Galo reina mesmo debaixo de chuva

Infelizmente um dos piores blocos do Brasil também deu as caras por lá: o dos mijões

18/02/2012 13:59

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Se por um momento alguém pensou em não sair de casa para brincar Carnaval, certamente esta pessoa mudou de ideia. A chuva fina e as nuvens pretas deste Sábado de Zé Pereira só serviram para refrescar os milhares de foliões que mostraram porque Pernambuco tem o melhor Carnaval do Brasil. Mesmo debaixo d'água, o Galo da Madrugada mostrou porque é rei.

Fantasiadas ou não, pessoas de todas as idades e todos os cantos do País começaram a chegar bem cedinho. O bancário Rafael Abreu, 23, veio de Brasília para conhecer o Carnaval de Pernambuco. Em seu primeiro dia de folia já tinha a avaliação da festa; "Este é o melhor Carnaval do mundo. É maravilhoso", disse após posar para fotos numa colorida e criativa fantasia de Restart.

Aliás, criatividade foi o que não faltou no quesito fantasia. A vendedora pernambucana Araly Brasileiro e a sobrinha dela, Isabelle Brasileiro, 16, resolveram homenagear o programa mexicano Chaves. Vestidas de Dona Florinda e Chiquinha, colocaram as personagens para cair no frevo.

O comerciante Aildo Barbosa levou para o Galo um caixão musical e, com bom humor, mostrava os perigos da combinação álcool e direção. "É importante trazer alegria e a nossa preocupação. O pessoal não pode nem pensar em entrar neste caixão", alertou.

Durante todo o dia, o ritmo que vinha de cada um dos 25 trios elétricos pouco importava. Os foliões eram tomados pela empolgação do frevo, do mangue beat e até mesmo do baião, afinal, as músicas do homenageado da festa, o compositor Luiz Gonzaga, não podiam ficar de fora.

Cada artista que desfilava pelos 4,5 quilômetros do trajeto do maior bloco carnavalesco do planeta fazia questão de reverenciar o sertanejo mais famoso do mundo.

A multidão começou a dispersar por volta das 14h30, quando a chuva ficou forte.

LADO B - Infelizmente um dos piores blocos do Brasil também deu as caras por lá: o dos mijões. Homens e mulheres não tinham a menor vergonha de, na falta de banheiros químicos, abrir a roupa na frente de todo mundo e se aliviar.

O bloco dos sem noção também apareceu. Pertinho do "banheiro" pessoas fumavam maconha e cheiravam cocaína sem serem incomodadas.

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