Responsabilidade social. Além do artesanato, dos produtos, dos negócios e da cultura que fervilhou entre os dias 19 e 22 de janeiro durante a VI Feira dos Municípios, questão que deve ser de interesse das prefeituras, projetos que visam à redução da pobreza também tiveram lugar no Centro de Convenções.

Roupas, tapetes, acessórios e objetos decorativos feitos a partir dos grupos assistidos pelo projeto Alagoas Cidadã chamaram a atenção dos visitantes, pela riqueza e delicadeza dos detalhes. O Programa de Redução da Pobreza em Alagoas, atualmente atua em 25 dos 102 municípios do Estado. De acordo com o coordenador do Alagoas Cidadã, Flávio Vasconcelos, o programa tem como o objetivo principal, resgatar a auto-estima de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social.

“O programa assiste homens, mulheres e jovens em áreas onde a violência e põe em risco a vida dessas pessoas. Estimulamos o potencial a partir de capacitações e orientação para que eles se desenvolvam como líderes e agentes transformadores da sua própria realidade”, explicou o coordenador. O programa conta com a parceira da ONG Visão Mundial, que atua em 120 países e no Brasil, em estados do Nordeste, Norte e na região do norte de Minas Gerais. “Atuamos em locais onde a pobreza é extrema e a população vive em situação de vulnerabilidade”, contou Flávio.

O Alagoas Cidadã segue os moldes de um programa desenvolvido na Índia, que foi adaptado à realidade de cada município de Alagoas. Nos 357 grupos que existem nos 25 municípios alagoanos, cerca de 3800 pessoas já foram beneficiadas. Os grupos se desenvolvem a partir da interação como o objetivo de desenvolver o empreendedorismo e as relações sócios econômicas.

Segundo Flávio, a Feira dos Municípios foi a oportunidade do programa ser divulgado entre as demais cidades do Estado. “Conseguimos muitos contatos nesses dias de Feira. Recebemos a visita de prefeitos, vereadores, deputados que se interessaram pelo projeto e se mostraram abertos para uma conversa. A gente quer mostrar que o Alagoas Cidadã só tem a desenvolver os municípios e a população”, comentou.