Defesa traz depoimento que coloca Chapéu de Couro na cena do crime

Depoimento foi feito à época por um jardineiro que passava pelo local no momento do crime

18/01/2012 09:48

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Marcela Oliveira

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Por volta das 11h, o advogado Welton Roberto iniciou sua defesa em prol dos cinco réus no processo da morte da deputada Ceci Cunha, de seu marido e mais dois parentes ocorrida em 16 de dezembro de 1998.

Ele iniciou pondo em dúvida as ligações telefônicas feitas para Talvane Albuquerque apresentadas pela defesa. “Não compreendi essas ligações. Uma hora, Talvane estava em Brasília, outra hora em Arapiraca, outra em Maceió’’.

Quanto ao depoimento da primeira testemunha, Claudinete Santos Maranhão, que sobreviveu a chacina, ele relembrou que, logo após chacina, ela foi questionada sobre se saberia fazer retrato-falado de algum dos envolvidos, ao que ela respondeu negativamente. Em seu depoimento, na segunda-feira (16) ela afirmou que Jadielson Barbosa foi um dos pistoleiros que executou sua família. “Ela se equivocou”, afirmou ele.

A defesa citou uma outra pessoa que esteve no local do crime: o jardineiro Valmir Pereira Campos, o qual relatou que, quando seguia para casa na noite do 16 dezembro de 1998 ouviu barulho e quase fora atropelado por um veículo Uno de cor verde, que tinha em seu interior três pessoas. Em juízo, Valmir reconhece Chapéu de Couro como um dos executores quando o avistou no Fórum no dia em que foi depor. ‘’Valmir olhou para os outros réus e não reconheceu nenhum deles. Esse processo é recheado de dúvidas e de mentiras!”, exclamou o advogado.

Em relação ao vídeo gravado com Chapéu de Couro afirmando que o valor da negociação foi de R$ 200 mil, Roberto rebate. “Convertendo para os dias atuais esse valor seria correspondente a R$ 1 milhão. Um deputado naquela época ganhava R$ 8.400. De onde, então, viria esse dinheiro?” Ainda segundo ele, o pistoleiro criou essa história para ganhar dinheiro.

Welton Roberto ainda afirmou que Ceci Cunha foi assassinada pelos policiais Robson Rui, Sinvaldo, Fininho e Valter Santana  a mando do ex-governador Manoel Gomes de Barros.

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