Médico orienta sobre os sintomas da azia

Para os sintomas da azia não existe distinção de idade, raça ou cor, ela ataca pessoas que têm uma alimentação irregular

10/01/2012 15:04

A- A+

Ascom/Sesau

compartilhar:

O prazer de comer nem sempre pode ser desfrutado por todos. O limite existe para as pessoas que sentem azia – sensação incômoda de queimação no esôfago. De acordo com o médico, Fernando Barreiros, quem não sentiu, ainda vai sentir azia, pelo menos uma vez na vida, problema também chamado de pirose.

Segundo o especialista, a azia se agrava quando o suco gástrico sobe para o esôfago. “Nesse momento ocorre o refluxo, quando o suco gástrico passa pelo distal ou abertura inferior no esôfago. Têm pessoas que possuem nervos sensíveis e ficam mais vulneráveis ao incômodo. Se não tratada pode se tornar uma hérnia no esôfago”.

As causas mais frequentes entre os brasileiros, são sempre as mesmas, independente de onde a ‘vítima’ esteja. “Ter uma alimentação irregular, comer muito, ingerir chocolate, bebidas alcoólicas, sucos cítricos, cafeína, comida a base de alho e pimenta, além do fumo tudo isso agrava ainda mais para quem sente azia”, orienta o médico, informando que os distúrbios emocionais são fundamentais para o aumento do suco gástrico pelas células do estômago que afetam diretamente as paredes do esôfago.

Quando a azia se repete por três vezes na semana, durante um período de três meses é hora de procurar um médico e realizar os exames para saber do que se trata. Cerca de 30% das pessoas não descobrem que tem azia, porque não é identificado no exame, mesmo após a endoscopia. “Nesses casos o médico não identifica, mas sabe que é azia, para isso existem remédios que diminuem a produção de suco gástrico, os chamados antiácidos”.

A sensação de queimação é mais frequente em pessoas que estão acima do peso, porque a gordura acaba comprimindo o espaço do estômago e isso faz com que o suco gástrico tenha uma elevação, causando assim o refluxo e a azia. “A rouquidão também é um sintoma do refluxo, após tanta elevação do suco há uma mudança do tecido inferior do esôfago, que se agravado pode se transformar em câncer”, alerta o especialista Fernando Barreiros.

Para ter uma vida mais saudável, sem desconforto e má disposição é necessário, para quem sente azia, evitar dormir logo após as refeições; praticar caminhadas; ter horários regulares para se alimentar; além do bem estar emocionalmente, que é fundamental para o bom funcionamento do estômago e consequentemente do esôfago.

Para os sintomas da azia não existe distinção de idade, raça ou cor, ela ataca pessoas que têm uma alimentação irregular. Para o estudante de direito, Ítalo Correia, de 26 anos, comer sem controle significa ter azia. “É uma sensação de desconforto, que incomoda, fica um gosto azedo na boca, queima muito e só alivia quando tomo o antiácido (bicarbonato de sódio), que tem um efeito quase instantâneo”, conta.

Como disse o especialista, azia é desencadeada devida alguma indisposição do corpo. Conforme afirma Ítalo, com ele não é diferente. “Quando ultrapasso o horário de comer, me alimento além do necessário ou exagero nas bebidas alcoólicas sei que vou ficar com azia. Suco de laranja ou limão são bebidas que não posso tomar nunca”.

Uma das soluções para esses sintomas é ter uma alimentação regular e balanceada acompanhada por um médico especialista. “Nos meses de outubro a dezembro estive fazendo uma dieta, junto com uma alimentação balanceada, dessa forma não sentia azia, mas com as festividades de final de ano com as ceias relaxei e tive que comprar o bicarbonato”, disse Ítalo que já convive com o problema de azia desde os 18 anos de idade.

“Outros fatores que também me deixam com muita azia é comer pão branco, ou estar com as emoções alteradas; ansioso ou nervoso com algum resultado, mas descobri que água gelada e banana acalmam parcialmente”, relata o estudante.

Já para empresária Flora Lima, que sofre com esse sintoma, afirma que azia é insuportável. “Sinto com mais frequência quando como massas, pão, cuscuz, nesse momento ela ataca e por isso tomo um antiácido para aliviar”.

Primeira Edição © 2011