CRUZEIRO SEM NORTE

28/02/2012 18:09

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Redação

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Mais uma vez a imprensa internacional enfoca problemas com transatlânticos, desta feita com o Navio Costa Allegra guiado por rebocadores após ter ficado à deriva a mais de 200 milhas das Ilhas Seychelles.
Dois rebocadores conseguiram chegar nesta terça-feira até o cruzeiro Costa Allegra e o acompanham em direção às ilhas Seychelles, depois de o navio ter ficado à deriva a mais de 200 milhas ao sudoeste deste arquipélago do oceano Índico por um incêndio registrado na sala de máquinas.
Segundo informa em comunicado a proprietária da embarcação, a Costa Cruzeiros, às 8h30 no horário de Brasília nesta terça-feira dois rebocadores conseguiram alcançar o navio para realizar a tarefa de apoio ao pesqueiro francês em direção à ilha de Mahé, nas Seychelles.


A estes três navios que ajudam o cruzeiro, que ficou à deriva, após ser registrado um incêndio pouco depois das 6h30 no horário de Brasília, se somou nesta terça-feira um segundo navio de pesca. "Com a atual velocidade e condições meteorológicas estáveis, o Costa Allegra poderia inclusive antecipar sua chegada a Mahé para o começo da manhã" desta quinta-feira, explica a Costa Cruzeiros, proprietária também do navio que encalhou no dia 13 de janeiro no litoral da ilha italiana de Giglio.


A chegada de um helicóptero foi importante para fornecer ao "Costa Allegra" cerca de 400 lanternas e pão, já que a bordo, sem energia elétrica, não é possível produzir este alimento de primeira necessidade. "Além disso, graças à chegada de um pequeno gerador levado por um navio da marinha militar presente no local para a assistência, foi possível tornar mais confortável a situação a bordo e assim pode reativar de modo intermitente algum dispositivo", disse a nota.


De acordo com a Costa Cruzeiros, a "leve brisa" que sopra na velocidade do navio graças a seu reboque "ajuda a tornar a situação mais suportável", e para assistir aos ocupantes em sua chegada às Seychelles, estava em Mahé uma equipe de 14 pessoas da empresa. Este grupo de assistência, do qual oito pessoas subiram na quarta-feira a bordo do "Costa Allegra" para se reunir com os 636 passageiros (entre eles 2 brasileiros), garantirá que eles pudessem se alojar em hotéis das Seychelles e uma "eficiente organização" para o retorno a seu destino final.


O incêndio no Costa Allegra, com oito pontes e 399 camarotes, aconteceu um mês e meio depois do naufrágio do "Costa Concordia", também propriedade da Costa Cruzeiros, que aconteceu no litoral da ilha italiana de Giglio, e deixou um balanço de 25 mortos e sete desaparecidos.


Planejando férias para o início de ano, convidei algumas pessoas amigas para zarparmos rumo à Europa, mas encontrei reações e fortes resistências à ideia. As justificativas foram dentre outras as mais diversas; porém as que mais me dissuadiram foram duas: A primeira os constantes acidentes registrados nos últimos dias com navios na Europa. A segunda os exorbitantes preços que são cobrados nas tarifas das passagens aéreas de volta ao Brasil.


Mas, diante de tudo isso não se pode deixar de reconhecer que realizar um cruzeiro é um programa dos mais fascinantes e que mesmo com a incidência de acidentes marítimos, não significa que é uma constante acontecer esses casos.
Ouvi turistas, pasme; que se sentem mais seguros em atravessar o Oceano Atlântico a bordo de um avião. Pelo menos de uma coisa devemos concordar. A travessia é bem mais rápida. De navio, de avião, de carro ou de ônibus, o importante é viajar, é conhecer, é viver. Se programe sem medo e boas viagens.

Primeira Edição © 2011