iPhone: cinco anos, cinco modelos

09/01/2012 05:25

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TSF Rádio Notícias

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Há cinco anos, Steve Jobs, patrão da Apple, mostrava ao mundo o primeiro iPhone. A reacção da plateia foi entusiástica e premonitória do sucesso que o telemóvel viria a ter. Desde então, e até agora, a "marca da maçã" já vendeu mais de 35 milhões de unidades em todo o mundo.

A TSF passa em revista os cinco modelos que a Apple pôs à venda desde que, a 9 de Janeiro de 2007, lançou o iPhone original.

iPhone 1

Quando a Apple mostrou ao mundo o primeiro iPhone, foi Steve Jobs quem se encarregou de o apresentar. Na conferência MacWorld, em Las Vegas, e com a mestria que todos lhe reconhecem, o líder da Apple levou o público ao rubro.

Prometeu um equipamento revolucionário. Um smartphone capaz de aliar a navegação internet, à música e um telefone.

Prometeu e cumpriu. É certo que não era o primeiro telemóvel com ecrã sensível ao toque. É verdade que não tinha 3G e ainda era incapaz de fazer coisas como o copiar e colar. Mesmo assim tinha um carisma que fez com que milhões o comprassem.

Nesse ano, 2007, foi considerado como a Invenção do Ano pela revista Time.

iPhone 3G

A segunda geração de iPhones recebeu o sufixo 3G porque essa, na altura do lançamento, era a sua principal novidade.

Desde o primeiro dia que o iPhone era uma excepcional máquina para navegar na internet. O problema é que onde não havia redes WiFi, essa navegação tornava-se extremamente lenta. Um problema que foi resolvido com o iPhone 3G.

Mas navegar na net a velocidades aceitáveis não era a única característica positiva deste equipamento. Por exemplo, era mais bonito e mais fino que o iPhone original e até tinha uma espécie de GPS. Também era um pouco mais barato que o antecessor e só na primeira semana de existência vendeu mais de um milhão de exemplares.

Com ele veio também o sistema operativo iOS 2. E este, em particular a AppStore, a loja que centraliza todas as aplicações disponíveis num só sítio, veio revolucionar a forma como o software é distribuído. Agora, todos os concorrentes têm um sistema parecido e mesmo nos computadores o sistema começa a ser adoptado.

Foi o primeiro iPhone a ser posto à venda em Portugal.

iPhone 3GS

Mantendo a tradição de lançar um iPhone por ano, em Junho de 2009 a Apple lança o 3GS. Como é habitual e apesar do secretismo da Apple, meses antes do lançamento já muito se falava deste equipamento e eram poucos os que acreditavam que, afinal, o 3GS era apenas uma versão ligeiramente revista e ligeiramente melhorada do iPhone 3G.

E no entanto foi isso que aconteceu. Apesar de ter sido bem sucedido comercialmente, este é o primeiro balde de água fria lançado sobre a cabeça dos fãs do iPhone. Queriam mais, mas não o tiveram. Pelo menos a nível de design já que internamente, justiça lhe seja feita, este novo iPhone era bem mais apetitoso que o anterior: tinha uma bateria com maior autonomia, um processador mais rápido e a câmara, apesar de não ser topo de gama, finalmente era capaz de fazer filmes.

Por esta altura era também mais do que evidente que o que faz do iPhone um telemóvel especial, não são só as especificações técnicas, mas também o software e com o iPhone 3GS chegava também a terceira versão do iOS.

Estranhamente, e apesar de já terem saído dois novos iPhones depois do 3GS, ainda agora é possível comprar este equipamento. É o mais barato dos telemóveis da Apple.

iPhone 4

Depois de um iPhone que afinal era igualzinho ao antepassado, em 2010 a Apple estava obrigada a lançar um telemóvel com um design diferente. A resposta a esse desejo/obrigação foi este iPhone 4.

A saltar aos olhos, um ecrã ainda melhor que os anteriores. A Apple chamou-lhe "retina display" com uma resolução tão boa, que é melhor que os nossos olhos.

De todos os smartphones lançados por Steve Jobs, este foi certamente aquele que mais polémica gerou nos meses anteriores à apresentação. Na China, na fábrica onde se produzem os iPhones, houve uma série de suicídios atribuídos à pressão no trabalho. Só em 2010 mataram-se catorze trabalhadores na Foxxcon de Shengzen.

Para além disto, o grande escândalo foi protagonizado por um engenheiro da Apple. Gray Powell foi para uma noite de copos com um protótipo do iPhone 4 no bolso e num bar perto das instalações da empresa perdeu o precioso equipamento. O protótipo acabou por ir parar às mãos de um site que publicou imagens que, mais tarde, se revelaram serem iguais ao equipamento que a Apple acabou por comercializar.

Na apresentação, Steve Jobs destacou a antena como sendo um dos pontos geniais deste smartphone. Ela é externa, mas está escondida no design do equipamento.

Um mês mais tarde, novo escândalo. Este ficou conhecido como o AntenaGate. Uma revista especializada analisou o iPhone 4 e resolveu não o recomendar aos seus leitores. A razão é que ao fazerem-se telefonemas as chamadas podem cair, porque os dedos do utilizador tocam na antena e fazem um curto circuito. A Apple nunca resolveu este problema.

iPhone 4S

O iPhone 4S teve azar à nascença. Primeiro porque Jobs não estava bem de saúde, nem foi à apresentação, depois porque foi vítima dos meios de comunicação generalistas que não entendem como a empresa funciona. Fizeram as contas, pensavam que vinha aí um iPhone 5 e desataram a anuncia-lo a todo o mundo.

Mais uma vez, visualmente as diferenças quase não existem. Nota-se, no entanto, que o erro de design que levou ao AntennaGate foi resolvido. Ponto final nesse fiasco e, espera-se, nas chamadas que caem.

O iPhone 4S marca também a chegada de uma tecnologia chamada Siri. Uma função que permite comandar o iPhone com a voz mas que também é uma demonstração de Inteligência Artificial. Nos Estados Unidos esta Siri faz furor e é mais um grande sucesso. Por cá, como ela apenas entende o inglês, ainda não funciona.

Primeira Edição © 2011