Secretário e técnicos conhecem realidade dos pescadores de sururu

Moradores da favela Sururu de Capote iniciam as atividades às 3 horas da manhã

10/02/2012 05:27

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Divulgação

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O secretário de Estado adjunto da Pesca e Aquicultura, Juca Carvalho e equipe técnica da pasta, estiveram nesta quinta-feira (9), na Lagoa Mundaú para conhecer a realidade dos pescadores de sururu daquele local.

A partir de quatro horas da manhã a equipe da Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq) iniciou a visita, no horário em que os pescadores estão na água, para observar a realidade da atividade.

Para a presidente da Federação dos Pescadores de Alagoas, Eliane Morais, essa visita foi um marco. “Em todos esses anos, não me lembro de nenhum secretário de Estado ter visitado a realidade dos pescadores de sururu, no horário em que eles estão trabalhando, que é pela madrugada. Agradecemos a sensibilidade de vocês e do governo para com nosso ofício”, comentou ela.

O que chamou atenção do secretário adjunto Juca Carvalho e dos técnicos, foi a presença de mulheres nessa atividade, que é considerada insalubre. “Conhecemos a pescadora Jaqueline da Silva, de 26 anos, que mora na favela do Sururu de Capote e trabalha com a pesca do molusco há sete. Ela tem um filho para criar e precisa acordar duas e meia da manhã para começar a jornada diária”, explicou Carvalho.

Dia de trabalho dos pescadores de sururu

Um dia típico dos pescadores da lagoa Mundaú inicia três horas da manhã. Em seguida eles entram nos barcos e mergulham aproximadamente dois metros de profundidade, sem qualquer tipo de equipamento para mergulho. Trazem nos braços o sururu em meio à lama e despejam nas jangadas, que já se encontram submersas no meio da lagoa. Depois vem o trabalho de tirar a lama e areia. Ainda na casca, eles são vendidos em latas por cerca de R$ 2,50. A estimativa nessa época do ano é de pescarem por dia 15 latas.

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