A Polícia Civil continua sem informação sobre o paradeiro dos dois acusados de terem matado o líder comunitário Leonardo Francisco da Silva, de 22 anos, na última segunda-feira (06), em frente ao terminal do Conjunto Frei Damião, no bairro do Benedito Bentes.

Ontem, os agentes da Delegacia de Homicídios fizeram diligências em uma grota do Conjunto Frei Damião à procura de Josivan da Silva, conhecido como “Pelé”, e Fabrício Ferreira dos Santos, o “Bitinha”, mas eles não foram encontrados. “A área é aberta e tem muitas casas e mato. Eles conhecem o local melhor que a gente. Quando chegamos, eles já não estavam mais”, disse o chefe de operação da delegacia Denílson Ferreira.

Os acusados, segundo informou o chefe de operações, foram identificados por uma testemunha que disse tê-los visto atirar contra a vítima.

Pelé e Bitinha respondem a processos em outras comarcas. Denílson Ferreira disse que eles são acusados de roubo em São Miguel dos Campos, de um duplo homicídio em Jequié da Praia e da morte do chefe da Guarda Municipal em São José da Laje, José Teixeira de Siqueira.

O líder comunitário foi morto no momento em que manobrava um caminhão com o qual trabalhava. Quando foi atingido pelo primeiro disparo, Leonardo acelerou o veículo e acabou colidindo contra um ônibus.

A polícia ainda não sabe o que pode ter motivado o crime. Os familiares da vítima contaram que ele vinha recebendo ameaças. “Ainda é cedo para dizer quais foram as motivações. Ele vinha recebendo ameaças, mas não procurou a polícia para informar”, disse o chefe de operações.

O líder comunitário foi preso em 2010 durante investigações da execução de quatro jovens no Benedito Bentes, mas não chegou a ser indiciado.

A delegada Sheila Carvalho, da Delegacia de Homicídios, é a responsável pelo inquérito que apura a morte de Leonardo Francisco.