Sindicatos suspendem greve e protestos na Nigéria após acordo

16/01/2012 10:10

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Após o presidente nigeriano Goodluck Jonathan anunciar uma redução de aproximadamente 30% no preço da gasolina nesta segunda-feira, os sindicatos do país decidiram suspender a greve e os protestos massivos que ameaçaram reduzir a produção nacional de petróleo.

- Nos últimos oito dias através de greves, protestos, desligamentos, debates e manifestações nas ruas, os nigerianos demonstraram claramente que sua soberania pertence a eles. O Congresso Trabalhista da Nigéria e seus aliados anunciam formalmente a suspensão de greves, manifestações e protestos pelo país - disse Abdulwahed Omar, presidente do Congresso Trabalhista da Nigéria, o principal sindicato do país.

O presidente da Nigéria tinha se reunido com dirigentes sindicais na noite de domingo em busca de um acordo que desse fim à greve, mas saiu do encontro dizendo que a conversa "não produziu nenhum resultado tangível". A greve foi suspensa durante o fim de semana, mas líderes sindicais avisaram que poderiam retomá-la se um acordo não fosse feito. Com o anúncio da redução do preço nas bombas de 150 para 97 nairas, os sindicatos decidiram pela suspensão da greve e dos protestos.

- O governo vai continuar a mirar a desregulamentação total do setor petrolífero. No entanto, dadas as dificuldades sofridas pelos nigerianos, e depois de considerações e consultas... o governo aprovou a redução do preço na bomba de gasolina - disse o presidente nigeriano durante pronunciamento em rede nacional nesta segunda-feira.
Moradores de Lagos afirmaram que soldados estão nas ruas para tentar conter as manifestações e que teriam atirado para o ar e usado gás lacrimogêneo para dispersas os manifestantes. Não há informações de feridos.

As manifestações começaram após o corte de um subsídio de combustíveis em 1º de janeiro, que fez o preço da gasolina subir de 65 para 150 nairas, além de provocar aumentos nos transportes e na alimentação. Dez pessoas foram mortas desde o início dos protestos.

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