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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

As opções de Heloísa Helena para 2014

14/02/2013 06:29

Liderança política inconteste, com um peso eleitoral que equivale ao de muitos partidos isolados ou mesmo ao de certas coligações, a vereadora Heloísa Helena vive um momento de grande indefinição: sabe que integrar a Câmara de Maceió é uma missão relevante, mas sabe, também, que o mandato atual está muito aquém de seu potencial político. A questão é: qual o caminho a seguir?

Sem vocação para cargos executivos (em três eleições desse tipo só ganhou uma, a de senadora), ela entrará no ano eleitoral de 2014 sem um rumo definido a seguir. Ela própria se exclui de uma disputa para o governo e sabe que, com apenas uma vaga de senador em jogo, suas chances são mínimas: ficaria entre Teotonio Vilela e Fernando Collor, ambos concorrendo com estruturas de peso.

Descartadas as hipóteses de presidente da República, governador e senador, restaria a eleição proporcional: deputado estadual ou federal? Heloísa já exerceu mandato na Assembleia Legislativa, de onde foi catapultada para o Senado. Sabe, como ninguém, quanto custa conquistar um mandato fazendo política ao seu estilo, sem dinheiro e sem maquinações.

Mas federal, a alternativa no terreno proporcional, só oferece nove vagas. A campanha, aqui, sobretudo, anda tão mercantilizada que dificilmente alguém chegará lá ao apenas com discurso. HH sabe que o voto de opinião é uma instituição decadente. A cada dia diminui o universo dos eleitores que se deixam envolver pela palavra. Os favores pessoais estão na ordem do dia.

O que conforta Heloísa, e pode motivá-la a entrar na disputa, é saber que conta com um público certo e fiel, confiante na sua atuação, esperançoso de que o seu desempenho possa melhorar o trabalho da instituição que a tiver em seus quadros. Qualquer observador político conclui fácil que, para quem se elege vereadora com 20 mil, 30 mil votos, não será impossível a missão de conquistar mais alguns eleitores para garantir uma das 27 cadeiras que compõem a Assembleia Legislativa Estadual.

Principalmente, se a vereadora entender que o isolamento partidário é um adversário, e não um aliado. O que a levou a derrota em 2010? Alguns fatores pesaram, mas nenhum como a falta de estrutura do PSOL. O que é o PSOL? A própria Heloísa, sua fundadora e líder suprema, ao menos em Alagoas.

A batalha para federal será mais difícil do que para estadual pelo baixo número de vagas: a representação alagoana na Câmara dos Deputados é composta por um terço do número de deputados estaduais. Tem mais: quem se lança à disputa federal o faz, sempre, com forte respaldo político, administrativo e/ou financeiro.

Heloísa terá todo este ano de 2013 para avaliar a evolução do cenário político até tomar uma decisão. Uma coisa é certa: para quem disputou a presidência da República e ficou em terceiro lugar (em 2006), a vereança não satisfaz. Por isso, Heloísa precisa, ao menos, tentar outro mandato nas eleições (quase) gerais do ano que vem.

Breve perfil de Heloísa

Nascida em Pão de Açúcar, em 1962, Heloísa Helena entrou na políca elegendo-se vice-prefeita de Maceió (gestão Ronaldo Lessa), em 1992, pelo PT. Em 94 se elegeu deputada estadual. Em 1998 foi eleita senadora por Alagoas, com grande votação. Discordou de políticas do PT que tinha por conservadoras (muito especialmente a partir da Reforma da Previdência dos servidores públicos, realizada no primeiro mandato do presidente Lula) e em 2003, foi expulsa da legenda. No ano seguinte, foi uma das fundadoras do Partido Socialismo e Liberdade. Em 2006 foi candidata à presidência da República pela coligação PSOL-PSTU-PCB, tendo conquistado a terceira colocação. Foi eleita vereadora de Maceió em 2008. Em abril de 2010 anunciou que não concorreria ao cargo de presidente da República, para concorrer, pela segunda vez, ao Senado Federal, com duas vagas em jogo (os eleitos foram Renan Calheiros, do PMDB, e Benedito de Lira, do PP). No ano passado, reelegeu-se vereadora de Maceió com quase 20 mil votos.

 

 

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Collor denuncia procurador por licitação viciada

05/02/2013 11:57

O senador Fernando Collor decidiu não dar trégua ao procurador-geral da República Roberto Gurgel dos Santos.

Nesta terça-feira, durante a primeira sessão ordinária do ano, o senador do PTB alagoano fez pronunciamento contundente contra Roberto Gurgel, sobre quem agora pesa a acusação de ter realizado uma licitação direcionada, no apagar das luzes de 2012.

Sob suspeita

"O pregão ocorreu às 16 horas do dia 31 de dezembro, para compra de 1200 tablets por R$ 3 milhões". Segundo denunciou Collor, o processo licitatório, avalizado por Gurgel, é viciado e deve ser investigado. "O que o MP não faria se essa licitação tivesse ocorrido em outra esfera de poder?", indagou.

Bico calado

Acusando o procurador de prevaricador, Collor informou que está representando, mais uma vez, Gurgel no Senado Federal. "Espero que esta Casa leve à frente, porque até hoje esse senhor não ofereceu uma resposta às acusações que apresentei".

Ferindo a lei

Sobre as recentes denúncias oferecidas por Gurgel, o senador alagoano citou o fato de ele ter aproveitado o recesso do STF para solicitar a prisão imediata dos réus da ação do mensalão. "O presidente Joaquim Barbosa negou o pedido, porque não iria desprezar as normas elementares do Direito, decretando a prisão antes do trânsito em julgado, do fim do devido processo legal".

Factóides

Collor pede atenção para a condução da denúncia de Gurgel contra Lula e acentuou a decisão do procurador de denunciar Renan Calheiros (PMDB/AL) uma semana antes de sua eleição à presidência do Senado. "Isso depois de passar dois anos com o processo estagnado em sua gaveta", afirmou.

 

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Lula e a Petrobras mentiram?

04/02/2013 09:15

“Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras anuncia amanhã a obtenção da auto-suficiência do Brasil na produção de petróleo, garantida com a entrada em operação da plataforma P-50”.

Sabe quando essa notícia foi publicada na Folha de S. Paulo? Em 20 de abril de 2006. Lembra que, naquela ocasião, o Lula fez o maior carnaval comemorando a autonomia petrolífera brasileira?

Ótimo, mas, por que agora o governo teve de reajustar os combustíveis? É simples, porque não existe auto-suficiência. A Petrobras blefou, e Lula ‘foi na onda’. Se o anúncio da Petrobras fosse verdadeiro, o Brasil não estaria importando gasolina...

Voltando a 2006, cabe indagar: por que o governo teve de reajustar a gasolina e o diesel? Por que se, segundo Lula, o Brasil há sete anos conquistara a auto-suficiência nesse setor energético?

É simples, facílimo de entender: a Petrobras inventou. Se o Brasil tivesse alcançado a soberania petrolífera, claro, não estaria precisando importar gasolina. E muito menos aumentar o preço de um produto que, segundo Lula, o país produzia o bastante.

Mas essa é a política do PT, do Lula e de sua turma. Está aí a presidente Dilma com a redução da conta de luz. Alguém minimamente informado acredita que vai ficar assim? Que o povo, de uma forma sutil, sorrateira, não vai ter que pagar essa conta?

Tome-se como exemplo o caso dos automóveis: o governo reduz o IPI, o preço do carro cai e isso atende ao interesse da rica indústria automotiva. Ótimo. E o efeito colateral? O governo corta o Fundo de Participação dos Estados e Municípios para compensar a renúncia fiscal? Não é genial essa política do governo petista?

DUPLA RECOMPOSTA?
Teotonio e Renan unidos, na eleição de 2014? Assessores palacianos não descartam essa possibilidade, mas avisam que ainda não existe uma ‘tendência’ nessa direção.

‘ÚLTIMA APOSTA’
Mais novo integrante da equipe do BNDES, Ronaldo Lessa vai manter em dia seus vínculos políticos alagoanos. A meta é trabalhar para fazer a ‘última aposta’ eleitoral em 2014.

DILMA EM ALAGOAS (SE NÃO HOUVER IMPREVISTO)
Se não houver contratempo, a presidente Dilma estará em Alagoas na sexta-feira (15) para prestigiar a inauguração da 1ª etapa do canal do Sertão. Iniciada nos anos 90, a obra avança lentamente e graças à contínua injeção de recursos federais. O bombeamento da água do São Francisco já começou, mas só em caráter experimental.

MEGA ENCONTRO
Teotonio Vilela reúne os prefeitos alagoanos nesta segunda-feira, no Centro de Convenções de Jaraguá. Na pauta, o canal do Sertão e mais ajuda do governo aos municípios atingidos pela seca.

CONSELHO AMIGO
Rui Palmeira tem sido aconselhado a não polemizar com Cícero Almeida. Para aliados mais atentos, a polêmica, nesse momento, só tende a desgastar o prefeito, já que o ‘ex’ não tem nada a perder.

TEOTONIO PODE CUMPRIR MANDATO ATÉ O FIM
Quando diz que “posso ser e posso não ser” (candidato a senador em 2014), Teotonio não está apenas exercitando sua vocação tucana. Existe, de fato, um ‘projeto de família’ que poderá afastá-lo da política por dois anos. Se vier a optar por fazê-lo já agora, ele cumprirá o mandato até o final de 2014 e depois passará uma temporada de dois anos no exterior. Por enquanto, porém, não há nada decidido.

CACIFE ALTO
Para aliados do ex-prefeito Luciano Barbosa, sua candidatura a deputado federal não passa de especulação. “O homem tem cacife para ser vice-governador”, esbraveja um fiel correligionário.

CHICO FILHO
O presidente da Câmara de Maceió, Francisco Holanda Filho, prefere ser chamado de Chico Filho. Assim, se distingue do pai, o ex-vereador Francisco Holanda, conhecido por Chico Holanda.

SALÁRIO PREVISTO NA CONSTITUIÇÃO
O subsídio dos vereadores de Maceió, que passou de R$ 9 mil para R$ 14 mil, representa 70% da remuneração dos deputados estaduais. Ou seja, está dentro do que prescreve a Constituição Federal. Aprovado na legislatura passada, o novo salário é compatível com o de cidades com o mesmo porte de Maceió, como João Pessoa, Natal, São Luiz e Aracaju.

SENTENÇA IMPLACÁVEL 1
Implacável, a 17ª Vara Criminal condenou o advogado e ex-deputado estadual José Maria Tenório a 17 anos de prisão. Ele era acusado de chefiar quadrilha especializada em roubos a bancos.

SENTENÇA IMPLACÁVEL 2
José Maria é irmão do deputado federal Francisco Tenório, acusado de envolvimento em homicídios. Detalhe: os juízes da 17ª vara decidiram que Zé Maria cumprirá a pena em regime fechado.

CANAL É OBRA DE VILELA, DIZ CLAUDIONOR
O secretário Claudionor Araújo fez questão de ir ver de perto o canal do Sertão. Passou três dias na região e voltou impressionado com o que viu. Já aqui, ele atribuiu todo mérito da obra a Teotonio Vilela: “Digo isso porque até 2007 não havia um só quilômetro de canal construído”, acentuou o presidente estadual do PSDB.

 

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Renan é o novo presidente do Congresso Nacional

01/02/2013 10:56

O senador Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, foi eleito o novo presidente do Senado por 56 votos, no início da tarde desta sexta-feira (1º). O candidato Pedro Taques (PDT-MT) recebeu 18 votos. Dois senadores votaram em branco e dois anularam. A votação foi secreta.

A vitória de Renan já era esperada. O senador integra o partido de maior bancada na Casa e contava com apoio do PT. Em seu discurso de 20 minutos, antes da votação, o senador apresentou propostas de ações e prometeu criar a Secretaria da Transparência, que seria responsável por atender pedidos feitos com base na Lei de Acesso à Informação.

O candidato Pedro Taques disse que subia à tribuna do Plenário da Casa com a certeza de que seria derrotado na eleição para a Presidência do Senado. “Sei que a nossa derrota é certeira, transparente, inevitável, aritmética”, afirmou. No discurso, ele citou figuras históricas, como Tiradentes, para afirmar o orgulho que sente por sua “corajosa” candidatura.

Minutos após conhecido o resultado da eleição, Renan recebeu o cargo de presidente transmitido por José Sarney.

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Estadão prevê que Renan será eleito com folga

31/01/2013 13:06

Depois de sacramentar com os partidos a definição de cargos na Mesa Diretora do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) entra na disputa nesta sexta-feira (1º) pela presidência da Casa como o franco favorito. A estimativa é que, do total de 81 senadores, Renan obtenha entre 55 e 60 votos favoráveis à sua candidatura para suceder José Sarney (PMDB-AP), atual presidente do Senado. Para se eleger, Renan precisa dos votos de metade dos presentes mais um (41, maioria simples).

“Ele (Renan) consegue se eleger tranquilamente, com uma grande folga de votos”, afirmou nesta quarta-feira, 30, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) reúnem-se nesta quinta-feira, 31, para decidir se manterão as duas candidaturas alternativas ou se lançarão um candidato único. A avaliação é que Taques tem mais chances de conquistar votos do que Randolfe. A estimativa é que Taques obtenha entre 20 e 25 votos, caso saia candidato. Já Randolfe conseguiria apenas arregimentar cerca dez votos.

Os tucanos ficaram irritados com Randolfe, que acusou o PSDB de ter feito acordo para salvar o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira em troca de apoio à candidatura de Renan.

Para consolidar sua vitória na eleição na sexta, Renan trabalhou nos últimos dias para acabar com o racha em torno da disputa pela liderança do PMDB. O senador Romero Jucá (RR) ameaçou disputar a liderança do partido contra Eunício Oliveira (CE).

Essa divisão interna no PMDB foi encarada como um risco à sua candidatura. Afinal, o derrotado poderia se “bandear” para a candidatura alternativa ou até se abster de votar.

Eunício estando ungido nesta quinta como novo líder do partido no Senado. A fim de pacificar o partido, a estratégia de Renan foi voltar atrás e concordar em dar a 2.ª Vice-Presidência do Senado para Jucá. Esse cargo já havia sido oferecido ao PTB do senador Gim Argello (DF), que abriu mão e irá ocupar a 2.ª Secretaria do Senado com João Vicente Claudino (PI).

O PTB também ganhou a presidência da Comissão de Infraestrutura, que ficará com o ex-presidente e senador Fernando Collor de Mello (AL).

Na divisão de cargos na Mesa empreendido por Renan coube ao PR ficar com a 3.ª Secretaria. Para o cargo, será indicado João Ribeiro (TO) ou Magno Malta (ES). O ex-governador Blairo Maggi (PR-MT), que já ganhou o troféu “motosserra” por promover desmatamento nas suas plantações de soja, será o novo presidente da Comissão de Meio Ambiente.

Considerada uma espécie de prefeitura do Senado, responsável por um orçamento de R$ 3,5 bilhões para este ano, a 1.ª Secretaria deverá ficar a cargo do PSDB, provavelmente nas mãos do senador Flexa Ribeiro (PA).

O cargo poderá, no entanto, ser disputado por um candidato “alternativo”, caso os tucanos decidam fechar questão contra a eleição de Renan.

O argumento é que se os tucanos não respeitarem a proporcionalidade para a presidência do Senado também não é preciso respeitar a mesma regra para preencher a 1.ª Secretaria.

Daí a dificuldade do partido de fechar questão contra a candidatura de Renan, mesmo depois de o senador e presidenciável Aécio Neves (MG) ter ido a público pedir a renúncia do peemedebista.

Aécio. O tucano defendeu a manutenção do critério da proporcionalidade nos cargos da Mesa Diretora - ou seja, a presidência cabe ao PMDB que, provavelmente, indicará nesta quinta Renan para comandar o Senado pelos próximos dois anos.

Com uma bancada de 11 senadores, atrás do PMDB e do PT, os tucanos têm regimentalmente o direito de ocupar a 1.ª Secretaria do Senado. Já o PT, segundo maior partido do Senado, ficará com a 1.ª Vice-Presidência a cargo do petista Jorge Viana (AC). O PT garantiu apoio integral à eleição de Renan Calheiros para evitar confrontos com o PMDB. (Estadão Online)

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