Invencibilidade em 2012, liderança no Campeonato Paulista, 13 jogos sem perder de forma consecutiva, o segundo melhor ataque e a segunda melhor defesa do Estadual, além das contratações acertadas e da saída de Kleber, que prejudicava o ambiente. Tudo isso revolucionou o astral do Palmeiras e transformou as caras fechadas em sorrisos na Academia de Futebol.

O clube não vence um grande título desde 1999 e precisa se contentar com a taça do Campeonato Paulista em 2008 para não chamar a atual fase de jejum. Mesmo assim, o grupo encontrou um novo jeito de atuar com alegria e dar esperanças de que 2012 não será o “fim do mundo” a sua torcida.

“O ambiente está muito bom. Desde que cheguei aqui, está tudo ótimo, mesmo porque o ambiente se resume a resultados. Eu cheguei a pouco tempo e a resenha é muito boa, já estou me sentindo em casa. Ele (Felipão) é um cara tranquilo, é um cara que gosta de bastante trabalho”, resumiu Artur, uma das contratações que tem justificado o esforço com dois gols em dois jogos marcados.

No ano passado, o ambiente do Palmeiras era bom até o mês de maio. Após isso, uma entrevista polêmica de Arnaldo Tirone chamando Valdivia de baladeiro, brigas dos jogadores com o vice de futebol, Roberto Frizzo, e um racha entre Kleber e Felipão tornaram o ambiente insustentável. A briga entre torcedores e João Vítor foi só a gota d'água.

O ambiente foi completamente revolucionado, funcionários deixaram seus cargos, Kleber foi vendido, Valdivia diz que mudou a cabeça, e Frizzo quase não aparece na Academia, diferente do que acontecia antes.

Tudo isso, claro, aliado aos bons resultados dentro de campo. Hernán Barcos, por exemplo, nem chegou e já ganhou o apelido de Pedro de Lara, em referência ao humorista morto em 2007. O lateral Juninho, um dos mais felizes no elenco, também não esconde que o grupo está confiante para um bom resultado este ano.

“A mudança de ambiente aconteceu por causa dos jogadores. Desde que eu cheguei aqui, vejo um grupo focado, com muita vontade de reverter a situação ruim que estava no ano passado”, disse Juninho.

Pelo menos por enquanto, a torcida organizada também dá trégua. No ano passado, mesmo com o clube tendo um bom início de Brasileiro, vários protestos foram feitos e crucificaram nomes como Marcos Assunção. Neste ano, as únicas vaias vieram no início da pré-temporada, mas o ambiente ruim já deu espaço para a tranquilidade.

O próximo teste para a manutenção do ambiente está marcado para sexta-feira de Carnaval, às 21h, diante do Guaratinguetá.