Suspeito de matar procuradora em MG é encontrado morto em motel

No local, estava a mesma faca usada para assassinar a mulher dele.

03/02/2012 05:44

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O principal suspeito de ter matado a procuradora Ana Alice Moreira de Melo, o empresário Djalma Brugnara Veloso, de 49 anos, foi encontrado morto em um motel, em Belo Horizonte, Minas Gerais. No local, estava a mesma faca usada para assassinar a mulher dele.

As imagens do circuito de segurança mostram quando o ex-marido da procuradora chegou ao motel na madrugada de quinta-feira. O corpo foi encontrado por funcionários, que estranharam o silêncio do hóspede após quase um dia de permanência no quarto. "Como ele não fez nenhum pedido, a gente ficou preocupada", contou uma funcionária.

Peritos estiveram no local. No carro, os policiais encontraram uma carteira de motorista e confirmaram que se tratava do empresário. Segundo os peritos, ele morreu dentro da suíte do motel. No corpo havia várias marcas de facadas. A polícia investiga a possibilidade de Brugnara ter se matado, mas não afasta a possibilidade de assassinato, porque havia ferimentos em várias partes do corpo e sinal de violência no pescoço, além de sangue na cama, no chão e no banheiro.

"Ele estava deitado, em posição dorsal e apenas de short. A princípio, com nove perfurações pelo corpo", afirmou o tenente Honório de Carvalho, da Polícia Militar de Minas Gerais.

A procuradora federal Ana Alice Moreira de Melo foi encontrada morta na casa onde eles moravam. A mansão fica em um condomínio de luxo em Nova Lima, perto do motel onde estava o corpo do empresário.

Segundo a polícia, Ana Alice foi assassinada a facadas pelo marido. O crime foi por volta das 4h de quinta-feira, depois de uma discussão. Na casa também estava a babá, que cuidava dos dois filhos do casal. Ana Alice já tinha denunciado o marido por atos de violência. No momento do crime, os filhos do casal foram salvos pela babá.

- Ela ouviu gritos, ouviu briga e correu para dentro do quarto ou de um banheiro, se escondeu e chamou a polícia - contou o tenente Daniel Rodrigues, da Polícia Militar.

Fotos postadas em uma rede social na internet mostram a família em um dia de festa. Ela tinha 35 anos; ele, 49 anos e era dono de uma locadora de veículos. Ana Alice e Djalma estavam em processo de separação, mas, segundo a polícia, ainda moravam na mesma casa. A procuradora registrou um boletim de ocorrência no dia 24 de janeiro alegando ter sido ameaçada de morte pelo marido. Ela teria pedido para ser protegida pela Lei Maria da Penha.

- Ela requisitou algumas medidas protetivas, dentre elas o afastamento dela do lar sem prejuízo dos direitos dela, sem que se configure abandono, até serem deferidas as medidas protetivas e a saída do agressor de casa - afirmou a delegada Renata Ribeiro Fagundes.

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