Termina interrogatório de Jadielson; Alécio é o próximo

Depoimento de Alécio é o penúltimo do julgamento. Talvane encerra o interrogatório ainda hoje.

17/01/2012 10:05

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Marigleide Moura

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Após quase 4 horas foi encerrado o depoimento de Jadielson Barbosa, réu no processo do Caso Ceci, na tarde de hoje, 17. O acusado negou várias vezes sua participação na chacina da Gruta, em dezembro de 1998. Ele também negou ter contratado os pistoleiros para Talvane. O próximo depoente no julgamento será Alécio César Alves Vasco.

Pela manhã Jadielson chegou a chorar e acusou de irresponsável a sobrevivente da chacina Claudinete Maranhão, que depôs nesta segunda-feira.

Ainda pela manhã o procurador da República, Rodrigo Tenório, fez leitura de um diálogo entre Jadielson Barbosa e Chapéu de Couro, que supostamente teria intermediado a contratação de pistoleiros para matar a deputada Ceci Cunha.

Mas o advogado de defesa, Welton Roberto, pediu para que os jurados lessem a transcrição. Ele alegou que a forma da leitura poderia comprometer a interpretação. “Do jeito que foi lido, o procurador deu maior entonação nas partes que considerou mais importantes”, alegou o criminalista.

No áudio, Chapéu de Couro pergunta se foi Jadielson quem fez o levantamento e se haveria "apoio certinho", perguntando se o Júnior, outro assessor de Talvane Albuquerque, "havia saído da parada".

Questionado pelo promotor, Jadielson voltou a negar que o teor da conversa seria a contratação de pistoleiros. Ele disse que apenas buscava seguranças para o ex-deputado Talvane Albuquerque.

Sobre o depoimento dado para a Comissão de Ética na Câmara dos Deputados, o acusado confirmou a compra de dois coletes à prova de balas através de um homem identificado como “Índio”, a pedido do ex-deputado.

Nesse depoimento para a Comissão de ética, Jadielson Barbosa confessou ter enterrado os coletes em um terreno baldio, na cidade de Arapiraca. Mas que os coletes teriam sido desenterrados e queimados por um homem que morava na cidade de Craíbas.

Talvane Albuquerque

O ex-deputado Talvane Albuquerque é aguardado com ansiedade pelos familiares e visitantes no Fórum da Justiça Federal em Alagoas. Talvane deve depor no fim da tarde de hoje. Seu testemunho pode entrar pela madrugada. Os debates entre defesa e acusação devem ficar para amanhã, quando também deve ser pronunciada a sentença dos réus: culpados ou inocentes.

Se considerados culpados, os réus serão condenados por formação de quadrilha, homicídio duplamente qualificado e triplamente qualificado. A pena pode chegar a 120 anos de prisão.

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