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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Hoje, matar é uma coisa normal...

06/05/2013 09:23

Parece erro primário afirmar que a violência no Brasil está fora de controle. Ou que o estado, a autoridade legal, perdeu o controle sobre a criminalidade. Certo mesmo é dizer que a sociedade brasileira, pelas suas elites que mandam e decidem, passou a admitir o crime como algo simplesmente normal. Isso é perigo, crítico, porque muda conceitos e atitudes sem que muitos o percebam.
Crimes hediondos – monstruosos, para ‘os mais antigos’ – como o trucidamento da dentista queimada viva em São Paulo, não deveriam apenas chocar a sociedade. Deveriam exigir que as autoridades – a cúpula dos poderes em Brasília – se reunissem em caráter emergencial para, não só analisar o caso em si, mas, sobretudo, para tomar uma atitude diante do fato aterrador.
E o que aconteceu? Nada. Nenhum pronunciamento ‘do alto’, nenhuma manifestação em caráter excepcional. Passou, como estão passando crimes cada vez mais dolosos, como o que vitimou o médico Alfredo Vasco, aqui mesmo em Maceió. Ou seja, o crime bárbaro, que antes era qualificado de ‘hediondo’, está virando rotina, coisa absolutamente normal nesse Brasil de avanços petistas.
O mais grave é que isso cria uma cultura. O sistema é ‘frouxo’, como afirma o ministro Joaquim Barbosa, e dele emerge a ‘cultura da frouxidão’. A tácita e pacífica admissão do erro maior, do crime mais bárbaro, que é o sacrifício da vida. É triste e penoso dizer, mas o silêncio, nesses casos, ganha um sentido pavoroso de concordância. Os que podem, não reagem, porque devem achar que está tudo normal. Os que não podem, nada fazem porque não podem mesmo.

 

NOVO CENÁRIO?
O fim da estiagem e a perspectiva de uma boa safra de grãos este ano terão reflexo no processo eleitoral de 2014, com a dissipação das críticas atualmente direcionadas a Téo Vilela.

O JUDAS DA VEZ
Quando a situação econômica está mal, não existe governo bom e a oposição sabe disso. Daí, o discurso insistente acusando Vilela não só de inação, mas de tudo de ruim que acontece no Estado.

NOVA SEDE DA CÂMARA MUNICIPAL
O presidente Chico Filho pode negociar com o prefeito Rui Palmeira, no próximo ano, aumento do duodécimo para iniciar a construção de nova sede da Câmara Municipal. Hoje, dos 21 vereadores, apenas dois têm direito a gabinete no prédio da Praça Deodoro: o próprio presidente e o primeiro-secretário.

CAMPOS PODE LANÇAR CARIMBÃO AO GOVERNO
O governador Eduardo Campos, candidato insinuado à presidência, vai mobilizar o PSB em todos os estados para apoiar seu projeto eleitoral de 2014. Aqui em Alagoas, o deputado federal Givaldo Carimbão será incentivado a sair candidato a governador. Valendo lembrar: Campos é o presidente nacional do PSB, partido de Carimbão, que prefere sair candidato à reeleição.

MORAIS NO RÁDIO
Sem chance de voltar à TV Pajuçara, o deputado Jéferson Morais conseguiu espaço na Rádio Gazeta, onde apresenta programa popular matinal. Seu objetivo é a reeleição no ano que vem.

MIDIA SALVADORA
Com as televisões cada vez mais fechadas aos esquemas políticos, os comunicadores buscam a salvação nas emissoras de rádio. O vereador Wilson Junior se abrigou na Rádio Jornal.

RECEIO DO PLANALTO É PROCEDENTE
A popularidade da presidente Dilma continua em alta, mas o Planalto teme a divisão de seus votos com Marina Silva, no plano nacional, e com Eduardo Campos, no Nordeste, região onde o governo petista tem assegurado maioria na eleição presidencial. De quebra, ainda tem Aécio Neves com a influência de Minas Gerais.

GRUPO JOÃO LYRA 1
A falência do Grupo João Lyra significaria uma tragédia social para Alagoas. Sem emprego, milhares de trabalhadores de suas usinas migrariam para Maceió, formando bolsões de miséria.

GRUPO JOÃO LYRA 2
Salvar o Grupo JL é do mais alto interesse para o Estado. Pelo que já fez, especialmente, pelo que ainda pode fazer, gerando emprego e contribuindo com a receita tributária estadual.

AVANÇO JUSTO, COM ALGUMAS RESSALVAS
Aplauso para a PEC das Domésticas, mas com ressalva pela multa em cima do FGTS, em caso de demissão sem justa causa, e pela cobrança de hora-extra. No Direto Trabalhista brasileiro a hora-extra virou combustível para robustecer ações indenizatórias. Fica a palavra do empregado contra a do empregador, e a Justiça sempre favorece o primeiro, punindo indevidamente quem paga a conta.

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A César o que é de César

30/04/2013 10:55

A violência é um problema crucial, que mata e aterroriza a sociedade, mas não pode ser tratada emocionalmente. Produto de muitos fatores, inclusive da ineficácia do sistema jurídico e judicial, a criminalidade deve ser discutida à luz da racionalidade.
Na administração pública, é comum a troca de gestores ocupantes de cargos de confiança, quando o desempenho de um ou outro setor não corresponde às expectativas. Em se tratando de segurança pública, porém, a questão se torna mais delicada.
Na semana passada, a filha do vice-governador Guilherme Afif, de São Paulo, escapou de um assalto graças à blindagem de seu automóvel. O governo, claro, foi alvo de críticas, mas não trocou o secretário de segurança, nem o comandante da Policia Militar.
Em Alagoas, noutros governos, a experiência já foi feita – a troca sucessiva de secretários de segurança – sem efeitos práticos. No quadro atual, impõe-se lembrar que o sistema de segurança está sendo monitorado pela própria Secretaria Nacional de Segurança, o que coloca até o Ministério da Justiça no controle da violência local.
Sai o coronel Dário César, muito bem, e quem entra? Um novo gestor não vai mudar a realidade que aí está – a estrutural da própria segurança, a social, com a miséria campeando, nem a econômica, que impede o Estado de fazer o que deve. Isso, sem perder-se vista o fato de que a violência se alicerça, também, nos fundamentos de um sistema penal que estimula a sua prática, pela frouxidão de que falou, em oportuna hora, o presidente do Supremo Tribunal, Joaquim Barbosa. Como evitar a violência, a prática criminal, sob leis que garantem, antes de tudo, a incolumidade e a liberdade dos bandidos?

O OUTRO NAZARENO
Chama-se Nazareno (Fonteles), o deputado autor da PEC que submete decisões do Supremo Tribunal ao Congresso Nacional. O partido dele? O PT, de Dirceu, Genoino, Paulo Cunha... Claro.

FORA DE CONTROLE
Não chega a ser como nos tempos de Sarney, Itamar e Collor, mas a inflação já está fora de controle. Quem sente não são os economistas oficiais, mas quem vai às compras nos supermercados.

VERBA A MAIS NA ALE SERIA ‘ADIANTAMENTO’
Os R$ 10 milhões repassados pelo governo, a maior, para a Assembleia, nos últimos três meses, foram consignados como adiantamento, segundo apurou a Coluna. Uma fonte do Legislativo revelou que parte dos recursos foi usada para pagar férias dos servidores e subsídios atrasados dos deputados. A Mesa da Casa vai usar o Portal da Transparência para esclarecer o assunto.

COLEGA LULA
Quem diria. Mesmo sem estudar, Lula virou intelectual. Como prêmio, vai escrever uma coluna semanal no influente The New York Times, sobre política, economia e combate à pobreza.

E O MENSALÃO?
Enquanto isso, a Polícia Federal vai marcar novo depoimento do publicitário Marcos Valério para incluí-lo no inquérito que investiga o elo do ex-presidente Lula com o esquema do mensalão.

LESSA COMEMORA IDADE NOVA E VAI À LUTA
O ex-governador Ronaldo Lessa, líder estadual do PDT, teve trabalho extra com o celular na sexta-feira (26). Foi o dia de seu aniversário (64 anos) e de muitas mensagens de felicitações de familiares, amigos e correligionários políticos. Em plena forma, Lessa não adianta o rumo que pretende tomar, mas deixa claro que participará ativamente do processo eleitoral do próximo ano. Governador? Senador? Seus aliados acham que ele acabará saindo candidato à Câmara dos Deputados

SEM RÉPLICA
Téo Vilela se inteira das estocadas do senador Collor, inclusive dos artigos assinados na Gazeta, mas prefere não replicar. Acha que a população está madura o suficiente para separar o joio do trigo.

ATÉ A EXAUSTÃO
Estrategistas do Palácio avaliam, por outro lado, que a ofensiva de Collor tende a perder força pela ‘redundância’. Ou seja, como não há mote novo todo dia, o senador acaba caindo no repetitivo. Será?

SECA É COMO DOR DE BARRIGA. AMANHÃ...
O deputado Arnon Amélio adverte: “A seca vai acabar, e depois?”. O depois, como explica o parlamentar, tem o seguinte significado: será que o semiárido vai ficar esperando por uma nova seca, no futuro, sem medidas preventivas? Sem ações que paparem o sertanejo para conviver com a estiagem sem sofrer tanto? Ou será que a seca é mesmo apenas uma indústria rentável para os políticos?

LUTO NO PMDB
Maria Inês Santos, uma das mais conhecidas militantes do PMDB alagoano, faleceu neste sábado (27), na Santa Casa de Maceió. O senador Renan Calheiros lamentou: “Foi uma perda irreparável”.

CLASSE INFERIOR
Manchete da Folha de S. Paulo deste domingo: “Alunos cotistas têm desempenho inferior entre universitários”. Obviamente. Agora, quem vai contratar, amanhã, esses profissionais de segunda categoria?

RUI PALMEIRA EM RITMO SEGURO E CADENCIADO
Quatro meses após assumir a Prefeitura, Rui Palmeira contabiliza avanços, sobretudo, nas ações de assistência aos bairros. A população tendo elogiado, especialmente, a coleta do lixo domiciliar e a limpeza dos canais que cortam a capital. Para ter mais eficácia no trabalho de apoio aos bairros, Rui não envia equipes. Ele próprio comanda as ações ouvindo queixas e apelos dos moradores. É um estilo cativante que começa a cair no gasto do maceioense.

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Educação falida e politizada

22/04/2013 06:01

A educação em Alagoas pouco ou nada mudou nos últimos 30 anos. O ensino público é precário, crítico mesmo, tanto na rede pública municipal como na estadual. Mas o termômetro desse problema crônico se move conforme a temperatura política. Ou seja, sempre que uma campanha eleitoral se aproxima, a marca termométrica se eleva. A educação piora, mobilizando os críticos, as deficiências são realçadas e todos, de olho nas urnas, garantem ter como superá-las.
Partidários de líderes se assanham, aderem ao jogo pré-eleitoral e sequer se dão conta de que seus patronos já governaram o Estado e nada fizeram pela educação. Não construíram novas escolas, não reformaram as existentes e não melhoraram o salário dos docentes. A cantilena de hoje é a mesma de ontem e, parece, se repetirá amanhã. O único fato inquestionável disso tudo é que, como a seca, o ensino falido virou mote eleitoral de grande valia. A reforma (ou restauração) das escolas estaduais em ruínas, empreendida por Adriano Soares, é alvo de crítica assídua e persistente. Mas, como seria se, sem as obras, algumas desabassem matando professores, funcionários e alunos? Uma tragédia. Culpa de quem?
A questão, aqui, turbinada pela causa política, é de tal forma confusa e paradoxal, que não se critica quem deixou a rede pública física se deteriorar, mas quem decidiu restaurá-la. A única certeza, diante de tudo isso, é que a motivação política – e não o compromisso cívico com o Estado – preservará a crítica realidade do ensino falido, em vez de fazer algo de concreto para tirá-lo do fundo do abismo.

QUESTÃO CENTRAL
Parte dos vereadores de Maceió (eleitos e reeleitos) rejeita o aumento de vagas na Casa por questão de sobrevivência. Ou seja, a ampliação do colegiado, que deverá ser decidida na Justiça, reduziria a fatia do bolo orçamentário destinado aos atuais edis.

VOTAÇÃO DA LOA
Com o parecer de José Márcio já publicado no Diário Oficial do Município, a Lei Orçamentária Anual de Maceió poderá ser votada nesta semana. Os vereadores vão decidir se aumentam o duodécimo da Casa em R$ 5 milhões, como proposto pelo relator da LOA.

DESESTÍMULO PARA NOVOS PARTIDOS
A Câmara dos Deputados aprovou projeto – que agora vai à votação no Senado – deixando novos partidos que venham a ser criados sem privilégios como tempo para divulgação no rádio e televisão e fatia do fundo partidário. A primeira vítima da regra em gestão poderá ser a Rede Sustentabilidade, o partido que a ex-senadora Marina da Silva está tentando fundar. Ela já reagiu criticando o projeto.

VETO À VISTA
O prefeito Rui Palmeira não quer encrenca com a Câmara, mas está decidido a vetar o aumento de seu duodécimo. Mais que política, sua posição está subordinada à difícil realidade financeira do Município.

ROTINA ALAGOANA
Atraso de votação de orçamento ocorre em qualquer lugar, mas em Alagoas o retardo da matéria virou rotina. O fato tem se repetido ano a ano, tanto no âmbito estadual como em alguns municípios.

E O DESTINO POLÍTICO DE LOURDINHA LYRA?
Lourdinha Lyra fez um bom trabalho como vice-prefeita, mas ainda não sinalizou se pretende continuar na política. Com o programa A Vice-Prefeitura vai aos bairros, Lourdinha se aproximou das populações mais carentes dos bairros maceioenses. Poderia, com o capital político conquistado, disputar um mandato de deputada estadual com evidentes chances de vitória. Já o pai de Lourdinha, o industrial e deputado federal João Lyra, deve disputar a reeleição.

REMÉDIO ANTIGO
A elevação da taxa básica de juros pelo Banco Central deve se refletir levemente reduzindo o consumo e desacelerando os preços. É o velho remédio de sempre contra a persistência inflacionária.

EFEITO COLATERAL
Mas a subida da Selic também deve melhorar um pouco o rendimento das aplicações financeiras, diminuindo o risco de uma corrida para saques que poderiam ser direcionados ao consumo.

ALMEIDA E O PROCESSO ELEITORAL QUE SE APROXIMA
Quem acompanhou a trajetória de Cícero Almeida na Prefeitura deve ter notado que ele nunca falou em ir para Brasília. Para analistas políticos, isso reforça a previsão de que o ex-prefeito maceioense disputará em 2014 uma cadeira na Assembleia Legislativa. Com chance, inclusive, de eleger mais um ou dois colegas (de partido ou coligação) com sobra de legenda.

CRESCIMENTO EM AL
Lula e Dilma organizam um roteiro de viagens a várias capitais para comemorar os 10 anos do PT no poder. Inicialmente excluída da agenda, Recife foi recolocado na programação dos líderes petistas.

AVANÇO INVISÍVEL
O deputado Paulão diz que o PT cresce em Alagoas, mas ninguém consegue enxergar sinais de avanço. Ressalte-se que o próprio Paulão só está na Câmara porque o titular do mandato renunciou.

O CÉREBRO QUE ARMOU O ESQUEMA DO MENSALÃO
O acórdão do julgamento do mensalão, publicado no Diário Oficial da União na última sexta-feira (19) não deixa dúvida: José Dirceu, fundador do PT e ministro da Casa Civil de Lula, à época do escândalo, foi o mentor do esquema de compra de votos no Congresso, tal como denunciado pelo detonador Roberto Jefferson.
 

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O Brasil precisa de etanol

04/04/2013 13:42

Há algo intrigante em relação ao etanol brasileiro: por que o país produz tanta cana-de-açúcar, mas mantém estacionária sua produção de álcool automotivo? Na última terça-feira, esse tema foi abordado por Renan Calheiros em discurso da tribuna do Senado.
Depois de assinalar que, nos últimos 30 anos, enquanto os Estados Unidos duplicaram sua produção de etanol extraído do milho, aqui no Brasil a produção do derivado da cana se manteve estagnada, causa óbvia do aumento do preço do combustível, o senador cobrou do governo uma política especial para o setor.
A questão tem explicação própria da economia de mercado: a produção do álcool se estabiliza, e até cai, quando a cotação do açúcar está em alta no mercado externo. Nesse caso, os usineiros priorizam a moagem para o adoçante, deixando de lado o etanol. Com a baixa oferta, o preço desse derivado vai para o espaço.
O Brasil começou a produzir etanol no início dos anos 70, para enfrentar o choque do petróleo. Um cientista francês – Jean Pierre Chambrin – fez teste pioneiro com carro movido a álcool, aqui em Maceió. Em 1973 o governo lançou o Proálcool, o programa foi um sucesso, mas não resistiu à política monopolista da Petrobras, e ruiu.
Se quiser, o governo resolve essa questão adotando, como pediu Renan, uma política de incentivo ao etanol, e não só extraído da cana-de-açúcar, já que o País também produz milho em quantidade. Só assim será possível tornar o álcool automotivo competitivo, sobretudo em relação à gasolina. Valendo lembrar: o etanol é um biocombustível que não polui e sua matéria-prima é renovável.

MÉRITO DE VILELA
Se Teotonio Vilela tivesse agido como os governadores que o antecederam depois dos anos 90, o Canal do Sertão não teria saído do papel. Hoje, todos festejam, mas o mérito é exclusivo do tucano.

PESO DO ESTALEIRO
Outra obra de impacto, da gestão tucana, será o estaleiro de Coruripe. A indústria naval, arrancada a fórceps, terá peso para desequilibrar qualquer disputa eleitoral, a favor de Vilela, claro

SERVIDORES CONFIAM EM MARCELO VICTOR
Não fosse o empenho pessoal do deputado Marcelo Victor, a situação dos servidores da Assembleia Legislativa estaria pra lá de crítica. O PCCS, em cuja lei a categoria se apóia para reivindicar seus direitos, só saiu graças à atuação solidária do 2º secretário da Mesa. E é nele, em Marcelo Victor, que Ernandi Malta, líder dos trabalhadores da ALE, joga todas suas fichas para conseguir a correção salarial anual para seus comandados.

FATOR IMUNIDADE 1
A farra salarial na Câmara de Maceió só está sendo devassada porque, sem imunidade, os vereadores não têm como negar informações requeridas pela Justiça e pelo Ministério Público.

FATOR IMUNIDADE 2
Na Assembleia Legislativa, os pedidos de informação chegam e são arquivados, e nada acontece porque os deputados são imunes. Mas a Justiça pode obter dados exigindo á Diretoria Financeira.

RUI DEVE COBRAR RESULTADOS DO SECRETARIADO
Rui Palmeira não reuniu craques consagrados, salvo por uma ou outra exceção, mas formou um bom time. Acontece que o tempo está correndo e o prefeito precisa de resultados, o que remete a um alerta: nenhum auxiliar deve se considerar irremovível. Logo, muito em breve, o tucano-chefe terá de reunir seu pessoal num encontro de cobranças motivadas pelas demandas da própria população.

CASA DE NOCA
Tem funcionário na Câmara Municipal que, nos anos 80, começou como simples ‘ajudante de gabinete’ de vereador. Hoje, figura na folha do pessoal efetivo com salário superior a R$ 18 mil.

E FIM DE PAPO
No Santos, contra peladeiros tupinambás, Neymar é gênio. Na seleção, vira jogador comum, muitas vezes abaixo da média. Os fatos têm mostrado que Neymar e jogador de time, não de seleção.

E A JUSTIÇA QUE DESCASQUE O ABACAXI
Conferir direito trabalhista à empregada doméstica é algo justo, natural. Agora, permitir cobrança de hora extra é abrir caminho para nova indústria de ações na Justiça do Trabalho. Sem hora extra legal, as domésticas demitidas já a incluíam em suas ações com pedido de indenização, quanto mais a partir de agora, que passam a ser amparadas por norma inserta na Constituição Federal.

SEMPRE DIRCEU
Patrono do ex-ministro José Dirceu, o advogado José de Oliveira Lima tentou, mas não obteve êxito: Joaquim Barbosa rejeitou pedido para ampliar o prazo de recursos no processo do mensalão.

PARECE BRINCADEIRA
Com a progressão da pena, o que acontecerá a um réu de crime brabo que, após passar 10 anos preso, aguardando julgamento, for condenado a 15 anos? Ficará com ‘crédito temporal’ na Justiça.

QUEM BANCA OBRA PÚBLICO É O CONTRIBUINTE
O deputado Paulão está usando os foguetes do PT na televisão para dizer que o Canal do Sertão é obra do governo federal, mas omite que o governo estadual entra com milhões de reais em contrapartida. Ademais, não custa lembrar que o dinheiro que o governo federal manda para fazer obras nos estados, sai do bolso do contribuinte alagoano em forma de Imposto de Renda, IPI e outros tributos.


CONTRASTE

Assembleia mantém salários dos
servidores congelados há 4 anos

Já governo e Prefeitura de Maceió dão reajuste de 6% e 9% ao seu pessoal, só este ano

Da Redação

Enquanto uns choram, outros vivem sorrindo – diria o mestre Capiba, se vivo fosse, para definir a realidade do funcionalismo público alagoano. Numa situação de absoluto contraste, enquanto o governo do Estado confere reajuste salarial de 6% para seus servidores, cobrindo a inflação oficial do ano passado, os funcionários da Assembleia Legislativa estão com os salários congelados desde 2009, ano em que foi aprovado o Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS) da categoria.
Com um duodécimo de cerca de R$ 11 milhões (a verba anual de 2013 foi acrescida de R$ 4,3 milhões), o Poder Legislativo gasta em torno de R$ 5 milhões com a folha mensal de seus trabalhadores, ativos e aposentados, ficando o restante para pagamento aos deputados, assessores comissionados e manutenção da Casa.
Desde o ano passado, o presidente do STPLAL (o sindicato dos servidores da ALE), José Ernandi Malta, tenta negociar com a Mesa Diretora uma reposição de 23%, referente à data-base de 2010, 2011 e 2012, para pagamento escalonado, mas até agora não houve qualquer definição. (O ano de 2009 não entra porque o PCCS ainda não havia sido implantado, mas nele também não houve reajuste).

GRITA GERAL
Com os salários derretendo no forno da inflação, os funcionários se perguntam: “Por que? Os servidores do Executivo têm direito à reposição inflacionária, todo ano, ao passo que nós, igualmente funcionários do Estado, não temos direito a nada. Por que?”. Não há resposta, ao menos por parte da Mesa Diretora. Essa é a ‘lei’ da Assembleia, com os deputados de ontem, de hoje e com os que virão. A lei de um poder que, depois de 15 anos, pagou agora em janeiro um único terço de férias.
Mas, se essa situação já é absurda em relação aos servidores do poder Executivo, o que dizer se a referência for o funcionalismo público de Maceió, que acaba de ser contemplado com um reajuste salarial de 9%, ou seja, 3% acima da inflação, aumento real indiscutível, apesar do aperto financeiro que o município vive?

BOATARIA
E enquanto a inflação vai corroendo os salários, os trabalhadores do Legislativo Estadual vão se ‘alimentando’ de boatos e especulações, como o que circulou desde o início de março dando conta de que os contracheques do mês viriam revigorados com um reajuste de 7%, o que foi desmentido pelo comando sindical da categoria.
Na gestão sindical liderada por Ernandi Malta os servidores obtiveram uma reposição de 102% (congelada desde 1994), a quitação de 70% de um 13º salário deixado pelo então presidente Celso Luiz, o Plano de Cargos e um adicional de férias, mas os trabalhadores se queixam de não terem conseguido o mais importante: a data-base, a reposição das perdas inflacionárias anuais, a exemplo do que o governo do Estado faz com seus funcionários.

APOIO ISOLADO
O deputado Marcelo Victor, 3º secretário e gestor financeiro da Assembleia, tem negociado diretamente com o sindicalista Ernandi Malta, mas os servidores acham que falta boa vontade e empenho por parte dos demais membros da Mesa: “Quando se trata de reajuste para os trabalhadores, o presidente Fernando Toledo simplesmente silencia, não diz absolutamente nada, e o pior é que, para ele, essa é uma situação normal, o servidor viver sem correção salarial numa época de inflação voraz”, desabafa um funcionário na escadaria de entrada da ALE, pedindo para não ser identificado.
 

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O desafio do Canal do Sertão

25/03/2013 05:05

Obra de fôlego, orçada em cerca de R$ 3 bilhões, o Canal do Sertão desponta como solução para o gravíssimo drama das estiagens periódicas que assolam o Semiárido alagoano. Pela sua magnitude e importância, tem tudo para se constituir na marca indelével da passagem de Téo Vilela pelo governo do Estado.
Com 65km concluídos e tomados de água bombeada do rio São Francisco, contudo, o grandioso projeto tem um nó para ser desatado: como administrar a distribuição da água? Ou seja, o governo terá de conceber um plano para tarifar a água e definir sua destinação – consumo humano, irrigação, abastecimento de açudes e cisternas, consumo animal e por aí vai. Como isso será feito?
Também, junto com o projeto de distribuição, o gestor vai ter que montar um eficaz esquema de fiscalização, sem o que, muito provavelmente, haverá sangrias e desvios ao longo do Canal, valendo lembrar: de Delmiro Gouveia, ponto de partida, até Arapiraca, estágio terminal, o Canal percorrerá exatos 260km.
Não se pode admitir que, uma vez concluída, a obra que promete ser a redenção do sertanejo se transforme em alvo de ataques, seja por vândalos, seja por proprietários desonestos e gananciosos. A água retirada do São Francisco deve, prioritariamente, ter como destino final projetos de irrigação capazes de aumentar a produção rural barateando alimentos, os barreiros que alimentam os animais e os sistemas de abastecimento, organizados e registrados, que atendam às populações castigadas pelas secas. O governador Teotonio Vilela tem plena consciência disso

POLÍTICOS E TV 1
Com Jéferson Morais e Oscar de Melo excluídos da telinha, as atenções se voltam para Siqueira Junior (TV Alagoas) e Gernan Lopes (TV Pajuçara). Disputarão a próxima eleição para vereador?

POLÍTICOS E TV 2
Na TV Alagoas, foi aberto espaço para GG Sampaio, gente da casa, que concorreu para vereador no ano passado e chutou na trave. Com exposição na tela, deverá conquistar o mandato em 2016.

BIU E O CALÇADÃO DO CENTRO DE MACEIÓ
Pouca gente sabe, mas foi Benedito de Lira quem iniciou a construção dos calçadões no centro de Maceió. Em 1978, o prefeito era Dilton Simões, que viajou a Alemanha, deixando o então presidente da Câmara Municipal, Benedito de Lira, na chefia da Prefeitura. O mês era outubro, as festas chegando, a grita foi grande, mas Biu ignorou a choradeira e deu início ao projeto.

EXCELENTE ESCOLHA
Escalada para integrar comissões permanentes da Câmara Municipal, Simone Andrade se viu diante dos extremos: vai compor a Comissão dos Direitos da Criança e a Comissão dos Idosos.

ESTRAGO À VISTA
Raposa velha, Givaldo Carimbão não aposta na eleição de Eduardo Campos para presidente, mas não tem nenhuma dúvida de que o socialista fará tremendo estrago no projeto de dona Dilma.
NONÔ REÚNE DEMOCRATAS NESTA SEGUNDA-FEIRA
O presidente regional do DEM, vice-governador José Thomaz Nonô, reúne a direção executiva do partido nesta segunda-feira (25), a partir das 10h, na sede do Diretório Estadual localizado na Rua Sandoval Arroxelas – Ponta Verde. No encontro, Nonô fará uma avaliação do quadro político estadual e da situação do partido, que está constituído em 82 municípios alagoanos. As eleições do próximo ano também serão objeto de explanação.


JORNADA MUNDIAL 1
A Arquidiocese de Maceió vai iniciar a organização de caravanas de jovens que, em julho próximo, irão participar da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.

JORNADA MUNDIAL 2
A Jornada Mundial deverá reunir mais de três milhões de jovens do mundo inteiro, valendo lembrar que o interesse pelo evento cresceu muito depois da eleição do papa Francisco.

ASSIM É O CONGRESSO NACIONAL
Na contramão de Renan Calheiros, que efetuou cortes drásticos nas despesas com pessoal do Senado, o presidente da Câmara, Henrique Alves, decidiu criar novos cargos e, por cima, aumentar a verba dos parlamentares para cobrir gastos com passagens aéreas, telefone e combustível. Cadê a turma da Avaaz, aquela que, ‘estimulada’, faz marcação cerrada em cima de Renan?

UM É POUCO
O PT comemora, mas o efeito da redução da energia e da desoneração de cesta básica, sobre a popularidade de Dilma, ficou aquém do esperado. Um por cento, nesse caso, foi quase nada.

MEDIDA JUSTA
O presidente da Ordem dos Advogados (AL), Thiago Bomfim, bem que poderia dispensar a mensalidade de advogados que, comprovadamente, não estejam trabalhando. Nada mais justo.


RUI NO ENCONTRO DE PREFEITOS EM BRASÍLIA
Ao contrário de outros prefeitos de capitais, que precisaram detalhar as dificuldades que enfrentam para administrar suas cidades, Rui Palmeira poupou discurso. Afinal, o encontro dos prefeitos das principais cidades do País, realizado quarta-feira em Brasília, foi conduzido pelo alagoano Renan Calheiros, presidente do Senado e profundo conhecedor dos problemas de Maceió. Todos querem uma melhor distribuição dos recursos da União.

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Primeira Edição © 2011