Policial militar trata equipe de reportagem com truculência

PM estava sem farda e sem identificação, quando saiu do posto policial do 1º BPM e agrediu verbalmente os jornalistas

31/01/2012 15:20

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Thayanne Magalhães

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A equipe de reportagem do Primeira Edição saiu com a pauta: entrevistar o tenente coronel Claudivan Albuquerque, que está respondendo pelo Comando de Policiamento da Capital (CPC), e checar como andam os trabalhos da Ronda Cidadã no bairro da Jatiúca – com altos índices de assaltos – e se têm dado resultado.

Albuquerque atendeu os jornalistas, respondeu as perguntas da pauta e autorizou a captura de imagens do posto policial do 1º Batalhão da PM, localizado no Posto 7, praia de Jatiúca. Ao chegar no local, a equipe se deparou com policiais militares sem farda, assistindo televisão com as pernas para o alto, como se estivessem na sala de casa.

Foi pedido a um deles que as imagens fossem feitas, sem que os mesmos aparecessem. Apenas interessava a imagem do posto e das viaturas. Porém, um dos policiais, certamente desinformado da situação, saiu de dentro do posto em disparada ao perceber a câmera, e aos gritos mandou que os jornalistas parassem os trabalhos.

O agressor foi identificado apenas como Ramos, e por pouco não tomou a filmadora do cinegrafista, que foi obrigado a apagar as imagens no local.

Apesar das tentativas de explicar que a captura das imagens foi permitida pelo coronel Albuquerque, Ramos continuou agredindo a equipe de reportagem com palavras chulas e grosseiras, mesmo se tratando de uma jornalista – mulher.

"Eu não devo a Albuquerque, nem a Luciano e nem a Batinga. Fiz o mesmo concurso que eles fizeram", esbravejou o policial militar, se referindo ao comandante geral da PM e ao comandante do CPC. 

Frustrada com a não conclusão do trabalho, que durou cerca de duas horas, a equipe entrou em contato com o coronel Albuquerque, que garantiu que resolveria o problema e que não iria se repetir. “Vou passar o rádio agora. Vocês foram muito educados e eu garanto que isso não vai mais se repetir”, afirmou Albuquerque.

Quanto à matéria sobre a Ronda Cidadã, a repórter estagiária não conseguiu concluir, nervosa pela forma como foi tratada. E, mais uma vez, o que a equipe de reportagem do Primeira Edição tem para falar sobre o trabalho voltado para a Segurança Pública, não é positivo.

*Com informações de Mylena Fernandes - estagiária
 

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