Obama: EUA quer acabar com a matança na Síria

25/02/2012 13:43

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Redação

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O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou em um discurso na noite de sexta-feira que os EUA e seus aliados vão considerar "todas as ferramentas disponíveis" para acabar com o massacre de pessoas inocentes na Síria. No discurso Obama usou suas palavras mais duras até agora em resposta ao agravamento da crise síria, que está alarmando todo o mundo.

"Nós vamos continuar mantendo a pressão e avaliando todas as ferramentas disponíveis para interromper o massacre de civis na Síria", disse Obama após se reunir com o primeiro-ministro da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt. Obama, no entanto, não forneceu detalhes sobre o que os EUA ou outros países fariam para atingir o objetivo. Com a falta de consenso internacional sobre um confronto armado e com o presidente da Síria, Bashar Assad, decidido a não se render, os EUA têm opções limitadas para agir.

"É absolutamente imperativo para a comunidade internacional se unir e enviar uma clara mensagem para o presidente Assad de que este é o momento para uma transição", disse. "É o momento para que o regime progrida. E é o momento para interromper a matança de cidadãos sírios por seu próprio governo", acrescentou.

O líder norte-americano disse também que os países não podem ficar à espreita dos acontecimentos enquanto o massacre continua. O pronunciamento foi feito pouco depois de a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, também usar uma linguagem forte para acusar a Rússia e a China de protegerem a Síria. As declarações de Obama sobre a necessidade de uma união internacional foram consideradas uma condenação similar a esses dois países.

Obama afirmou estar animado com os eventos ocorridos na Tunísia ontem, onde mais de 60 países, em um bloco unificado, pediram que a Organização das Nações Unidas (ONU) comece a planejar uma missão civil de paz que vai atuar depois que o regime de Assad suspender os brutais ataques à oposição. A reunião na Tunísia foi o mais novo esforço internacional para dar um fim à crise, que começou quando manifestantes tomaram as ruas de regiões pobres da Síria há quase um ano para exigir mudanças políticas. As forças de segurança de Assad têm respondido com um duro contra-ataque e não há um fim em vista para a crise.

Clinton, que fez seu pronunciamento durante a reunião na Tunísia, culpou Rússia e China pela oposição a uma ação da ONU, classificando essa postura como desprezível. A secretária afirmou que gostaria de ir até a ONU sempre que fosse preciso, "mas nós precisamos de mudança na atitude dos governos da Rússia e da China". As informações são da Associated Press.

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