Superávit da balança cresce 47,8% em 2011 e fecha em US$ 29,79 bi

Saldo ficou acima das previsões e superávit de dezembro, de US$ 3,817 bi, foi recorde para o mês

02/01/2012 14:21

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Agência Estado

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A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 29,790 bilhões em 2011 (47,8% maior que em 2010) , segundo informou há pouco o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo da balança no ano passado ficou acima das estimativas do mercado, conforme apurou o AE Projeções (US$ 27 bilhões a US$ 28,1 bilhões). Em 2010, o saldo acumulado da balança foi positivo em US$ 20,155 bilhões.

O resultado do superávit em 2011 é fruto de exportações de US$ 256,041 bilhões e de importações de US$ 226,251 bilhões. Com isso, o governo não conseguiu cumprir a meta para o ano em exportações, de US$ 257 bilhões. No início do ano, a expectativa era de que os embarques externos brasileiros somassem US$ 228 bilhões. Depois, foi elevada para US$ 245 bilhões e, em agosto do ano passado, a meta foi revisada para US$ 257 bilhões.

O secretário-executivo do ministério, Alessandro Teixeira, e a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Lacerda Prazeres, concederão entrevista coletiva, em Brasília, em instantes, para detalhar o resultado comercial de 2011.

Em dezembro, o superávit comercial foi de US$ 3,817 bilhões, resultado de importações de US$ 18,312 bilhões e exportações de US$ 22,129 bilhões. Nos dois casos os valores são recordes para o mês.

Destinos

As exportações brasileiras cresceram "de forma mais acelerada" para os países da Ásia, e da África e para os Estados Unidos. De acordo com os dados do Ministério, o desempenho das vendas para a Ásia subiram 36,3% no ano passado, em relação a 2010, com destaque para a China (43,9%) por conta do aumento nas vendas de minério de ferro, soja em grão, petróleo bruto, açúcar e celulose.

No caso dos Estados Unidos, o incremento de um ano para o outro foi de 33,3%, por conta do petróleo bruto, produtos siderúrgicos, máquinas e equipamentos e café.

No caso da África, a alta foi de 32%, em função de açúcar, cereais, carne, automóveis e autopeças. No Mercosul, o crescimento foi de 23,2%, com destaque para a Argentina, cujas vendas se expandiram em 22,6%, em função de automóveis, autopeças, máquinas e equipamentos e a minério de ferro.

Na União Europeia, o incremento foi de 22,7% e no Oriente Médio, de 16,6%. Para a América Latina e Caribe, com exceção do Mercosul, as vendas brasileiras subiram 15,4% em 2011, na comparação com 2010, e para a Europa Oriental, 8%.

Os principais países de destino das exportações de janeiro a dezembro de 2011 foram: China (US$ 44,3 bi); EUA (US$ 25,9 bi); Argentina ( US$ 22,7 bi; Países Baixos (US$ 13,6 bi) e Japão (US$ 9,5 bilhões). "As exportações e as importações foram recorde no ano passado; 2011 foi um ano excepcional", comemorou a Secretária.

Primeira Edição © 2011