Talvane Albuquerque deve ser ouvido hoje

Depoimento dos réus deve durar o dia todo, segundo procurador da República

17/01/2012 07:05

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Marigleide Moura e Marcela Oliveira

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O julgamento histórico do Caso Ceci Cunha entrou hoje (17) em seu segundo dia. O primeiro a ser ouvido pelo juiz André Granja é o réu Jadielson Barbosa da Silva.

Depois dele, prestará depoimento o réu Alécio Vasco, apontado como um dos pistoleiros e, por último, o médico e ex-deputado Talvane Albuquerque, acusado de ser o autor intelectual do crime, conhecido como a Chacina da Gruta, em dezembro de 1998.

“Não há provas”, diz defesa
O advogado de defesa do ex-deputado, Welton Roberto, diz que não há provas contra Talvane.“O que existe é uma condenação popular e qualquer um que estivesse na condição de réu nesse caso seria considerado culpado”, declarou.

Welton diz ainda que nunca foram investigadas outras hipóteses para o assassinato e que seu cliente não tinha motivos para mandar matar a parlamentar. “Ele tinha um bom relacionamento com ela e essa história que ele seria beneficiado com a morte para assumir a vaga não justifica o crime”, disse Welton.

Caso Talvane Albuquerque seja julgado culpado, ele será condenado por homicídio duplamente qualificado e os demais acusados, pelo crime de homicídio triplamente qualificado.

Os outros dois réus, Mendonça Medeiros e José Alexandre foram ouvidos ontem e negaram as acusações.


Mais um dia de julgamento

De acordo com o procurador da República, Gino Sérvio Malta Lobo, responsável pela acusação, o depoimentos dos três réus deverá durar o dia inteiro. Após os depoimentos, defesa e acusação debaterão com direito a réplica e tréplica.

Gino Lobo disse que, provavelmente, a sentença só sairá amanhã, pois acredita que será dado tempo suficiente para o debate para que eles não percam a continuidade do raciocínio com os recessos. “Mas pode ser que o juiz mude de ideia, pois está todo mundo cansado, inclusive os jurados, que não querem ficar mais um dia no Fórum”.

Os sete jurados, após o julgamento, ficam enclausurados no Fórum Federal, onde dormem e se alimentam. Eles ficam sem comunicação e sem acesso a internet, televisão e telefone.
 

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