PF prende 20 em operação contra esquema de jogos ilegais PF prende 20 em operação contra esquema de jogos ilegais PF prende 20 em operação contra esquema de jogos ilegais

De acordo com a polícia, o esquema de jogos ilegais acontecia em Goiás, mas as prisões aconteceram em Goiás, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.

29/02/2012 12:32

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Folha

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A PF (Polícia Federal) prendeu nesta quarta-feira 20 pessoas sob suspeita de integrar uma quadrilha especializada em explorar máquinas caça-níqueis. Segundo a investigação, o grupo atuava havia 17 anos.

De acordo com a polícia, o esquema de jogos ilegais acontecia em Goiás, mas as prisões aconteceram em Goiás, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.

Policiais e servidores públicos faziam parte da quadrilha, de acordo com a PF. Entre eles estão dois policiais federais que vazavam informações sobre investigações, seis delegados da polícia civil, um policial rodoviário federal e 29 policiais militares, entre soldados e oficiais, como major, capitães e tenentes.

Eles prestavam serviços como de proteção à quadrilha ou faziam investigações para fechar os negócios ilegais de adversários do grupo. Também foi preso um auxiliar administrativo da PF no Distrito Federal e um servidor da Justiça de Goiás.

As propinas eram pagas para os policiais e variavam de R$ 200 por serviço prestado a R$ 4.000 mensais.

O líder do grupo, segundo a PF, é o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que ficou conhecido em 2004 após divulgação de vídeo que o flagrou oferecendo propina a Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu. O caso foi o primeiro escândalo de corrupção do governo Lula.

A Operação Monte Carlo foi desencadeada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, com auxílio da Receita Federal. Foi encontrada uma contabilidade da quadrilha. Apenas uma casa de jogo teve lucro líquido de R$ 3 milhões em seis meses.

Ao todo, a operação busca cumprir 35 mandados de prisão, 37 de busca e apreensão e dez ordens de condução coercitiva (quando a pessoa é encaminhada para depoimentos), em cinco Estados.

Primeira Edição © 2011