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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Não tem 'virada'. Pesquisas indicam e reforçam vitória de Renan

04/10/2014 08:33

A Matemática é implacável. As pesquisas de intenção de voto não são, claro, exatas como os enunciados de Pitágoras, mas são números, números levantados com rigor técnico, com metodologia científica. São, pois, indicativos seguros de tendências reais.

As pesquisas mostraram, já no início da campanha, uma tendência muito forte de opção popular por Renan Filho, do PMDB.

Um, dois, três, quatro institutos ouviram os eleitores em todas as regiões, em numerosos municípios – e os resultados apenas confirmavam uns aos outros: Renan na cabeça, isolado, distante, muito distante do segundo colocado, Benedito de Lira.

O quadro se repetiu, com mais ênfase pró Renan, nesta sexta-feira (3) a apenas 36 horas da abertura das urnas. Enquanto se falava em ‘virada’, como se eleição se ganhasse no grito, as últimas pesquisas estão aí, sem discordância, indicando o crescimento de Renan em relação às sondagens anteriores.

A Coluna, aqui no Portal e no Primeira Edição impresso, afirmava em vários momentos da campanha: o quadro sucessório parece definido, consolidado a favor de Renan Filho. Tratava-se de uma ‘escolha antecipada’ do eleitorado.

Numa eleição, claro, tudo pode acontecer, mas quando surgem chances de mudança, os sinais aparecem. Não foi o caso da atual sucessão. Os números foram consistentes do início ao fim. E estão definitivamente confirmados. Confirmados e validados pelo próprio concorrente, que aceitou a verdade das pesquisas, ao falar em ‘virada’.

 

Últimas pesquisas divulgadas nesta sexta-feira, 3 de outubro:

Ibope – Renan 46%, Biu 31%:

Ipespe – Renan 42%, Biu 24%:

Exatta – Renan 48%, Biu 23%.

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Violência - a proposta que pode vingar

29/09/2014 08:11

Em sua proposta para conter a violência, Renan Filho aborda um ponto crucial: o envolvimento dos poderes, mais o Ministério Público Estadual, no esforço de combate à criminalidade.

Benedito de Lira também promete enfrentar o crime, reforçando a segurança, o que é válido, mas governo nenhum avançará nessa área se não puder contar com uma atitude cooperativa do Judiciário.

É a velha questão: a polícia prende, a justiça solta. Como reduzir a incidência de assaltos sem tirar os bandidos de circulação? Ora, a lei permite e o juiz pode manter o criminoso preso, sob preventiva.

Para isso, é preciso que o governo aja articulado com a justiça, tal como Renan Filho propõe em sua estratégia de combate ao crime. Imperioso lembrar que a grande maioria de delinquentes presos, aqui em Alagoas, é constituída de criminosos reincidentes. Veteranos...

A educação deve ser prioridade, ponto de largada para uma real mudança, mas as ações da segurança são emergenciais. Daí a relevância de um projeto que vise prender e manter sob a custódia do Estado, sobretudo, o bandido reincidente, com ação rápida da justiça julgando e condenando quem realmente for culpado.

O ensino orienta e direciona. Quem estuda não pensa em coisa ruim, não adere às drogas. O ensino também diz como fazer para preservar a saúde. Por isso, a instrução está acima de tudo. Só que ninguém estuda, nem tem saúde, nem sobrevive – sem segurança.

A proposta de Renan, em especial nesse campo do combate à criminalidade, é de tal credibilidade e relevância, que deveria ser encampada por todos os candidatos envolvidos na atual sucessão.

 

FOGO CERRADO

É verdade que a artilharia da OAM concorreu para desgastar a  boa imagem do governo tucano, construída no primeiro mandato de Teotonio Vilela. Agora: quem ‘alimentou’ o fogo cerrado?

 

DÁ PARA ACREDITAR?

O IBGE diz que o país registrou em agosto a ‘menor taxa de desemprego’ desde 2002 (fim da era FHC). Depois da lambança com a desigualdade social, ainda dá para levar o IBGE a sério?

 

CAMPANHA MOSTRA INUTILIDADE DOS DEBATES

Mais uma vez, a campanha serviu para demonstrar a inutilidade dos debates entre candidatos. Reserva-se um tempo mínimo para abordagem de temas complexos como reforma tributária, crises na saúde e educação, crescimento econômico, combate à violência. No fim, a imagem que sobrevive é a de candidatos trocando insultos e até se engalfinhando, como aconteceu na TV Pajuçara.

 

DILMA E LULA

Aliados do PMDB acham que essa é a melhor hora para Dilma (que voltou a crescer nas pesquisas) aparecer no Guia Eleitoral com mensagem de apoio a Renan. Dilma, claro, e o companheiro Lula.

 

ARRANCADA FINAL

Como sempre faz ao término de suas campanhas, o deputado Marcos Barbosa promoveu grandiosa carreata, sábado, na região sul de Maceió, numa arrancada final para consolidar sua reeleição.

 

O DESAFIO QUE PODE CONSAGRAR CÍCERO EM 2016

Alinhado ao grupo de Renan Filho, embora não coligado com o PMDB, Cícero Almeida enfrenta um dos grandes desafios de sua carreira política. Se vencer, isto é, se for eleito deputado federal, ampliará o horizonte que poderá reconduzi-lo à Prefeitura de Maceió daqui a dois anos. O teste eleitoral do próximo dia cinco dirá se o ex-prefeito conseguiu converter em apoio nas urnas os mais de 80% de aprovação popular que obteve no final de sua segunda gestão.

 

MUNIÇÃO DE SOBRA

Téo Vilela tem um monte de obras prontas que devem ser inauguradas após as eleições. Uma divulgação competente poderá reverter os baixíssimos índices de avaliação de seu governo.

 

TELEFONE NA ALE

Se o problema da falta de telefone na Casa de Tavares Bastos é a despesa no fim do mês (por descontrole no uso) por que não instalar um aparelho de telefonia fixo apenas para receber ligações?

 

O QUE A OPOSIÇÃO NÃO COBRA A DILMA

A oposição não cobra, e Dilma vai passando incólume, sem se comprometer com o fim do fator previdenciário, reforma tributária, correção da tabela de Imposto de Renda, fim da taxação dos inativos. A oposição não lembra sequer o tarifaço da energia elétrica e o aumento que a gasolina sofrerá depois das eleições. Assim a reeleição fica fácil demais.

 

MAIS COTADOS

Os candidatos mais cotados para deputado federal: Ronaldo Lessa, Cícero Almeida, Artur Lira, Rosinha da Adefal, Marx Beltrão, Paulão, Givaldo Carimbão, Pedro Vilela e JHC.

 

PARA O MUNDO

Dilma nega ter usado a tribuna da ONU para fazer campanha destacando ações de seu governo. Bom, dessa vez, pelo menos, tudo foi feio às escâncaras e a fala presidencial não pode ser deletada.

 

DE QUE SERVIRAM AS DENÚNCIAS DE JHC?

As denúncias de João Henrique Caldas contra a Assembleia não deram em nada. A Mesa até foi afastada, cautelarmente, mas voltou e tudo continuou como antes. Portanto: se nada atingiu os gestores da Casa, significa que nada, de fato, havia para ser apurado e corrigido, e, pois, que as denúncias de JHC eram improcedentes.

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Biu - Uma parada dificílima

25/09/2014 06:22

O senador Benedito de Lira tem uma semana para tentar reverter o quadro eleitoral desfavorável – um desafio e tanto dimensionado pelo êxodo de forças expressivas de seu grupo político. Nos últimos dias, queixando-se da falta de atenção dentro da coligação, o vereador João Luiz, primeiro, e o deputado estadual Jéferson Morais, em seguida, largaram o projeto de Biu e se uniram a Renan Filho.

Guerreiro vitorioso, experiente, Biu sabia que a disputa estadual seria difícil, vindo de uma parceria com um governo, neste momento mal avaliado, mas topou a parada apostando, sobretudo, em sua capacidade de luta, em sua disposição para o embate eleitoral.

Concorreu, também, para sua decisão, a oportunidade de poder concorrer ao governo – sonho maior de todo político – sem correr o risco de ficar sem mandato, em caso de derrota. Nessa hipótese, terá ainda quatro anos de missão a cumprir no Senado Federal.

Seu desafio seria outro, tivesse formado uma coligação direta com o governo, mas tendo Téo Vilela disputando o Senado. Com o grupo que aderiu ao seu projeto, modesto diante da coligação oposicionista fechada com o candidato Renan Filho, sabia que a batalha seria difícil, mais ainda depois que o surgimento de uma terceira via não se consumou. Terceira força que poderia levar a decisão para uma disputa menos desigual no segundo turno.

Nas condições atuais, a disputa alagoana evoca uma corrida em que os principais participantes largaram em posições definidas e guardam distância desde o início da prova, com o segundo fazendo de tudo para encostar no primeiro.

Em política tudo é possível, mas é muto difícil mudar o cenário que se cristalizou ao longo desta sucessão estadual.

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A verdade oculta: por que Dilma e Lula morrem de medo de Marina

22/09/2014 07:02

 

 

Lula: “Marina foi a pior ministra de meu governo”. Dilma: “Uma coitadinha não pode ser presidente”. As duas frases, cunhadas pelos principais líderes petistas, resumem o espírito que domina a nau governista na corrida presidencial. Lula, ao seu estilo, desqualifica a ministra que ele próprio, do alto de sua onisciência, escolheu. Dilma, com indisfarçável arrogância, tenta transformar o jeito simples de Marina na ausência de seu próprio mandonismo. Desde que surgiu como ‘ameaça’ ao projeto de perpetuação do PT no poder, a companheira de Eduardo Campos virou saco de pancadas, a ‘Geni’ de Chico Buarque, alvo preferencial da incontida selvageria petista. O que há, afinal, por trás do linchamento de Marina Silva?

Bom, o mundo inteiro sabe que, pelo poder, o PT é capaz de tudo. Topa qualquer parada. Subornar congressistas, criar Caixa Dois, usar ministérios para fins partidários, desviar recursos de empresas, corromper políticos, manipular partidos, forjar dados econômicos, usurpar conquistas de outros governos, enfim, mentir para o povo – tudo, qualquer coisa, para os petistas, faz parte do jogo. O que vale, o que interessa, é manter a todo custo, a qualquer preço, o poder que já exerce há 12 anos, e que, para os mais otimistas, ‘é só o começo’.

O que o mundo inteiro não sabe, entretanto, é que existe ‘algo’ muito mais grave e ‘ameaçador’ tirando o sono dos petistas, razão  apavorante e subterrânea de todo esse rolo compressor acionado para literalmente triturar a figura franzina e indefesa dessa acreana Marina Silva, única peça do governo Lula a se projetar como referência internacional, pela firmeza de suas posições e pela intransigente defesa do meio ambiente cada vez mais degradado.

De fato, o PT é capaz de qualquer coisa pelo poder, mas o que, nesse momento, aterroriza a comunidade petista – muito mais do que o fantasma de uma derrota – é a real e concreta possibilidade de ter os governos, de ontem e de agora, minuciosamente radiografados por uma devassa ampla, profunda e implacável contra esquemas de roubalheira longe ainda de serem destrinchados pela Polícia Federal.

Os petistas, com efeito, não atacam Marina e tudo fazem para destruí-la, apenas pelo medo de ficar sem o poder, mas pela certeza de que, ao contrário de Aécio Neves, chegando lá, um de seus primeiros atos será o anúncio de uma completa faxina em todos os órgãos e instâncias do governo para desenterrar os esqueletos de uma gestão marcada por intermináveis escândalos de corrupção.

Por isso, sobretudo por isso, é lícito prever que a ofensiva contra Marina será ampliada, apelando-se para episódios de sua vida pessoal (cria-se, se for o caso), numa diabólica orquestração diante da qual tudo que já foi tramado até agora não passará de recreação.

O que apavora o PT – nessa disputa que Lula define como a mais dura da história – não é a autonomia do Banco Central, o pipoco da inflação, o desemprego, a criminalidade fora de controle, a saúde falida e a educação pública arruinada – que Lula e Dilma nunca deram a mínima para isso. O terror dos petistas, isso sim, é a certeza de que, na presidência, Marina submeterá os governos precedentes a um processo de investigação tal que, perto dele, mensalão, Passadena e Petrobras parecerão passatempo de jardim de infância.

Resta saber o mais importante: o povo sairá da letargia e largará a indiferença disposto a marchar com Marina para, finalmente, passar o Brasil a limpo? O eleitorado nordestino vai topar essa parada?

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O estaleiro não afundou

15/09/2014 07:21

O estaleiro de Coruripe afundou? A pergunta procede, e sugere outra: por que a licença definitiva saiu e ninguém comemorou?

Em vez de euforia ruidosa, silêncio. Certo que Téo Vilela, que seria o beneficiário eleitoral do Eisa alagoano, não é candidato, mas isso não justifica o marasmo que se seguiu ao anúncio do Ibama.

Crise, crise braba. Ninguém celebra porque o Grupo Synergy, de German Efromovich, está lutando para superar a crise de outro estaleiro, o  Eisa do Rio de Janeiro, posto à venda para pagar salários de milhares de funcionários. Resumo da crise: a PDVSA, estatal venezuelana de petróleo, encomendou 10 navios ao Eisa, mas deixou de cumprir o contrato quando o primeiro ficou pronto. Fim.

Bom, e o Eisa de Alagoas naufragou? Não, porque é outra história. German, o dono do Grupo Synergy, pode obter financiamento junto ao BNDES, já tem pré-contratos (encomendas) da Petrobras e pode usar recursos do bilionário Fundo da Marinha Mercante. A questão, pois, se atém ao impasse que acomete o seu Eisa fluminense, por sinal, o estaleiro com o maior número de encomendas do Brasil e que hoje tem uma dívida superior a 100 milhões de reais.

Sucede que o Eisa de lá é apenas uma das muitas (e grandes) empresas do Synergy. Não é uma crise do Grupo, mas de um fragmento do conglomerado. E como não se consegue licença para uma indústria naval a ‘três por quatro’, parece mais consentâneo acreditar que o Eisa de Coruripe não naufragou. Mudou, apenas, a natureza do percalço – de papel timbrado para papel-moeda.

 

OUVIDOS DE MERCADOR

De nada valeu o apelo do TRE-AL para que os partidos evitassem abarrotar a Justiça Eleitoral com ações e pedidos de direito de resposta. A turma, aliás, parece ter ouvido exatamente o contrário.

 

CADÊ O ZÉ MUNIZ?

É fraco, fraquíssimo o nível dos candidatos às eleições em Alagoas. Isso explica porque um número grande de pessoas tem procurado saber porquê o imbatível Zé Muniz ficou de fora destas eleições.

 

NINGUEM CONSEGUE ‘TRANSFERIR VOTO’

Berço natural do PT, São Paulo é, também, a prova constante de que Lula não consegue transferir. Quem pensou que Fernando Haddad se elegeu prefeito por influência de Lula, agora está vendo o candidato do barbudo a governador, Alexandre Padilha, amargar o 3º lugar nas pesquisas. Tão distante do segundo colocado, que precisa usar telescópio para enxergá-lo. E o prestígio do Lula?

 

TRISTE EVOCAÇÃO

Num de seus mísseis dirigidos a Fernando Collor pela TV, o gordo Omar Coelho evoca um dos momentos cruciais da largada do governo colorido em 1990: o confisco da caderneta de poupança.

 

DINHEIRO À VISTA

Teotonio Vilela está prestes a concluir a liberação 150 milhões de dólares junto ao BNDES. Bom para o próximo governador, que assumirá o Estado com generosos 320 milhões de reais em caixa.

 

E MACEIÓ, FINALMENTE,M AVANÇOU NO IDEB

Justiça seja feita: Maceió registrou avanço no Ideb graças ao trabalho competente, profissional, da secretária Ana Dayse. É o que acontece quando a pessoa certa vai para o lugar certa. Dayse levou para a Semed toda sua experiência de educadora e de ex-reitora da Universidade Federal de Alagoas, onde realizou um trabalho de altíssimo nível. Ponto para o prefeito Rui Palmeira, por ter nomeado uma técnica para cuidar do ensino público da rede municipal.

 

ATAQUES NO GUIA

Se criticar e expor adversário resolvesse a parada, Skaf se elegeria prefeito de São Paulo. Ele culpa Alckmin pela seca. Resultado: vem caindo nas pesquisas, enquanto Alckmin avança cada vez mais.

 

MÃOS LAVADAS

O governo Dilma, assim como o governo Lula, lavou as mãos diante da violência, ao deixar o ônus do combate à criminalidade para estados e municípios. Aí, o crime virou patrimônio nacional.

 

TÉO QUER CONCLUIR DETRAN E IML

Téo Vilela ordenou pressa à equipe para concluir a implantação do novo Instituto Médico Legal de Maceió (IML) e a transferência do Departamento de Trânsito, cuja estrutura operacional será removida do Pontal da Barra para o Tabuleiro do Martins. A ordem é pisar no acelerador para permitir que os dois órgãos sejam inaugurados até o final do ano, ou seja, pelo próprio governador tucano.

 

CHEGA PRA LÁ

A troca de acusações entre vários candidatos, no Guia Eleitoral, está conseguindo afastar mais ainda o eleitorado que, naturalmente desmotivado, já demonstrava invulgar desinteresse pelas eleições.

 

FILHO DO MENSALÃO

Quem diria, já existem elementos indicando que o esquema de distribuição de dinheiro da Petrobras pode ser uma extensão do famigerado mensalão que pipocou no início do governo Lula.

 

UM TERÇO DO PAÍS ESTÁ COM DILMA

Uma antiga raposa política alagoana dizia que, por pior que for, um governante consegue um terço dos eleitores. Não é o caso do governo Dilma, mas o fato intrigante é que a petista não tem conseguido mais do que esse patamar nas pesquisas de intenção de voto, apesar do mais que notório aparelhamento do estado.

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