de buscar o empate. Isso fez com que o São Paulo atuasse como mais gosta, com espaço para contra-atacar. Em dois passes açucarados de Casemiro, a equipe marcou dois gols em apenas três minutos e decidiu a partida. Aos 14, Willian José invadiu a área e bateu por cima de Jailson. Aos 17, foi a vez de Fernandinho, que havia acabdo de entrar na vaga de Lucas, disparar uma bomba e marcar um belo gol.

Com 3 a 0, o time se tranquilizou em campo. A festa tomou conta das arquibancadas. Em campo, Leão colocou Osvaldo na vaga do apagado Jadson, e Maicon no lugar de Casemiro.

Na saída do campo, o volante passou pelo banco, ganhou sorrisos, cumprimentos e até um tapinha carinhoso de Emerson Leão - ano passado, o treinador, irritado com a postura do jogador, deixou-o por um tempo na "geladeira".

O Guaratinguetá, entregue, seguia com seu futebol inoperante e que, em nenhum momento, assustou a equipe do Morumbi. A defesa, após ser vazada em nove jogos consecutivos, finalmente conseguiu sair de campo zerada.

Até o apito final de Luiz Vanderlei Martinucho, o São Paulo esteve perto do quarto gol. Cortez ganhou terreno pelo lado esquerdo e fez uma dupla perigosa com Fernandinho. Pela direita, Osvaldo também levava vantagem nas jogadas individuais. Jailson, aos 39, fez boa defesa em falta cobrada por Cícero. Aos 44, na última jogada, Willian José quase fez de cabeça. Mas nem precisava de mais. Depois de um período de instabilidade, o São Paulo, enfim, voltou a animar seu torcedor.
 

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