Novo ministro das Cidades diz que presidente pediu atenção para Copa

Aguinaldo Ribeiro assume após denúncias envolvendo o antecessor, inclusive em obras para o Mundial

03/02/2012 05:30

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Globoesporte.com

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O novo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro (PP), disse que a presidente Dilma Rousseff pediu atenção às obras de mobilidade para a Copa do Mundo. Ribeiro assume o ministério após o pedido de demissão de Mário Negromonte, do mesmo partido, após denúncias feitas pela imprensa desde o ano passado e a perda de apoio dentro da legenda.

A pasta que Ribeiro assume está relacionada à Copa do Mundo principalmente nos temas da mobilidade urbana. Apesar da maior parte dos investimentos ser executada pelos governos estaduais e municipais, é responsabilidade do ministério o acompanhamento e coordenação das obras. Assim, a pasta tem papel atuante, por exemplo, nas desapropriações, que têm sido alvos de críticas de movimentos sociais e da relatora especial para o Direito à Moradia da ONU.

As alterações na chamada Matriz de Responsabilidades que envolvam mobilidade urbana também passam pela pasta. Foi nesta área que surgiu uma das denúncias contra Negromonte. Uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo apontou o ex-ministro como o responsável pela pressão que levou a uma fraude de documento no ministério relacionada à mudança nas obras de mobilidade urbana para a Copa do Mundo em Cuiabá.

O novo ministro toma posse na próxima segunda-feira, mas já se reuniu hoje com a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a missão dada pela presidente é a de superar os obstáculos burocráticos que envolvem principalmente as obras para a Copa de 2014 e moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. Sobre as críticas, Ribeiro preferiu a cautela ao dizer como atingir os objetivos propostos pela presidente e evitar atrasos nas obras para o Mundial.

- Nós vamos tomar pé de todas essas questões. Nós hoje temos vários entraves na própria concepção dessas obras, a partir da licitação, o processo de planejamento, e hoje nós temos os restrititvos ambientais, o próprio Tribunal de Contas da União que hoje tem uma participação até na elaboração desses editais. Nós vamos procurar vencer isso de uma forma objetiva, buscando a integração, a transparência, a tranquilidade de que esses recursos estão sendo aplicados mas sem dar o prejuízo de um atraso, porque um atraso também gera prejuízos para a nação. Essa será a nossa preocupação.

Primeira Edição © 2011