Dólar cai a R$ 1,745 e acumula baixa de 6,63% no mês

Moeda norte-americana chegou a operar em alta no início da tarde, refletindo dados negativos dos EUA e o aumento da cautela, mas no fechamento do dia teve leve queda de 0,23%

31/01/2012 15:02

A- A+

Agência Estado

compartilhar:

Após cair a R$ 1,7330 (-0,91%) sob efeito do pacto fiscal assinado ontem por 25 dos 27 países da União Europeia e que reconduziu o euro hoje cedo à máxima de US$ 1,3216, o dólar à vista no mercado de balcão inverteu a mão e subiu até R$ 1,7530 (+0,23%) no começo da tarde. A virada de sinal acompanhou a inversão do euro para queda até uma mínima durante o dia de US$ 1,3042.

Esse quadro expressou a retomada da cautela nos mercados, diante da queda da confiança do consumidor norte-americano em janeiro e também da atividade industrial na região de Chicago. Ambos os dados corroboram a percepção dos investidores de que o crescimento global poderá continuar anêmico neste ano. No entanto, pouco antes do fim da sessão, o dólar voltou a recuar ante o real, sem muita força, porém, confirmando o fluxo favorável na sessão.

No fechamento, o dólar à vista cedeu 0,23%, a R$ 1,7450 no balcão. Em janeiro e no ano, a desvalorização acumulada é de 6,63%. Na BM&F, a moeda spot terminou com baixa de 0,23%, cotada a R$ 1,7459. Este resultado ampliou a perda no mês e ano, até o momento, para 6,36%.

Como hoje foi de dia de formação da taxa Ptax de fim de mês, que servirá amanhã para a liquidação do dólar fevereiro 2012, a movimentação em torno da rolagem de contratos futuros elevou os volumes de negócios.

De outro lado, a fraqueza do dólar na primeira parte dos negócios coincidiu com o período de coleta de taxas para a formação da Ptax, que terminou em baixa de 0,67%, a R$ R$ 1,7391 - contrariando interesses de investidores, que vinham carregando grande posição comprada em dólar, como bancos e estrangeiros.

No mercado externo, a negociação entre Grécia e credores privados para redução da dívida do país continua indefinida e o ministro de Finanças da Holanda, Jan Kees de Jager, sinalizou que a própria Grécia possui a chave para resolver sua situação e a solução deve ser atingida em dias. 

Primeira Edição © 2011