De acordo com a polícia, o esquema de jogos ilegais acontecia em Goiás, mas as prisões aconteceram em Goiás, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.
Folha
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A PF (Polícia Federal) prendeu nesta quarta-feira 20 pessoas sob suspeita de integrar uma quadrilha especializada em explorar máquinas caça-níqueis. Segundo a investigação, o grupo atuava havia 17 anos.
De acordo com a polícia, o esquema de jogos ilegais acontecia em Goiás, mas as prisões aconteceram em Goiás, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro e Tocantins.
Policiais e servidores públicos faziam parte da quadrilha, de acordo com a PF. Entre eles estão dois policiais federais que vazavam informações sobre investigações, seis delegados da polícia civil, um policial rodoviário federal e 29 policiais militares, entre soldados e oficiais, como major, capitães e tenentes.
Eles prestavam serviços como de proteção à quadrilha ou faziam investigações para fechar os negócios ilegais de adversários do grupo. Também foi preso um auxiliar administrativo da PF no Distrito Federal e um servidor da Justiça de Goiás.
As propinas eram pagas para os policiais e variavam de R$ 200 por serviço prestado a R$ 4.000 mensais.
O líder do grupo, segundo a PF, é o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que ficou conhecido em 2004 após divulgação de vídeo que o flagrou oferecendo propina a Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu. O caso foi o primeiro escândalo de corrupção do governo Lula.
A Operação Monte Carlo foi desencadeada pela Polícia Federal e Ministério Público Federal, com auxílio da Receita Federal. Foi encontrada uma contabilidade da quadrilha. Apenas uma casa de jogo teve lucro líquido de R$ 3 milhões em seis meses.
Ao todo, a operação busca cumprir 35 mandados de prisão, 37 de busca e apreensão e dez ordens de condução coercitiva (quando a pessoa é encaminhada para depoimentos), em cinco Estados.
Primeira Edição © 2011