Magia Tihany retorna ao “Paraíso das Águas”

Maior companhia circense da América estreia nesta sexta

12/01/2012 12:58

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Márcio Ândrei

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Com pronúncia praticamente igual em todas as línguas, a palavra mística usada como encantamento e tida por muitos como a frase mais pronunciada universalmente,Márcio Ândrei “Abracadabra”, onde existe muitas teorias a respeito da origem, uns dizem que é derivada da união das palavras hebraicas abreg – ad – habra, juntas significam “fulmine com seu raio”, outros afirmam que surgiu da união das palavras celtas abra (Deus) – cad (Santo), porém, acreditava-se no poder de tal palavra para a cura de febres e inflamações. Nos tempos da tecnologia a expressão é normalmente usada no considerado maior circo da América Latina e um dos melhores do mundo, o brasileiríssimo Tihany, por um dos maiores ilusionistas de todos os tempos, que encanta e fascina multidões com o espetáculo Abrakdabra de Las Vegas.Márcio Ândrei

Criado por Franz Czeisler, ilusionista Tihany, em 21 de abril de 1954 na cidade de Jacareí, interior de São Paulo, o Circo Tihany vem comemorando 50 anos de espetáculo com a turnê nacional envolvendo 28 cidades. Com a contemplação Abrakdabra de Las Vegas, o circo brasileiro retorna a Maceió, "O Paraíso das Águas", pela terceira vez com estreia marcada para esta sexta-feira, 13, na Av. Fernandes Lima, bairro do Farol, ao lado do Hiperbompreço. A temporada em Maceió terá dois meses de duração.Márcio Ândrei

Muito mais que um circo é a definição do Tihany ! Um grande espetáculo de uma certa mistura de circo, magia e entretenimento, onde os três fatores se unem em um só show, por isso a definição que o Tihany é muito mais que um circo. O público pode se dar ao luxo em aplaudir de pé os espetáculos como se estivessem assistindo um show em Las Vegas, justamente por todas as apresentações terem sidos montadas na cidade mencionada, há seis anos aproximadamente.Márcio Ândrei

O Tihany trouxe a nova faze circense para a América do Sul e agora começa a fazer uma turnê pelo Brasil, que vai durar aproximadamente quatro anos. Com muitas atrações e artistas internacionais de 25 nacionalidades, todos premiados e contratados em festivais nacionais de circos de diferentes partes do mundo, o Tihany tem como diferencial oferecer ao público um show de primeiro mundo com os melhores artistas do planeta. Outro ponto forte do circo brasileiro é o luxuoso padrão empregado em todos os ambientes, muita magnificência, glamour e fantasia são facilmente percebidos logo na entrada.Márcio Ândrei

Há treze anos o Tihany fez uma turnê pelo Nordeste, na oportunidade “O Paraíso das Águas” também foi presenteado com a presença circense, tendo como um dos destaques a magia da “dança das águas” com a tradicional fonte luminosa. As turnês do Tihany pela América do Norte e do Sul duram aproximadamente de 12 a 14 anos. Sempre que vem ao Brasil, tendo como destino certo o Nordeste, Maceió não fica de fora das turnês. Esta é a terceira vez que o Tihany vem ao “Paraiso das Águas”.Divulgação

Grande Tihany tem história pra contar
Garrafas de vinho contribuíram para o sucesso

Nascido em 28 de junho de 1916, na cidade de Tihany localizada na Hungria, Franz Czeisler, Tihany, o “Mago dos magos”, trabalhava nos palcos da Hungria, Romênia e Tchecoslováquia, como ator, bailarino e, por último, mágico. Devido as grandes apresentações e carisma com o público, foi condecorado como Primeiro Membro Honorário do Colégio Nacional de Artes Circenses e Escénicas (Conacie).Márcio Ândrei

Tihany veio ao Brasil em 1952 como imigrante, na viagem de navio fazia apresentações de ilusionismo para a primeira classe, em troca ganhava do Capitão da embarcação garrafas de vinho, que eram vendidas em classes inferiores. Ao chegar ao Brasil com setenta dólares no bolso, começou a trabalhar como ilusionista no extinto Circo Garcia, o mais famoso e longevo da história circense brasileira, não demorou muito e conseguiu juntar dinheiro para comprar uma pequena tenda. Com proporções pequenas mas diferente de todos, Tihany conseguiu montar seu próprio circo, no início chamado de Circo Mágico Tihany.Márcio Ândrei

Com a magia e o ilusionismo sendo o centro dos espetáculos, devido ao grande dom de Tihany com as artes, passou a adquirir fama e sucesso em todo o Brasil e, viagens começaram a surgir onde o reconhecimento invadiu parte do planeta, surgia o maior circo da América Latina e um dos melhores do mundo. Franz Czeisler batizou o circo em homenagem a sua cidade natal, Tihany, atualmente vive em um luxuoso padrão residencial em Las Vegas e, acumula fortuna ao administrar várias empresas pelo planeta. O comando do Circo Tihany, hoje em dia, está com a responsabilidade do herdeiro e novo “Mago dos magos” Richard Massone.

Investimentos superam a casa dos milhões
Tihany valoriza aquisições e preserva qualidade

Márcio Ândrei Os investimentos para manter e preservar a qualidade dos espetáculos geram cifras inimagináveis, só a lona gigantesca a prova de fogo, produzida na Itália, custa em média um milhão e seiscentos mil reais, para resistir no tempo por aproximadamente oito anos. Outros fatores que exigem investimentos acima da média são os equipamentos de primeiro mundo com mais de duzentas toneladas, todos de primeiríssima qualidade, sem contar com as frotas de veículos envolvendo carretas com propulsores superiores a 500 cavalos. Pra se ter uma idéia de quanto o Tihany vem investindo ao longo dos tempo, basta olhar os cenários que são montados em todas as cidades por onde se apresenta, cenários estes que dão as boas vindas ao público na parte externa do circo, outro forte investimento são os valores elevados pagos com hotéis de alto padrão para uma boa parte dos funcionários, que permanecem hospedados por meses.

Manutenção dos materiais tem manuseio especializado
Artistas se apresentam com utensílios exclusivos

Márcio Ândrei Por traz do palco a fantástica história de magia e entretenimento é composta por profissionais dedicados em não deixar o brilho do espetáculo ofuscar, todos os artista possuem material exclusivo de trabalho projetados e, geralmente são feitos consertos e modificações no próprio circo. A proposta em conservas o material de trabalho da equipe é obvia e clara, peças de alto padrão confeccionadas geralmente em países que possuem as melhores matérias primas, precisam do manuseio de profissionais especializados, por isso o Tihany também investe na qualificação profissional pos traz dos palcos.

Profissionais possuem qualificação internacional
Ganhos se aproximam dos dez mil reais por semanaMárcio Ândrei

O Circo Tihany é um celeiro de artistas consagrados em todo o planeta, os profissionais, sem exceção, possuem reconhecimento internacional incluindo registro no livro dos recordes, a performance de todos estão em constante obserção para preservar a integridade física, de determinados em relação ao grau de periculosidade dos números, manutenção e aperfeiçoamento da qualidade apresentada ao público. Boa parte dos artistas e técnicos, envolvendo algumas famílias, moram em motorhomes que acompanham o circo, outros ficam hospedados em hotéis de grande porte durante a turnê em cada cidade. Tratando das projeções financeiras dos artistas, chegam a ganhar cifras próximas aos dez mil reais por semana. O elenco é formado por 60 artistas distribuídos por 25 nacionalidades: Venezuela, Brasil, México, EUA, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Paraguai, Argentina, Chile, El Salvador, Espanha, Itália, Bélgica, Inglaterra, Bulgária, Polônia, Hungria, Rússia, Tibet, França e Moldávia.

Reconhecimento profissional tem a desejar
Futebol e falta de apoio foram os responsáveis

Márcio Ândrei Diferente dos artistas conhecidos nacionalmente e internacionalmente, das novelas, apresentadores de programas, atores e atrizes, entre outros, os astros do Tihany normalmente quando conhecidos nas ruas e shoppings das grandes cidades não criam situações que gerem tumulto, geralmente as pessoas se aproximam de forma tímida e solicitam ingressos para assistir aos espetáculos, uma ou duas ocasiões perdidas autógrafos e fotos são solicitados. De acordo com Vladimir Avedanho, salvadorenho diretor de marketing do Tihany, a projeção do futebol a nível internacional e a falta de apoio dos governantes, fizeram muitos circos baixar as lonas e não levantar mais, desta forma a popularização e reconhecimento artístico dos profissionais circenses perderam notoriedade popular, diferente dos artistas citados.” A popularização do futebol e a falta de apoio dos governantes apagaram o brilho dos artistas, em poucos países a situação é diferente, o circo é valorizado e os artistas também”, disse Vladimir.

Acidentes são inevitáveis e podem fazer parte do espetáculo
Artistas geralmente amenizam falhasMárcio Ândrei

Nem tudo são flores em um ambiente de trabalho, acidentes acontecem mesmo com profissionais renomados e treinados exaustivamente para os números periculosos. Com o Tihany a história não é diferente, artistas já apresentaram falhas em pleno espetáculo e chegaram a preocupar a todos, em determinados desastres o público teve a infelicidade de presenciar a queda de um profissional ao cair de uma altura praticamente fatal, por erro e em outros casos falhas na montagem da estrutura. Em fase de treinamento a história também não foge à regra, onde a falha geralmente obriga o artista a ficar afastado do espetáculo por um bom tempo. Para o príncipe dos Palhaços, o venezuelano de 32 anos Henry Ayala, premiado em dois festivais de clowns e trabalha há nove anos como palhaço e equilibrista no Tihany, os acidentes são praticamente inevitáveis, mas quando ocorrem geralmente os artistas têm como amenizar o erro devido ao excesso preparativo. “Erros acontecem, mas estamos preparados pra tudo, muitos me perguntam se não seria melhor termos mais proteções, mas afirmo em dizer que o espetáculo não pode parar, se aumentar as proteções perde a essência da arte. Temos uma alimentação um pouco diferente das pessoas para ajudar a manter a forma com exercícios e, somos bastante treinados, mesmo errando temos como diminuir o prejuízo”, afirmou Henry.

Animais selvagens de grande porte não atuam mais
Tigres-siberianos foram substituídos por pequenos animais Divulgação

Diferente dos circos tradicionais do passado, onde um dos grandes atrativos eram os animais selvagens, o Tihany não trabalha com animais de grande porte, justamente devido a proposta de lei que proíbe em determinados países a apresentação de espetáculo circense ou similar que tenha como atrativo a exibição de animais de qualquer espécie, o Tihany trabalha apenas com cães Pastor Inglês, galinhas e pombas brancas para efetuar números de mágica. No passado o Tihany atuava com animais de grande porte, tendo como um dos grandes destaques o maior de todos os felinos, tigres-siberianos que chegavam a pesar mais 300 quilos. Indo de encontro ao que muitos pensam em relação a agressividade e domesticação de um tigre-siberiano, Vladimir Avedanho afirmou que os tigres que o Tihany tinha eram extremamente dóceis e confiáveis, o contrário dos leões e demais animais selvagens, porém se passassem a se sentir perseguidos e surpreendidos poderiam atacar facilmente um ser humano. “Os tigres são altamenteMárcio Ândrei domesticáveis, super dóceis e amigáveis, eles reconhecem o cheiro do dono, não vêem as pessoas como alimento, mas é preciso saber lidar com as feras, da mesma forma que se cuida de um cão, onde o dito popular diz que o cachorro é o que o dono representa, e ter dinheiro para manter os animais bem alimentados”, disse Vladimir. Durante mais de dez anos de convívio com os animais, em momento algum os tigres partiram com agressividade às pessoas que cuidavam das “feras”.

Espetáculo cultural tem origem de várias regiões 
Sessões especiais beneficiam crianças de escolas e entidadesMárcio Ândrei

O público que comparece ao Tihany pode ter a certeza que vai encontrar um espetáculo cultural com origem em várias regiões do mundo, tendo como ênfase maior a cultura do Oriente baseada na magia de Las Vegas, do circo tradicional e o teatro de revista, mas a grande estrela mesmo é sem sombra de dúvidas o ilusionista Richard Massone, que faz a fantasia virar realidade em conjunto com lidas mulheres e acrobatas. Para os estudantes de escolas públicas e entidades carentes, o Tihany realiza uma vez por semana sessões especiais.

Tihany Spectacular faz jus ao nome
“Mago dos magos” cria um mundo de magiaMárcio Ândrei

Com palco de 900 m² e platéia para 2050 pessoas sentadas, o Tihany Spectacular traz para o Brasil duas horas de show, 18 atos, 60 renomados artistas distribuídos por 25 países, dez sessões por semana, folgando apenas nas segundas-feiras, com números de acrobacia, contorcionismo, malabarismo, palhaços, ilusionismo, apresentações musicais além da magia e o encanto da cultura circense reunidos em um ambiente totalmente climatizado. Tihany é muito mais que um circo, é uma magia de um super espetáculo em uma mega estrutura repleta de shows itinerantes, migrados pelo “Mago dos magos” Franz Czeisler, o Tihany.Márcio Ândrei

O stand Sue Chamusca, no Maceió Shopping, está disponibilizando ingressos que vão de R$ 20,00 a R$ 130, 00. O Tihany fica em Maceió por dois meses, em seguida dá seqüência a turnê 2012 em Aracaju, Salvador, Feira de Santana, Vitória, Brasília, Goiânia, Campo Grande e Belo Horizonte. Em 2013 e 2014 será e vez de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São José dos Campos, São Paulo, Santos, Sorocaba, Campinas, Ribeirão Preto, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Pelotas.Márcio Ândrei

- A convite da Sue Chamusca Arte e Assessoria, empresa especializada em produções artístico-culturais e eventos, a reportagem e todas as fotos do Tihany, com exceção da antepenúltima, foram produzidas em Recife há uma semana. A cobertura da viagem, bastidores e a performance completa dos artistas no último final de semana do Circo Tihany em Recife, estão disponíveis nos links: http://primeiraedicao.com.br/noticia/2012/01/05/circo-tihany-recebe-profissionais-da-midia-alagoana e http://primeiraedicao.com.br/noticia/2012/01/06/tihany-se-despede-de-recife-e-vem-a-maceio , respectivamente. A edição e tratamento de todas as fotos também foram feitas pelo jornalista e fotógrafo Márcio Ândrei.Márcio Ândrei

Primeira Edição © 2011