Cadela é jogada ferida e com pata quebrada em terreno baldio no São Jorge

Cadela foi encontrada muito ferida e com pata quebrada. Passou por cirurgia para amputar a pata, mas já passa bem e aguarda adoção.

01/03/2012 07:51

A- A+

Jessica Pacheco

compartilhar:

“Mais uma vez, infelizmente, nós voltamos a registrar um caso cruel contra um animal indefeso. Esse é mais um caso do retrato da maldade humana”, lamentou a voluntária do Grupo Vida Animal de Maceió (GVAM), Luceli Mergulhão, ao expor o caso de uma cadela poodle abandonada nas imediações do Sítio São Jorge, no bairro de Jacarecica, com a pata dianteira quebrada e ferimentos abertos por todo o corpo.

De acordo com o GVAM, por sorte a cadelinha foi encontrada por uma protetora de animais, Maria do Carmo, recebeu tratamento médico e agora já se encontra recuperada.

“Quando ela foi encontrada era de dar pena e raiva das pessoas. Segundo a protetora que a encontrou, o animal estava muito ferido, com bichos pelo corpo comendo-a viva e com a patinha dianteira quebrada”, narrou Luceli. “Se não fosse a protetora que a resgatou, ela teria morrido aos poucos, com certeza”, disse Luceli.

Segundo a voluntária do GVAM, a protetora Maria do Carmo encaminhou a cadelinha a uma veterinário, que, por conta da situação precária , teve que amputar a pata do animal. Ainda de acordo com o GVAM, hoje a cadelinha já se encontra recuperada e saudável.

“Ela é tão serelepe que nem parece que tem três patas, parece que tem cinco”, brincou Luceli.

Segundo a voluntária do GVAM, a ONG trabalha em parceria com diversas pessoas ligadas a causa ambiental em Maceió, e Maria do Carmo, a protetora que resgatou a cadelinha é uma delas.

“Ela faz isso por que ama os animais, assim como nós”, disse Luceli. “Na casa dela tem mais uns 40 animais, que foram tratados, vermifugados, vacinados e castrados e agora só aguardam que outras pessoas solidárias os adotem”, disse a voluntária do GVAM.

Esse é o mesmo caso dessa cadelinha. Depois de ser vítima da maldade humana, o animal está recuperada e precisa encontrar um lar permanente, com donos que lhes dê carinho, atenção e muito amor, pois depois de tamanho sofrimento, é isso que esse animal necessita.

Então, caso alguém se interesse bastar entrar em contato com o Grupo Vida Animal de Maceió, através do números (82) 9168.5787, (82) 8888.6570 ou (82) 9625.3013.

Crueldade Contra Animais é Crime

Arquivo PessoalMaus-tratos e todo o ato que denigra a integridade do animal é crime perante a Constituição Brasileira. Os direitos dos animais são defendidos pela Lei 9.605/98, contudo as punições para crimes dessa natura são considerados 'brandos' pelas pessoas ligadas à causa ambiental.

"Se a gente denuncia na Polícia, no Ministério Público, enfim, o dono vai responder a um processo, muitas vezes ele é condenado a pagar cesta básica", disse a voluntária do GVAM, Luceli Mergulhão.

"Precisamos de leis mais severas, pois quem é capaz de espancar e matar um animal indefeso é capaz de fazer o mesmo com uma pessoa, um ser humano”, disse a vereadora Heloísa Helena, em audiência pública sobre a crueldade contra animais realizado no último dia 20 de janeiro.

Alteração na Lei 9.605/98

O deputado Ricardo Izar (PSD-SP) entrou uma nova propostas que pretende auterar a legislação já existente e aumentar a pena para quem maltrata os animais.

Segundo o autor da proposta, as penas atuais não tem inibido os crimes contra os animais e o projeto de Lei 3.142/12, que altera a Lei 9.605/98.

 

Veja as matérias relacionadas:

Já tramita na Câmara projeto que aumenta pena para quem maltratar animais

Abandono de animal é crime, mas casos ficam cada vez mais comuns

 

Número de abandonos de animais cresce em feriados prolongados

GVAM coloca para adoção animal que foi jogado de carro em avenida movimenta da Jacarecica

'Crueldade Nunca Mais' vai às ruas contra agressão aos animais

Audiência pública pede fim a crueldade contra animais e leis mais severas

“Toda forma de violência deve ser combatida”, disse Heloisa Helena enaltecendo debate pelo fim da crueldade contra animais

Primeira Edição © 2011