Juliana, do vôlei de praia: “Ficar fora de Pequim foi a melhor coisa da minha vida”

18/02/2012 07:10

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R7

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Faltavam menos de dois meses para a Olimpíada de Pequim quando, em um lance banal durante um jogo em Paris, Juliana rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito. A lesão, seríssima, acabou com qualquer pretensão de a atleta tentar repetir com a parceira Larissa o sucesso do Circuito Mundial, onde elas haviam conquistado o título das temporadas 2005, 2006 e 2007. Larissa ainda recorreu a Ana Paula para jogar na China, mas, sem entrosamento, a dupla não passou das quartas de final.

Quatro anos depois e com mais três títulos do Circuito e um Mundial no currículo, Juliana está de volta. Na expectativa de disputar, em Londres, a sua primeira Olimpíada, ela surpreendeu ao falar sobre o duro momento daquela contusão:

- Foi a melhor coisa que me aconteceu na vida.

Ela se explica…

- Apesar de não ter jogado uma Olimpíada, estes três foram os melhores anos da minha vida: pessoal, profissional… talvez se eu tivesse ganho uma medalha, isto fosse mascarado. Todo mundo diz que ganhar faz bem, mas a vitória camufla alguns erros. E, talvez, eu precisasse daquilo para amadurecer. Foi doloroso, foi ruim, mas hoje eu me sinto muito mais forte e preparada do que há quatro anos.

O medo de sofrer novamente uma lesão às vésperas da Olimpíada não existe, ela garante. Até porque, pondera Juliana, se isto acontecesse, ela nem estaria jogando mais…

- O que aconteceu comigo foi uma fatalidade. Eu fiz aquele movimento várias vezes durante toda a minha vida e nunca tinha acontecido nada. Acredito muito mais em que aquilo era para acontecer mesmo. A contusão está ao lado de um atleta de alto nível: um atleta de alto nível hoje está a poucos centímetros da contusão porque ele leva o corpo ao extremo.

Em Londres, o grande desafio das brasileiras será superar as americanas Walsh e May, atuais bicampeãs olímpicas – elas, inclusive, já ganharam das estrangeiras na final do Campeonato Mundial, no ano passado:

- Desde que eu comecei a jogar, há oito anos, elas são a dupla a ser batida. Mas acredito que eu e a Larissa temos que fazer o nosso papel: não adianta a gente se preocupar com as outras adversárias e esquecer de fazer o nosso.

O otimismo, ainda que velado, começa a aparecer:

- Não tenho como prometer, mas se a gente estiver no nosso dia, jogar 100%, existe uma grande chance de a medalha de ouro acontecer.

A Rede Record mostrará a Olimpíada de Londres 2012 com exclusividade na TV aberta brasileira, e também pela internet, por meio do R7. A Record detém ainda os direitos de transmissão dos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015 e da Olimpíada do Rio de Janeiro 2016.

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