Casos de Dengue em 2011 tiveram redução de 80% em relação a 2010

02/01/2012 07:11

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Ascom Sesau

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Como conseqüência do trabalho integrado entre Estado e municípios, Alagoas fecha 2011 com redução de 80% nos casos de Dengue em comparação com 2010. Isso porque, segundo o último Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em 2010 foram notificados 54.200 casos, contra 10.647 em 2011.

Para se ter ideia da redução, na penúltima semana de dezembro de 2011 foram contabilizados 80 casos e, na semana subsequente, as notificações caíram para 41, o que representam uma queda de quase 50%. Realidade que se repetiu ao longo do ano, segundo destaca a superintendente de Vigilância em Saúde, Sandra Canuto.

10 mortes por dengue

Olival Santos/SesauMas, mesmo diante desta redução expressiva dos casos de Dengue e que, segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, comprova a importância das ações realizadas pela Sesau, os alagoanos necessitam permanecer vigilantes. Realidade que se deve ao fato de, mesmo diante da grande redução de casos, foram confirmadas dez mortes por dengue.

“Temos que continuar com nossas ações integradas em 2012, assim como ocorreu em 2011. Mas é importante que cada alagoano faça a sua parte, prevenindo a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que causa a doença. Para isso, é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução e, por isso, se faz necessário não deixar a água limpa parada em qualquer tipo de recipiente, limpar os quintais e não cultivar plantas aquáticas”, ressaltou Sandra Canuto.

Prevenção

Ela assegurou em 2012 os técnicos da Diretoria de Vigilância Epidemiológica irão continuar intensificando as ações de prevenção junto aos municípios. “Estamos com nossos supervisores realizando ações de campo, percorrendo as 13 microrregiões de saúde, já que estamos em um período propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti”, salientou.

Sintomas e tratamento

Quanto aos sintomas da doença, Sandra Canuto ressaltou que eles podem ocorrer com maior ou menor intensidade, mas, em regra geral, são febre aguda com duração de até sete dias, acompanhada de dor na cabeça, atrás dos olhos, nos músculos, nas juntas, prostração e vermelhidão no corpo. “Se a pessoa apresentar esses sintomas deve procurar a consulta médica e não ingerir, indiscriminadamente, remédios à base de ácido acetil salicílico”, alertou.

Ainda de acordo com a superintendente, a redução do número de casos notificados de Dengue comprova a importância do trabalho dos supervisores de área da Sesau, pois não existem vacinas ou medicamentos que evitem a contaminação. “Por isso, o trabalho destes profissionais é importantíssimo no combate ao Aedes Aegypti, já que apenas um mosquito pode infectar em média 300 pessoas”, reiterou.

Sandra Canuto informou que, graças ao trabalho integrado, Alagoas não possui nenhum município em epidemia. “Ao longo de 2011 registramos 18 em situação epidêmica, mas a situação se normalizou, o que não quer dizer que o trabalho de prevenção deve ser reduzido, pois se houver uma taxa de incidência igual ou superior a 300 por 100 mil habitantes, o município passar a viver uma epidemia”, informou.

Ela chamou a atenção, no entanto, para que os gestores municipais priorizem ações de combate à dengue. “É fundamental que os prefeitos e secretários municipais estejam sempre em alerta e viabilizem ações sócio-educativas, porque a proliferação do mosquito transmissor da doença tem relação direta com a limpeza de terrenos baldios, logradouros públicos e residências”, sentenciou.
 

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