Contratação de Nate prova que Strikeforce é caminho para o UFC

23/02/2012 05:45

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UOL - Esportes

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Depois de lutar por quase seis anos no UFC, onde foi um dos tops dos médios durante todo esse tempo, Nate Marquardt acabou demitido no ano passado, mas está voltando. O lutador de 32 anos assinou com o Strikeforce – evento da Zuffa, dona do Ultimate – e deve retornar aos ringues depois de quase um ano sem lutar.

A contratação de Marquardt deixa ainda mais claro o novo papel do evento depois de ter sido comprado pela Zuffa no ano passado: o Strikeforce virou o caminho de volta para quem foi demitido ou então uma divisão de acesso para o UFC.

Vamos aos fatos, primeiro o usando o próprio exemplo de Marquardt.

Nate foi demitido ano passado após falhar em um teste antidoping, que o deixou de fora de um UFC no dia da pesagem. Dana White soltou os cachorros em cima dele na época, mas sabendo de seu carisma com o público, abriu a possibilidade de um retorno em entrevista no início deste mês.

Poucas semanas depois, está lá: Nate Marquardt contratado pelo Strikeforce.

Outro caso similar é do britânico Paul Daley. Apontado como esperança dos meio-médios do UFC, acabou demitido em 2010 ao ser derrotado e agredir Josh Koscheck pelas costas. Agora, está no Strikeforce e já se disse arrependido pelos erros do passado. Espera o perdão de Dana White para retornar ao UFC.

Fabrício Werdum: apesar da derrota no GP dos pesados para Alistair Overeem, brilhou no Strikeforce ao derrotar Fedor Emilianenko e ganhou nova chance no UFC. Reestreou e já é apontado como um dos principais nomes dos pesados.

Nick Diaz: foi campeão dos meio-médios do Strikeforce e também retornou ao UFC, onde disputou o cinturão interino da mesma categoria, mas perdeu para Carlos Condit.

Agora vamos aos casos de lutadores que ganharam vaga no Ultimate depois de se destacar no Strikeforce. Antonio Pezão foi outro que venceu Fedor e agora estreará em breve no UFC. Alistair Overeem era o campeão dos pesados, foi trazido ao UFC e já disputará o cinturão da categoria. Cung Le também já teve sua chance no UFC.

Já cheguei a crer no fim do Strikeforce após a compra pela Zuffa – como aconteceu com o WEC. Mas agora, com o evento consolidando-se nessa posição, creio que ele será mantido e contando com bons nomes que ainda atraem público, além do espaço de destaque para as lutas femininas.

Primeira Edição © 2011