Servidores fecham agência do INSS de Rio Largo

Estão sem segurança, pois os vigilantes paralisaram por falta de pagamento

06/02/2012 07:46

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Marcela Oliveira

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Os servidores do INSS da agência de Rio Largo paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (06). Os servidores alegam que não há segurança no local, já que os vigilantes, por estarem sem receber salários há pelo menos três meses, decidiram cruzar os braços.

O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Sindprev) já notificou a Gerência Executiva do órgão para que as providências necessárias sejam tomadas. “Estamos bastante preocupados com a situação. Fica difícil trabalhar sem vigilantes. Lá na agência há registro de agressão contra os servidores. Uma médica já chegou a apanhar”, disse o presidente do sindicato, Cícero Lourenço da Silva.

De acordo com Lourenço, os vigilantes terceirizados - contratados pela empresa Tecsegel - estão sem receber desde novembro do ano passado. Ele diz que, caso os pagamentos não sejam efetuados, as paralisações podem se estender para outras agências.

“Imaginamos que outros vigilantes, que dão segurança em outras agências também estejam sem receber salários, o que coloca servidores e usuários em risco. Se a situação não for normalizada nas próximas horas, há possibilidade de que outros servidores de outras agências também paralisem suas atividades por falta de segurança. Até agora foi apenas em Rio Largo, mas a tendência é que ocorra no restante do Estado”, disse.

Remarcações

O diretor da agência de Rio Largo, Aldo Freitas, disse ao Primeira Edição que os médicos peritos, mesmo sem vigilantes, iniciaram o atendimento. “Mas foram orientados a parar. Porque sem vigilância não dá! Vamos remarcar esse pessoal que estava agendado para outro e estão aguardando aqui sentados”, disse Freitas.

Caso os pagamentos não sejam feitos, as paralisações vão continuar. “Já comunicamos a gerencia. Caso não seja resolvido hoje, amanhã vamos manter a paralisação”, garantiu Freitas.

Na agência do INSS de Rio Largo são atendidas mais de 100 pessoas por dia e a segurança é feita por dois vigilantes.
 

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