Ministro diz que não há política partidária no repasse de verba

Chefe da Integração Nacional afirma que 90% da verba antienchente irá para barragens em PE

04/01/2012 15:59

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Estadão.com.br

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O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), afirmou em entrevista na tarde desta quarta-feira, 4, que não houve política partidária no repasse de verbas para obras de prevenção de enchente em Pernambuco. “Pernambuco não pode ser discriminado por ser o Estado do ministro”, disse. De acordo com ele, os repasses a Petrolina foram voltados a operações com carros pipas, dinheiro que foi gasto pelo Exército brasileiro em operação conjunta com o Ministério da Integração. “Dos R$ 98 milhões, R$ 70 milhões são para prevenção. Cinco barragens serão construídas (no Estado)”, completou.

Bezerra explicou que, em 2010, a legislação foi alterada para a liberação ágil das ações de assistência à população. As obras de prevenção, de acordo com ele, não receberam ainda esse tratamento. Na prática, foram recebidos pelo Ministério da Integração R$ 366 milhões. O ministro destacou que Dilma determinou que fossem priorizadas ações com prevenções. No plano geral apresentado por ele, 251 cidades foram consideradas de alto risco.

Sobre uma possível candidatura à Prefeitura de Recife, ele diz que quem toma esse tipo de decisão é o partido dele e, pela base composta, a decisão ficaria com o PT, que governa a cidade do Recife. O ministro ainda comentou sobre um suposto esvaziamento do ministério e disse que conversou com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, sobre seu afastamento. “Quando o ministério for esvaziado estarei longe daqui. Não tem nenhum tipo de ruído ou mau entendido com o trabalho da Casa Civil. Com a presidente Dilma, não tive oportunidade de falar.”

O ministro concedeu entrevista coletiva para falar sobre a situação das chuvas no Brasil e os repasses de recursos federais para o combate e a prevenção de desastres naturais. Bezerra estava de férias, mas interrompeu o descanso nessa terça-feira, 3. No mesmo dia, o Estado mostrou que 90% da verba antienchente foi repassada para Pernambuco, Estado de origem do ministro. A pasta negou critério político no repasse de recursos.

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