“O Nordeste está cada vez mais rock’in’roll”, vibra Dinho Ouro Preto em Maceió

Show da Capital Inicial ferveu a Vox Room na noite deste domingo, com um público com cerca de três mil pessoas

30/01/2012 11:57

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Thayanne Magalhães e Mylena Fernandes - estagiária

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A casa de shows Vox Room já estava lotada na noite deste domingo (29), com cerca de três mil fãs do Capital Inicial, quando os meninos de Brasília chegaram no camarim para falar com alguns poucos fãs, fotógrafos e jornalistas. E entre uma foto e outra, o Primeira Edição conseguiu falar com o vocalista da banda, Dinho Ouro Preto, vibrante com a energia do público do Nordeste.

“A gente toca mais na Bahia do que no Rio Grande do Sul cara! O Nordeste está cada vez mais rock’in’roll!”, exclamou o músico.

Na opinião do cantor, o crescimento da região tem aberto as portas para que novos estilos de música ganhem espaço. “O Nordeste cresceu, e isso fez com que haja mais espaço para as bandas de rock. As pessoas querem diversidade, não deixando de lado as músicas regionais, mas eles pensam ‘vamos ver qual é essa das bandas do Sudeste’”, disse o simpático vocalista.

A nova geração do rock

Quando perguntado sobre as novas bandas de rock que estão surgindo no Brasil - as coloridas -, Dinho disse que torce pelo sucesso, ao mesmo tempo que espera que os novos “roqueiros” amadureçam, e tenham mais conteúdo e menos forma.

“Os moleques são muito novos. Estão na faixa de dezoito, dezenove anos, e acabam não se preocupando com o conteúdo das suas músicas. A nossa geração é caracterizada pelo conteúdo nas letras das músicas, protestos, numa época em que a inflação no país era muito alta”, lembra Dinho Ouro Preto.

Uma banda nova que Dinho acredita no sucesso e conteúdo, é a banda de Fortaleza Selvagens à Procura de Lei. "Eles são muito bons". 

Apesar da pressão da organização local do show, Dinho conversou por pelo menos 10 minutos com o Primeira Edição. A última pergunta foi sobre as frequências dos shows das bandas e, por ironia, a próxima apresentação será no Rio Grande do Sul.

“Tocamos mais em São Paulo, Minas Gerais e na Bahia. Mais na Bahia do que no Rio Grande do Sul, como eu disse no começo”, e depois de risos e fotos, o show começou com a mesma estrutura usada no Rock in Rio.

O público de Maceió se agitou com imagens vibrantes no telão ao fundo do palco, o fogo que subia em cada virada da bateria de Felipe Lemos, e até giroflex – sirenes de viaturas da polícia – que deram mais efeitos no show.

“Vou lá atrás tomar uma taça de vinho e já volto”, brincou Dinho antes de voltar ao palco e tocar as últimas músicas. Em seu repertório, além dos sucessos do Capital Inicial, cantados por três mil vozes, também entraram no show sucessos dos também brasilienses Raimundos e Legião Urbana.

E o que se via no fim da festa, eram pessoas satisfeitas com a festa e a simpatia do grupo de músicos, numa noite onde o público do rock de Maceió pode se sentir em casa.


 

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