Sesau orienta sobre cuidados com a dengue no verão

Primeira semana de 2012 registrou redução de casos, mas 36 cidades ainda estão em alerta; população deve redobrar cuidados com limpeza e armazenamento de água

17/01/2012 13:17

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Assessoria

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Alagoas registrou 85 casos de dengue, espalhados por 24 municípios, na primeira semana de 2012. O número é 48% menor que o computado em 2011, que teve 165 notificações no mesmo período. Apesar da redução, 36 municípios estão em situação de alerta e, por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) recomenda que a população fique atenta em relação aos cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Segundo o gerente de Agravos não Transmissíveis e de Fatores Ambientais da Sesau, Charles Nunes, as pessoas devem tomar cuidados especiais, principalmente durante o verão. “A temperatura no período do verão favorece a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Além disso, as chuvas de verão também provocam o acúmulo de água em locais como o lixo”, diz.

Os reservatórios naturais – como folhas e cascas de árvores – também requerem cautela. Para evitar possíveis surtos, é necessário adotar atitudes como limpar calhas e quintais e manter fechados depósitos de armazenamento de água. Charles alerta que as administrações municipais devem redobrar a atenção na limpeza de terrenos baldios e na melhoria na coleta de resíduos.

“Tudo isso influencia o aumento da dengue. As secretarias municipais devem intensificar a visita domiciliar dos agentes de endemias e os agentes de saúde devem ficar atentos para identificar casos da doença. A Secretaria de Saúde também vai intensificar as ações educativas e de controle”, ressalta o gerente de Agravos não Transmissíveis e de Fatores Ambientais.

Além das 36 cidades em situação de alerta, outras 16 ainda apresentam alto índice de infestação predial. As localidades mais propensas a desenvolver epidemias são Arapiraca, Água Branca, Belém, Campo Grande, Coité do Nóia, Craibas, Estrela de Alagoas, Igreja Nova, Major Isidoro, Messias, Murici, Olho D’Água do Casado, Palestina, Palmeira dos Índios, Rui Palmeira e Taquarana.

Nesses municípios, o risco de surto é de 3% - o que significa que, a cada 100 moradias visitadas por agentes de endemias, três apresentaram foco do mosquito. “Esse é um número alto. O ideal recomendado pelo Ministério da Saúde é que o índice esteja abaixo de 1%. Todas essas 16 cidades têm índices bem acima disso, passando dos 3%”, explica Charles Nunes.

Ele ressalta que, apesar dos dados, as ações mais recomendadas ainda são as educativas. “Ainda não há a necessidade de carro fumacê. Essa questão ainda é mais educativa, conscientizando a população sobre a importância de combater a dengue. Por isso, estamos reforçando a distribuição de material, a realização de palestras e as visitas a instituições como escolas”, afirma.

Dengue
Comum em áreas tropicais, a dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus. A transmissão acontece por meio da picada da fêmea contaminada do Aedes Aegypti, tendo um período de incubação de três a quinze dias. Os principais sintomas são febre alta e dores de cabeça, atrás dos olhos e nas costas – também podem aparecer manchas vermelhas no corpo.

O diagnóstico é feito clinicamente e por meio de exames. O paciente deve ficar em repouso e beber bastante líquido, evitando café e refrigerantes. Também é importante evitar a automedicação, que pode facilitar a ocorrência de hemorragia. Para saber mais sobre a doença, a população alagoana pode entrar em contato com o Disque Dengue pelo número 0800-284-8189. 

Primeira Edição © 2011