Os tanques do Exército sírio irromperam nesta quinta-feira na localidade de Deraa, no sul do país, que está sendo bombardeada pelas forças leais ao presidente Bashar al-Assad, informaram grupos da oposição.

Os Comitês de Coordenação Local assinalaram que os efetivos de segurança disparam indiscriminadamente desde postos de controle instalados por toda a cidade.

Além disso, há franco-atiradores postados em terraços de edifícios e mesquitas, e apontam contra tudo o que se movimenta.

Segundo os Comitês, os franco-atiradores abriram fogo contra fiéis que deixavam os templos.

A Comissão Geral da Revolução Síria acrescentou que foram ouvidas explosões em diferentes zonas de Deraa e que o Exército emprega armamento pesado.

Enquanto isso, prossegue o bombardeio contra o bairro de Bab Amro, em Homs, assediada há quase duas semanas, enquanto em Hama, também na região central do país, os seguidores do regime produzem uma campanha de detenções no distrito de Al Arbain, apontou a Comissão.

Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime sírio aos jornalistas.

A Assembleia Geral da ONU votará hoje um projeto de resolução preparado por Arábia Saudita e Catar que condena a repressão exercida pelo Governo da Síria e que respalda os planos de transição da Liga Árabe.

O texto, que condena as violações 'sistemáticas' de direitos humanos na Síria e exige ao Governo de Assad que detenha 'de forma imediata' os ataques contra a população civil, será votado no plenário da Assembleia às 18h de quinta-feira (horário de Brasília

Desde o início dos protestos, mais de 5,4 mil pessoas morreram pelos dados da ONU divulgados em janeiro, embora a oposição síria fale em mais de 6 mil vítimas civis.

A oposição síria estima que os civis mortos superem os 6 mil e inclusive há países, como a Arábia Saudita, que falam em mais de 7 mil óbitos.