Mulheres com próteses de silicone rompidas farão cirurgia de graça

12/01/2012 05:59

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Jornal Floripa

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Mulheres com próteses de silicone rompidas farão cirurgia de graça
Anvisa anunciou que despesas serão cobertas pelo governo ou pelos planos de saúde. Decisão vale para mulheres que colocaram prótese por motivo de saúde ou estético e também para quem fez implante na rede privada.

As mulheres que tiveram problemas com próteses de silicone rompidas poderão fazer de graça a cirurgia para trocar os implantes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária anunciou que as despesas serão cobertas pelo governo ou pelos planos de saúde.

As medidas foram decididas em uma reunião da Anvisa com associações de médicos e o Departamento Nacional de Defesa do Consumidor.

A Anvisa vai fazer um rastreamento das próteses da marca francesa PIP e da holandesa Rofil, que usaram silicone industrial, prejudicial à saúde. As mulheres que estiverem com essas próteses rompidas poderão fazer a substituição de graça pela rede do SUS ou pelo plano de saúde.

A decisão vale para mulheres que colocaram prótese por motivo de saúde ou estético e também para quem fez o implante na rede privada. Quem não teve ruptura ou não sabe a marca da prótese poderá fazer exames e passar por um monitoramento.

“A partir do momento que se identifica que há uma ruptura desse implante, a cirurgia é entendida como uma cirurgia reparadora. Esse procedimento poderá ser feito pelo SUS, será garantido pelos planos de saúde, porque também garantem a cirurgia reparadora, mas claro que as mulheres que tiverem interesse de fazer via sistema privado farão pelo sistema privado”, explica Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa.

A estimativa da Anvisa é de que, no Brasil, 12 mil mulheres tenham colocado próteses da PIP e 7 mil, da Rofil. A Anvisa recebeu 39 reclamações de pacientes que tiveram a prótese da PIP rompida e que já fizeram a substituição.

Agora, os médicos serão obrigados a informar à Anvisa sobre os implantes. Com esses dados, a agência e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica vão formar o registro nacional de implante mamário. As pacientes também poderão fornecer as informações sobre os implantes em outro cadastro, no portal da Anvisa.

A agência já recolheu, em uma importadora, mais de 10 mil próteses da PIP, que vão ser analisadas em laboratório. Técnicos da Anvisa vão fazer inspeções em 14 fábricas de prótese de silicone no exterior.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar, que representa 15 dos maiores planos de saúde, informou que as operadoras farão a cirurgia reparadora no caso do rompimento das próteses.

Primeira Edição © 2011