O cabo Samuel da Silva Souza, de 42 anos, acusado do assassinato do jovem Bruno Macena, de 23, será indiciado pelo crime de homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo. A informação foi passada nesta quinta-feira (24), pelo delegado Gustavo Carvalho, depois de ouvir os depoimentos das outras duas vítimas do acusado – que efetuou disparos de arma de fogo durante o desfile do bloco ‘Tudo Azul’, no carnaval de Murici - e de outras duas testemunhas.

Os depoimentos aconteceram na Delegacia Geral da Polícia Civil e, segundo informações, o major da Polícia Militar de Alagoas, Marcelo Araújo de Souza, de 43 anos, e Marcone da Silva, de 23 anos, que foram atingidos pelos tiros, explicaram que tudo aconteceu quando os seguranças do bloco teriam usado um equipamento para dar choque no major, e então começou uma discussão.

Ao ver a confusão, o cabo Samuel disparou na direção das vítimas, e acabou atingindo a nuca de Bruno, que morreu na hora, e atingiu de raspão o major e o amigo.

O acusado, que já foi expulso da Polícia Militar de Alagoas, por crime de homicídio, e depois foi reintegrado judicialmente, já está detido no presídio Baldomero Cavalcante. No dia da confusão, na última terça-feira (21), o cabo Samuel alegou ao delegado plantonista que teria utilizado a arma para tentar apartar uma confusão dentro do bloco e os disparos teriam acontecido acidentalmente.

A pistola calibre 380, usada no crime, foi apreendida e, a polícia descobriu que não está registrada no nome do cabo. A identificação do verdadeiro proprietário não foi divulgada.

O cabo Samuel também responde pelos processos de extorsão e formação de quadrilha.