NASA troca missão a Marte por supertelescópio espacial

14/02/2012 09:15

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Inovação Tecnologica

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O novo orçamento da NASA expõe os percalços da superpoderosa agência espacial em épocas de crise.

Embora enorme, a cifra de US$17 bilhões, descontada a inflação, é menos da metade do orçamento da agência nos anos da missão Apolo.

Enquanto o outrora poderoso programa espacial norte-americano ainda chora a desativação dos ônibus espaciais, sem que um substituto estivesse pronto, agora o impacto maior cairá sobre as missões a Marte e outros planetas.

Com menos dinheiro, o governo Obama decidiu que é mais importante "correr atrás" do prejuízo nas órbitas baixas da Terra do que se aventurar em outros planetas em missões puramente científicas.

Sai Marte, entra telescópio

Mas isso não significa que a ciência esteja sendo deixada de lado.

Na verdade, o orçamento de 2013 quase atende a uma reivindicação dos cientistas por uma NASA mais próxima da ciência básica: são US$4,9 bilhões para ciência, contra US$ 669 milhões para tecnologia espacial e US$552 milhões para pesquisas aeronáuticas - todas as cifras diminuíram, mas os cortes para ciência foram os menores.

A grande vítima dos cortes de verbas foi o programa ExoMars, uma missão conjunta com a agência espacial europeia para buscar amostras de rochas de Marte.

Isto aumenta a chance de que a Rússia seja aceito no projeto internacional, depois que raios cósmicos derrubaram sua última missão a Marte.

E o grande ganhador foi o telescópio espacial James Webb, um supertelescópio que sofreu ameaças de continuidade depois de uma série de problemas de gestão.

Mudanças no horizonte

O novo orçamento também mantém os investimentos em um foguete e uma nave capazes de levar o homem até a Lua e a algum asteroide.

Os dados divulgados hoje compõem a proposta do governo. O orçamento da NASA ainda precisará ser aprovado pelo Congresso, onde geralmente são feitas muitas modificações.

Primeira Edição © 2011