Mais duas testemunhas de defesa depõem sobre a "Chacina da Gruta"

A terceira testemunha diz não ter assinado documento e depois volta atrás, entrando em contradição

16/01/2012 12:12

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Fran Ribeiro

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A segunda testemunha de defesa no julgamento do Caso Ceci Cunha prestou seu depoimento ao juiz por volta das 14h. Aloísio Mendes de Souza, afirmou que esteve na praça conhecida como Gabino Besouro entre as 19h20 até por volta das 23h do dia 16 de dezembro de 1998, data da “Chacina da Gruta”.

A testemunha afirmou ainda que neste mesmo horário, por volta das 19h20 foi lhe passada a informação que a deputada e mais três familiares haviam sido assassinados em Maceió. Segundo Aloísio, na praça estava presente além da testemunha anterior, Edmilson, o acusado de ser um dos autores materiais do crime, José Alexandre, também conhecido por “José Piaba”.

Não convencidos com o depoimento, a acusação composta por representantes do Ministério Público adiantaram ao juiz que iriam requerer o falso testemunho de Aloísio, e que estavam analisando o a mesma requisição sobre o testemunho de Edmilson.

“Eu posso ter ido, mas eu não me lembro, doutor”

A terceira testemunha arrolada pela defesa dos réus no Caso Ceci Cunha caiu em contradição ao confirmar que não se recordava de ter ido a um cartório em Arapiraca registrar um declaração, onde afirmava ter permanecido na Praça Gabino Besouro entre as 19h20 às 22h do dia 16 de dezembro de 1998.

Após declarar para o juiz que permaneceu por pouco tempo na praça e que lá também viu José Alexandre, Aloísio, Edmilson e outras pessoas que comentavam sobre a morte de Ceci e mais três de seus familiares, José Roberto de Souza Veras não soube justificar a escritura pública apresentada pela acusação e que comprometia o que acabara de dizer.

“O que o senhor fez no dia 9 de agosto de 1999?”, perguntou o assistente da acusação, José Fragoso. “Não me lembro”, respondeu Veras. A testemunha afirmou que não esteve na data citada pelo advogado em um cartório, onde assinou a escritura. Veras disse ainda que além de não ter ido a nenhum cartório, não se recorda se alguém o teria feito assinar o documento. Após ser novamente questionado pela acusação, Veras se contradisse: “Eu posso ter ido, mas não lembro, doutor.”. A acusação encerrou as perguntas e a testemunha assinou o termo de compromisso.

Neste momento o julgamento segue em recesso para o almoço e volta os trabalhos às 15h15.
 

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