Argentina vence a Suíça

Atacante do Barcelona contraria média de gols baixa na seleção, marca três vezes, e define 3 a 1 na estreia dos hermanos em 2012

29/02/2012 15:46

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GLOBOESPORTE.COM

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O Lionel Messi que todos os argentinos sonhavam apareceu. Melhor do mundo nos últimos três anos pelo que fez mais com a camisa do Barcelona, o craque enfim teve uma grande exibição pela sua seleção. Com três gols do camisa 10, sendo dois deles belíssimos - o outro foi de pênalti -, a Argentina derrotou a Suíça, por 3 a 1, no Estádio Wankdorf, em Berna, e estreou em 2012 com o pé-esquerdo de seu grande nome.

O meia-atacante Xherdan Shaqiri, uma das promessas do Basel, sensação das oitavas de final da Liga dos Campeões, e da seleção que irá disputar as próximas Olimpíadas de Londres, descontou para os donos da casa. Aos 20 anos, o jogador já foi negociado com o Bayern de Munique.

Messi, desta forma, também contraria sua própria média de gols na seleção. Agora são 24 em 73 confrontos (0,32), contra 223 tentos em 310 jogos pelo Barcelona (0,71).

A Argentina voltará a campo no próximo dia 2, contra o Equador, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014. Uma semana depois o adversário será o Brasil de Mano Menezes, em amistoso disputado em Nova Jersey. Fora da Eurocopa, a Suíça também jogará amistosos, no fim de maio, contra Alemanha e Romênia.

O técnico Alejandro Sabella já havia avisado na véspera: os argentinos são muito passionais. Este seria o grande motivo para o exagero nas críticas a Lionel Messi. Com a bola e a camisa da seleção, o melhor do mundo respondeu. Se não tinha Xavi e Iniesta no mesmo time, contava com Agüero para dar um toque de brilho em um time ainda com carência técnica.

Foi graças ao talento da dupla que os hermanos foram para o intervalo com a vitória. O golaço saiu aos 19 minutos, em lance que Messi arrancou e tabelou com Agüero antes de concluir no canto. O atacante do Manchester City devolveu o passe de calcanhar.

A Argentina já havia assustado antes. Aos 5, em falta cobrada por Messi, e aos 15, com Maxi Rodríguez. A Suíça, por sua vez, só foi acordar depois de um outro lance de perigo dos visitantes, aos 30, novamente com o artilheiro do Barcelona.

Com as promessas do Basel liderando o time e chamando a responsabilidade, os suíços partiram para cima. Aos 37, Rodríguez chutou cruzado e viu a bola passar perto. Quatro minutos depois foi a vez de Xhaka, em boa trama com Shaqiri e Mehmedi, finalziar de primeira para fora.

A pequena pressão se transformou em gol no início da segunda etapa. Aos quatro, Xhaka fez boa jogada pela esquerda e cruzou forte. Derdiyok, que havia entrado no intervalo, furou de forma bisonha. Ao menos a bola sobrou limpa para Shaqiri, já vendido ao Bayern de Munique, fuzilar o gol de Romero.

Os donos da casa incomodavam principalmente na base da velocidade. Em novo contra-ataque, aos 10, Derdiyok voltou a vacilar após cruzamento de Lichtsteiner. A Argentina também mostrou não estar morta e, apesar da queda de ritmo de Messi, quase marcou em duas oportunidades. Aos 29, Agüero aproveitou bate e rebate na grande área e chutou de bico. Woelfli fez grande defesa. Na cobrança de escanteio o próprio centroavante desviou de cabeça e viu a bola passar rente ao travessão.

Era Messi, no entanto, quem chamava a partida. Ele se consagraria mais uma vez aos 43 minutos, aproveitando falha de Affolter na saída de bola. O craque recebeu, driblou Senderos com facilidade e encobriu o goleiro Woelfli. A bola ainda tocou no travessão antes de entrar.

O camisa 10 chegaria ao hat-trick (três gols em um jogo) nos acréscimos, mas dessa vez praticamente sem esforço. No último lance do jogo, aos 47, Affolter cometeu pênalti em Higuaín. Messi se encarregou e balançou as redes. Uma atuação para calar quaisquer críticos.
 

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