Brasileira é presa na Espanha acusada de fazer 'gato' de luz para cultivar maconha

A casa de 250 metros quadrados tinha pés de maconha em salas, quartos, banheiros e no terraço

04/02/2012 14:01

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BBC Brasil

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Uma brasileira foi presa na cidade de Lorca, no sudeste da Espanha, acusada de tráfico de drogas depois de ser descoberta devido a uma conexão irregular de luz.

O "gato" levou a polícia a encontrar 1.300 plantas de maconha, mais de 350 quilos, na casa da mulher.

Segundo nota da polícia espanhola, a acusada nunca levantou suspeitas por tráfico e os vizinhos não teriam desconfiado, caso o roubo de energia não acontecesse.

A irregularidade foi descoberta quando, no fim de 2011, os moradores se queixaram do aumento das contas de luz e chamaram a companhia abastecedora, que mandou inspetores ao prédio para comprovar o funcionamento dos medidores.

A conclusão dos peritos foi que toda vizinhança estava sendo roubada. De acordo com a polícia, a única pessoa que tinha consumo mínimo de luz e água no prédio era a acusada.

Sistema de cultivo

A informação levantou suspeitas e levou a polícia a fazer uma batida na casa da brasileira na última quinta-feira, com uma ordem judicial para entrar e averiguar a origem do furto de energia.

A casa de 250 metros quadrados tinha pés de maconha em salas, quartos, banheiros e no terraço.

Oficiais afirmaram que alguns exemplares mediam 1,5 metro de altura e estavam prontos para a colheita.

A mulher de 32 anos, cujo nome não foi divulgado, teria desenvolvido um sistema para o cuidado das plantas com lâmpadas, ventiladores, aquecedores e aparelhos de rega automática, ligados 24 horas por dia na caixa de luz geral.

Também foram apreendidos vários sacos de sementes de maconha, fertilizantes e materiais diversos para cultivo.

A brasileira foi acusada de delito contra a saúde pública por cultivo de entorpecentes para fins comerciais e de fraude de energia elétrica.

A legislação espanhola permite o consumo, mas não o cultivo doméstico de maconha, que pode ser punido com pena de um a três anos de cadeia.

Primeira Edição © 2011