O presidente da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, Paulo Sérgio Ferreira, disse nesta quarta-feira (22) que os conselhos de ética e deliberativo da entidade começarão a definir, a partir de quinta-feira (23), a punição aos envolvidos na confusão que interrompeu a apuração do Carnaval 2012 de São Paulo. De acordo com Ferreira, a punição pode variar desde uma advertência até o banimento das escolas envolvidas do Carnaval. Ferreira afirmou, entretanto, que não pode informar neste momento o que acontecerá. Segundo ele, a decisão da liga vai depender também das investigações policiais.

- Ninguém vai acobertar ninguém. Um fato isolado não pode acabar com o Carnaval. Vai ser cumprida a regra do jogo.

Sobre a presença do invasor que rasgou as notas na área reservada à diretoria das escolas, Fereira procurou isentar A Liga de responsabilidade. Para entrar na área, é necessário uma pulseira que é dada pela Liga aos presidentes das escolas para que as distribuam à diretoria. Mais cedo, o presidente da Império da Casa Verde havia culpado a Liga pela presença do invasor no local, o que foi negado por Ferreira.

- A escola é responsável por quem está sentado na mesa. A liga tem certeza que não saiu pulseira a mais (…). Ele estava sentado na mesa da escola com a camisa da escola.

Ferreira negou, ainda, que tenha havido um acordo para que nenhuma escola fosse rebaixada ao grupo de acesso. A acusação havia sido feita por integrantes da Casa Verde, inclusive o invasor preso. Para Ferreira, essas afirmações são invenções.

- Não teve acordo nenhum. A Liga trabalha com regulamento. As escolas iam cair.

Ele afirmou, ainda, que as pessoas que estão querendo relacionar a troca de jurados à confusão estão fazendo isso “para tumultuar”.