Região Metropolitana de Maceió começa a sair do papel

Grupo coordenado pela Seplande vai propor alternativas aos 11 municípios que congregam mais de 1 milhão de habitantes

14/02/2012 11:22

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Agência Alagoas

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A Região Metropolitana de Maceió, criada pela Lei Complementar Estadual nº 18, de 19 de novembro de 1998, começa a sair do papel com o desenvolvimento de um projeto que prevê a execução de propostas urbanísticas de intervenções estruturais e a garantia do desenvolvimento social com condicionantes que visem também fomentar o setor econômico dos onze municípios que compõem a região.

Um grupo de trabalho conduzido por técnicos da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) vão pensar soluções para Maceió, Rio Largo, Marechal Deodoro, Pilar, Barra de São Miguel, Barra de Santo Antonio, Messias, Satuba, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte e Paripueira. Segundo dados do censo do IBGE de 2010, a região possui uma população total de 1.156.278 habitantes.

“Nossa intenção é formar um grupo multidisciplinar formado por profissionais de diversas áreas do saber, que serão coordenados pela arquiteta Carmen Andréa Fonseca, técnica da Seplande e urbanista consagrada em Alagoas”, destacou o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes.

A equipe da Superintendência de Planejamento e Políticas Públicas da Seplande apresentou detalhes do projeto que também pretende promover a manutenção e o resgate da identidade cultural, ressaltando a memória dos municípios de Maceió, Pilar, Satuba, Santa Luzia do Norte, Coqueiro Seco, Marechal Deodoro, Barra de São Miguel, Barra de Santo Antonio, Rio Largo, Messias e Paripueira.

“A Seplande será a responsável direta pelo projeto, desde o seu planejamento, passando pela articulação junto às prefeituras, até a viabilização para executar todas as ações previstas durante os workshops que faremos. Vamos nos concentrar agora na entrega de propostas que dêem suporte às mudanças físicas, culturais e econômicas para os municípios da Região Metropolitana de Maceió”, afirmou Luiz Otavio Gomes.

Equipe multidisciplinar

Para a execução do projeto, será formada uma equipe variada composta por arquitetos e urbanistas, profissionais de marketing, do setor jurídico e engenheiros (civis e ambientais). A academia também estará presente no desenvolvimento das ações, através de pesquisas e estudos científicos nas áreas econômicas, das ciências sociais e antropológicas.

Dentre as obras estruturantes previstas estão a construção de um Parque da Ciência, no município de Pilar, museus, a revitalização do bairro Jaraguá, a operação urbana consorciada para a instalação de um polo imobiliário empresarial e de prestação de serviços em Coqueiro Seco, circuitos turísticos integrando os Arranjos Produtivos Locais (APLs), entre outros.

“O projeto passa a se tornar uma prioridade. Em um só planejamento, podemos promover o desenvolvimento de vários setores da economia, como também valorizar o que existe de mais forte do ponto de vista cultural nesses municípios. Com a intervenção urbanística nesses pontos estratégicos, podemos oferecer uma nova realidade para a Região Metropolitana de Maceió”, complementou o secretário Luiz Otavio Gomes.

De acordo com a arquiteta Carmen Andréa Fonseca, o objetivo é apresentar alternativas para cada um dos municípios que formam a Região Metropolitana. “Queremos fomentar soluções criativas e, principalmente, oferecendo possibilidades de desenvolvimento urbano e social”, defendeu Carmen Andrea.

Ainda na reunião, foi definido um cronograma de atividades até o final de 2012. Estão previstas, até o final do primeiro semestre, apresentação de projetos e a definição de ajustes necessários, a formação da equipe, consolidação dos eixos a serem trabalhados, visitas de campo e levantamento de imagens.

Primeira Edição © 2011