Projeto do complexo lagunar mundaú e manguaba é apresentado na Secretaria da Pesca

Engenheiro da Ufal exibe trabalho com ações para monitorar diariamente as lagoas; o diferencial será associar a avaliação do ecossistema aquático com a produção de pescado e moluscos

11/01/2012 06:19

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Divulgação

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O projeto de monitoramento do complexo lagunar Mundaú e Manguaba, com ênfase na produção de pescado e de moluscos, foi pauta, nesta terça-feira (10) da reunião que aconteceu na Secretaria de Estado da Pesca e Aquicultura (Sepaq). O engenheiro e doutor em recursos hídricos da Universidade Federal de Alagoas, Ruberto Fragoso apresentou as diretrizes para o secretário Regis Cavalcante, superintendentes e diretores do órgão.

Para o secretário, o principal ponto do projeto é alinhar o monitoramento com a produção alimentícia das lagoas. “Esse projeto tem uma magnitude que abrange órgãos como Recursos Hídricos e Meio Ambiente. No entanto, também nos interessa, pois trata da produção de peixes e moluscos, como o sururu. Saliento ainda, a necessidade dos pescadores daquela região se envolverem nessa idéia, e se apropriem dela, para que seja o alicerce da sua sustentabilidade”, explicou.

De acordo com o engenheiro e doutor Ruberto Fragoso, o diferencial do programa estar na possibilidade de avaliar qualquer ecossistema aquático por meio de parâmetros químicos, físicos e biológicos, em curto espaço de tempo.

“Apresentamos o diagnóstico, como primeira etapa do projeto, para que se entenda o sistema e a capacidade aquícola do mesmo. E acima de tudo, para que se avaliem medidas para resolução dos problemas, como os impactos ambientais e quais efeitos do assoreamento, da poluição e de outros fatores, na produtividade no sururu e do pescado, por exemplo”, completou Fragoso.

Ainda segundo Fragoso, um aliado importante dos técnicos da Sepaq, e de quem se interessar a ver, será a possibilidade do acompanhamento da variação dos parâmetros das lagoas em tempo real. Isso será possível, por meio de um sistema via satélite instalado nas bóias que ficarão nas águas.

Em um ano já poderá se verificar os resultados da primeira etapa. No entanto, até a fase inicial ser colocada em prática, a equipe técnica da Sepaq, integrada ao núcleo de engenharia da Ufal ajustará as ações para que essas medidas destinadas a prevenir impactos, reduzam efetivamente os efeitos negativos causados pelo tempo e demais fatores externos. Além de buscar recursos para os investimentos com o projeto.

Primeira Edição © 2011