Fim das sacolinhas plásticas gera controvérsias

Desde quarta-feira (25) supermercados de SP não distribuem sacolas Plásticas. AL já tem projeto tramitando na Assembleia Legislativa

31/01/2012 07:30

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Redação

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Desde quarta-feira, 25, supermercados de todo Estado de São Paulo deixaram de fornecer aos seus consumidores as sacolinhas plásticas que já estavam incorporadas ao dia-dia do cidadão. A mudança gerou controvérsias, opondo donos de supermercados e fabricantes deste produto, que já falam em desemprego em massa. Para o consumidor, aparentemente não haverá nenhuma vantagem financeira.

 “É uma questão de mudança de comportamento. Esta é apenas a primeira das muitas ações que iremos repensar. O meio ambiente precisa de nossa atenção”, ressaltou o presidente da Associação Paulista de Supermercados-APAS, João Galassi.

Importante frisar que essa medida não tem efeito de lei, ou seja, participa o supermercado que quiser. Se algum estabelecimento quiser continuar oferecendo a sacolinha descartável, não poderá ser punido.

Estas sacolinhas, distribuídas há décadas por supermercados, já estavam incorporadas ao cotidiano da sociedade, que a reutilizam para tudo, principalmente para acondicionar o lixo doméstico. Agora, elas terão que ser trocadas por sacos de lixo, que custam até R$ 19 ou mais a embalagem com 10 unidades.

As sacolas descartáveis são feitas à base de petróleo (polietileno) e demoram em torno de 400 anos para se deteriorarem, poluindo o meio ambiente.


DESEMPREGO

Os fabricantes de sacolas plásticas já sentiram os primeiros efeitos do acordo entre as entidades representantes dos supermercados e os governos da cidade de São Paulo e estadual com o objetivo de restringir a distribuição gratuita do produto no varejo. Desde dezembro, informam representantes da cadeia plástica, grandes redes varejistas interromperam as encomendas.
Em resposta à queda das vendas, algumas fabricantes do produto já anunciaram as primeiras demissões, situação que também deve atingir o setor de máquinas utilizadas no segmento.

“Há mais de um mês as empresas suspenderam as compras e as demissões já começam a criar apreensão nos sindicatos”, destaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis-Abief, Alfredo Schmitt, sem quantificar o número de demitidos até o momento. O consumo de sacolas plásticas no Estado de São Paulo movimenta aproximadamente R$ 200 milhões por ano, segundo estimativas de especialistas do setor.

Alagoas e as sacolas plásticas

O deputado estadual por Alagoas, João Henrique Caldas (PTN), já entrou com um projeto de sua autoria na Assemblei Legislativa com a pretensão de diminuir o uso das sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais do Estado.

O projeto que já tramita nas Comissões Temáticas da Assembleia Legislativa pretende substituir as atuais sacolas plásticas por biodegradáveis, e propõe alternativas para reduzir ao máximo o uso delas, incentivando assim, a educação ambiental.

De acordo com o deputado, além de ser uma questão ambiental, a má utilização das sacolas também reflete na imagem das cidades. “Muitas destas embalagens são jogadas de forma inadequada e trazem muitos prejuízos aos moradores e a quem visita as cidades. Estas sacolas entopem galerias, ficam acumuladas em diversos ambientes e poluem aquilo que deveria ser preservado. Qual o turista gosta de chegar em uma cidade como Maceió e ver a orla tomada por lixo?”, questionou.

 

O que você acha disso?! É correto dar fim as sacolas plásticas e a substituição pelas biodegradáveis?!  

 

*Com Agências, Planeta News e divulgação

 

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