Haddad diz que fica mais 'tranquilo' sem apoio de Kassab em SP Haddad diz que fica mais 'tranquilo' sem apoio de Kassab em SP

Após conversa de Kassab com o ex-presidente Lula, setores do PT passaram a defender uma aliança com o prefeito de São Paulo.

27/02/2012 15:40

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Folha

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Pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad afirmou nesta segunda-feira que a entrada do ex-governador José Serra (PSDB) na disputa não altera seus planos de campanha, mas reconheceu que fica mais "tranquilo" com o novo cenário.

"Eu não via com conforto a possibilidade de uma aliança com a atual administração", disse Haddad em referência ao prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Após conversa de Kassab com o ex-presidente Lula, setores do PT passaram a defender uma aliança com o prefeito de São Paulo.

As negociações, que nunca se tornaram oficiais, foram enterradas neste sábado, quando Serra decidiu concorrer à sucessão de Kassab. O prefeito deve sua eleição ao tucano e já anunciou que o apoiará na disputa.

Haddad, que não estava entre os defensores da aliança com Kassab, vê no cenário atual mais espaço para criticar a administração da cidade.

"Fico mais tranquilo de que vou poder representar melhor as ideias em que acredito", afirmou o pré-candidato durante visita ao bairro da Freguesia do Ó (zona norte). "Está mais adequado o candidato ao dicurso", completou.

Sobre a entrada de Serra, Haddad questionou: "Qual a surpresa? Esta é a sexta eleição do século 21. Ele já participou de cinco. Ele tem estado à disposição do partido".

Durante a entrevista, Haddad também afirmou que não vê como necessária uma possível aliança com o PMDB, cujo pré-candidato é o deputado Gabriel Chalita.

"Pode haver entedimento [com o PMDB]? Pode. Mas não vejo como condição necessária", disse o ex-ministro da Educação, que descartou a possibilidade de ele ceder a cabeça da chapa a Chalita.

Para o petista, as parcerias que seu partido ainda vai buscar com siglas menores darão o tempo de TV suficiente para a campanha.

Na avaliação de Haddad, a eleição deve ser disputada com uma estratégia de dois turnos, quando os partidos da base do governo Dilma Rousseff estarão lado a lado.

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