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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

O papa e os gays

05/08/2013 06:32

“Quem sou eu para julgar?”, disse o papa referindo-se a uma pessoa gay “que busca a Deus”. A pergunta partiu de Ilze Scamparini, repórter da Rede Globo, talvez a pedido de alguns colegas seus da emissora. Resposta natural. O papa não absolve nem condena. Logo, não muda em nada a doutrina da Igreja Católica, baseada na Bíblia, sobre os homossexuais.
A pergunta foi calculada, ‘pergunta de bolso’, e a repórter sabia qual seria a resposta: o papa, o chefe de uma igreja cristã, não iria jamais tratar os gays com menosprezo, ignorá-los como pessoas. Seria o cúmulo, inadmissível partindo de um apóstolo de Cristo. São pessoas com direito a respeito e, como prega Francisco, com direito à integração ao meio social. Não foi, contudo, uma absolvição ou uma liberação à prática homossexual.
Muito menos um sinal verde do Vaticano ao denominado ‘casamento gay’. Aliás, se a repórter global tivesse abordado a união formal entre gays, a posição do papa seria outra, pois a Igreja a quem Francisco serve não aceita casamento entre iguais sexuais. A posição da Sé sobre esse tema é doutrinária, bíblica.
Mas o papa condenou o ‘lobby’. Que lobby? O que Francisco quis dizer com isso? Lobby são os movimentos que não só defendem os gays – o que é um direito – mas fazem a propaganda do homossexualismo como sendo algo ‘naturalmente normal’. O que teria dito o papa ante questões como ‘homem pode casar com homem’? – ou ‘gays devem adotar filhos’? A repórter da TV Globo teve a chance de inquirir, mas preferiu ficar devendo.
O fato é que os gays são pessoas, não podem ser tratados com preconceito ou discriminação, não podem ser excluídos do convívio social, como proclama Francisco. Mas isso não significa um aprove-se do papa ou da Igreja à união formal entre pessoas do mesmo sexo. Essa é outra história.

DECISÕES FIRMES
Governo Dilma anuncia aumento de 2 anos para curso de Medicina. Como? Governo Dilma desiste de aumentar em 2 anos a formação no curso de Medicina. Como? Deixa pra lá...

SINAL DE ALERTA
A retomada do julgamento dos mensaleiros, no Supremo Tribunal Federal, pode estimular o reinício das manifestações de rua. De Brasília, capital da farra, para o resto do país.

TÉO INAUGURA PROGRAMA RADIOFÔNICO
Seguindo o exemplo de Lula e, agora, da presidente Dilma, Teotonio Vilela estreia nesta segunda-feira (5/8) o programa “Bate-Papo com o Governador”, transmitido por cadeia de rádios alagoanas. “Como não posso falar com todos, vou me valer do rádio, um veículo muito popular, para me comunicar mais diretamente com a população”, explica Vilela.

ENIGMA VILELA 1
A participação de Téo Vilela nas eleições do próximo ano virou tema lotérico. Na bolsa de palpites, a maioria dos apostadores continua cravando na coluna ‘candidato a senador em 2014’.

ENIGMA VILELA 2
“Ele não fala, não deixa escapar nada sobre eleições”, disse à Coluna, no final da semana, uma íntima colaboradora de Vilela, que brincou: “Pode ser que se candidate, pode ser que não”.

FOTOS NA INTERNET PODEM CUSTAR CARO
O recesso branco do Congresso Nacional equivale a um breve período de férias. Pensando assim, o deputado federal Maurício Quintella fez as malas e rumou com a família para a irresistível Bariloche. Descuidado, contudo, colocou na internet fotos suas esquiando. Foi o suficiente para que o parlamentar alagoano virasse alvo da mídia em matérias criticando a paralisação do Parlamento. Tivesse ficado anônimo, ninguém teria comentado.

COMEMORAÇÃO
Servidores da Assembleia Legislativa se reuniram na sexta-feira (2) para, com salgadinhos e guaraná, comemorar mais um aniversário do chefe Marcos Augusto, transcorrido no dia 1º.

REGIME AUTORITÁRIO
O líder sindical Wellington Galvão condena o autoritarismo petista e lembra que, pela primeira vez na história, o governo consegue transformar os médicos do país em ‘inimigos’.

SOB O IMPÉRIO DOS REINCIDENTES
Em seu programa A Cidade Alerta, da TV Record, o experiente Marcelo Rezende chama a atenção para um dado inescapável: a grande maioria dos bandidos presos no Brasil é constituída de reincidentes. Portanto, criminosos que passaram pelas mãos da Polícia, foram ou não julgados, e voltaram às ruas. Por que? Como? A frouxidão das leis, de que fala Joaquim Barbosa?

REFORMA ELEITORAL 1
Além de defender o voto majoritário para as eleições legislativas, Renan Calheiros também quer acabar com a substituição de candidatos às vésperas das eleições.

REFORMA ELEITORAL 2
Por esse esquema, a troca de postulantes em cima da hora acaba fazendo com que o eleitor vote em José e eleja João. “Isso frustra a vontade do eleitorado”, diz Renan.

O TJ-AL E A NOMEAÇÃO DE SEUS CONCURSADOS
O Tribunal de Justiça deve anunciar neste início de semana a nomeação dos analistas aprovados no concurso de setembro passado. O cadastro de reserva é formado por mais de 300 nomes, mas a expectativa é de que um terço, pelo menos, seja chamado para suprir a carência de pessoal no âmbito do segundo grau.
 

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Renan, a reforma política e a sucessão estadual

30/07/2013 09:06

Uma das maiores distorções do sistema eleitoral brasileiro – a eleição de políticos aventureiros com voto de legenda – será abolida para sempre, se vingar no Congresso Nacional proposta defendida pelo senador Renan Calheiros, do PMDB alagoano.
O presidente do Senado advoga a instituição do voto majoritário para as eleições legislativas, mudança que, uma vez adotada, impedirá que um candidato menos votado do que outra seja eleito com a sobra de votos do partido ou da coligação.
Presente em cada eleição legislativa, essa anomalia voltou a fazer vítimas no pleito municipal de 2012, aqui mesmo em Maceió, onde candidatos a vereador, com até 5 mil votos, foram derrotados por outros com pouco mais de 3 mil.
No plano nacional, a história política do país registra casos gritantes, verdadeiras aberrações, como a eleição de candidatos ‘poca-urna’, que acabaram chegando à Câmara dos Deputados favorecidos pela extraordinária votação de ‘fenômenos eleitorais’ como o falecido professor Enéas Carneiro, o estilista e apresentador de TV Clodovil Hernandes e o comediante Tiririca.

RECESSO
Renan está passando uma semana em Alagoas, em face do recesso branco do Congresso Nacional, e aproveita para fazer contatos políticos e realizar visitas, inclusive ao governador Teotonio Vilela Filho e ao prefeito Rui Palmeira.
O senador peemedebista lembra que o tempo disponível é exíguo, para uma reforma eleitoral com validade em 2014, mas ressalta que mudanças como a do voto majoritário em eleições proporcionais podem ser aprovadas através de projeto de lei, ou seja, percorrendo um caminho muito mais curto do que o exigido por um plebiscito ou Proposta de Emenda à Constituição.
O presidente do Congresso também defende a adoção do voto distrital misto (sistema em que o eleitor deve votar apenas em candidatos do próprio bairro, de uma região urbana ou de uma região do estado), mas salienta que esse modelo não seria facilmente assimilado pela população, fazendo-se necessário um debate amplo e muita divulgação sobre o tema.

CAMPANHA
Em relação ao financiamento público das campanhas eleitorais, Renan considera a proposta polêmica e destaca dois aspectos, um positivo e um crítico: trata-se, por um lado, da fórmula ideal para combater a corrupção e para nivelar o poder de gastos dos candidatos; por outro lado, contudo, remete para a população o ônus da conta, retirando do erário recursos que devem prioritariamente ser investidos em saúde, educação e segurança.
O senador alagoano também reconhece a força dos protestos que tomaram conta do Brasil, com ênfase em junho passado. Segundo afirma, a ‘energia das ruas’ se fez sentir especialmente no Parlamento, onde concorreu para produzir uma agenda positiva em função da qual, em pouco mais de um mês, foram aprovadas cerca de 40 propostas e derrubadas outras, como a PEC que excluía o Ministério Público de investigações criminais.

Possíveis candidatos do PMDB, além de Renan

“A eleição tem seu tempo”. Com essa frase, o senador Renan Calheiros reitera sua disposição de só tratar de sucessão estadual, ou de uma eventual candidatura sua ao governo, em começos do próximo ano, lembrando que, ao assumir a presidência do Senado pediu que seus aliados não antecipassem a deflagração do processo eleitoral em Alagoas.
Mas reafirma que seu nome estará disponível, não antes de ser definido um projeto administrativo para o estado, com início, meio e fim, de modo que o compromisso com o desenvolvimento alagoano se coloque acima dos interesses partidários e pessoais.
Calheiros lembra que o PMDB é o maior partido de Alagoas – com dezenas de prefeitos e vereadores, com 4 deputados estaduais, com um senador e a maior representação na Câmara Federal – e por isso terá candidato ao governo e participará do processo com candidatos a todos os cargos em disputa.
Quando instado a declinar nomes para o governo, Renan menciona 3 peemedebistas: Luciano Barbosa, ex-prefeito de Arapiraca, Renan Filho, deputado federal, e José Wanderley Neto, cardiologista e ex-vice-governador do Estado.
No concernente à queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, o presidente do Congresso entende que o cenário político nacional requer tempo para avaliações, mas reafirma uma velha posição: “Nós defendemos, para o país, uma situação de responsabilidade, somos pela governabilidade”.
 

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Por que a Igreja Católica está perdendo fiéis

29/07/2013 06:28

Está correta a pesquisa Datafolha revelando a redução do número de católicos no Brasil. Nada de estranhável. A explicação é simples: os pobres, analfabetos e doentes – a grande maioria do povo brasileiro – sentem-se cada vez mais atraídos pelas seitas evangélicas que prometem emprego, cura e riqueza. A missa nas igrejas católicas, hoje, é a mesma de séculos passados. Em primeiro plano, a pregação do Evangelho, a palavra salvadora de Cristo. Depois, as questões materiais. O catolicismo prioriza a essência da Bíblia, que é o espiritual. É fácil notar a diferença: a missa prepara os fiéis para aderir ao projeto de Deus, para seguir a lição de Jesus e, assim, habilitar-se à vida eterna.
As entidades evangélicas (como mostra a televisão) sequer falam em eternidade. A ‘salvação’ é aqui na terra. Por isso, anunciam milagres, curas impossíveis, emprego e progresso financeiro. Cristo é o Senhor, mas só como referência. Jesus é o chamariz, o respaldo moral. “Ele é quem cura”, repetem os pregadores evangélicos, que poderiam muito bem completar: “Mais quem ordena somos nós”. Os pobres, excluídos, desempregados – sabem que na Igreja, na missa, não ouvirão promessa de dinheiro fácil, de curas fantásticas. Então, correm para os falsos profetas.
O esquema é simples: de cada 100 desiludidos que buscam os falsos apóstolos, em questão de meses, ao menos 10, por acaso, conseguem emprego ou melhoram de saúde. E o que sucede: vão passar o resto da vida dando dinheiro à seita que os ‘salvou’.
Não é a Igreja Católica que está encolhendo. São as multidões excluídas, pobres e doentes, que estão indo em busca de saúde e dinheiro, movidos pela ilusão de que os ‘bispos’ e ‘apóstolos’ evangélicos oferecem a cura e a riqueza que os padres não têm para dar. É a suprema inversão: a figura do Cristo empresário e curandeiro suplantando a imagem do verdadeiro Cristo Salvador.


CARONA POLÍTICA
O Vaticano tem feito de tudo para evitar que o governo explore politicamente a visita do papa a favor de Dilma. O problema é que os assessores de Francisco não conhecem a turma do PT.

CONTRA O POVO?
Ao estilo, Lula promete usar garras afiadas em defesa de Dilma. A missão não será fácil, porque quem está berrando contra o governo de dona Dilma não são os políticos, é o próprio povo.

CONQUISTA DO ESTALEIRO TERÁ COMEMORAÇÃO
Teotonio não vai muito com lançamento de pedra fundamental, mas a liberação da licença para construção do estaleiro em Coruripe será comemorada em grande estilo. Na hora oportuna, uma festa popular, apoiada por lideranças políticas e sem custo para o erário. Os partidos bancarão a grande comemoração.

GESTO DE LEALDADE
Ronaldo Lessa sente que o momento é ruim, péssimo para Dilma, mas faz questão de não alinhar-se com a corrente do PDT que defende a ruptura com o Planalto. Questão de lealdade.

ENCOMENDA E CONTA
Cícero Almeida realizou concurso para a saúde municipal, mas quem está pagando a conta é Rui. São mais de 800 concursados que até o final de setembro estarão devidamente nomeados.

RUI LANÇA CAMPANHA PARA PROMOVER MACEIÓ
Nesta segunda-feira (29), no Hotel Radisson (Pajuçara), o prefeito Rui Palmeira, ao lado dos secretários Clayton Santos (Comunicação) e Cláudia Pessoa (Turismo) lança ampla campanha publicitária para promover Maceió como destino turístico. Enquanto busca soluções para a saúde, o trânsito e a educação, Palmeira também se volta para algo que não pode ser relegado: o grande potencial turístico da capital alagoana.

PROJETO DE NONÔ
Vontade não falta, mas Nonô não pode falar em candidatura ao governo porque não depende somente dele. O projeto depende, em tudo, da renúncia de Téo Vilela para concorrer ao Senado.

MATÉRIA EXPLOSIVA
Dorme na Procuradoria Geral do Estado (PGE) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a nomeação de 106 delegados de polícia não concursados. Muitos deles, aliás, já aposentados.

DESTAQUE NA CÂMARA COM MUITO TRABALHO
Indiferente às contendas e rixas internas entre seus colegas, a vereadora Simone Andrade continua sendo destaque na Câmara de Maceió pela firmeza de suas posições. Enquanto a ciumeira gera queixas e polêmicas nos bastidores da Casa de Mário Guimarães, a representante do PTB gasta o tempo peregrinando pelos bairros, cobrando serviços da Prefeitura, cumprindo compromissos de campanha. Incansável, a vereadora Simone.

SEM EFEITO
Propor a renúncia coletiva da Mesa da Assembleia, como acaba de fazer Judson Cabral, é apenas propor, sabendo que não vai acontecer nada. É uma frase de feito sem efeito nenhum.

O SONHO DO ANTIGO PREFEITO COMUNITÁRIO
Silvânio Barbosa espera contar com apoio do alto tucanato estadual para conquistar uma vaga na Assembleia. Seu sonho é ganhar espaço no Legislativo Estadual para defender a emancipação política do Benedito Bentes. Com o conjunto transformado em cidade, ele buscaria ser recompensado com o apoio popular para ser seu primeiro prefeito. É um projeto.
 

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Lessa fala de condenação, protestos, candidatura - e do futuro governador

23/07/2013 09:47

O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) afirmou que, neste momento, o nome mais indicado para concorrer ao governo do Estado em 2014 é o do senador Renan Calheiros, líder estadual do PMDB e presidente do Congresso Nacional, mas ressaltou: “A questão é que o próprio Renan não se definiu ainda, ora diz que pode concorrer, ora diz que ainda não sabe”.
- O senador Fernando Collor (PTB) tem dito que será candidato ao Senado, vem trabalhando para isso, mas não se trata de uma posição definitiva – assinalou, dando a entender que o ex-presidente está deixando em aberto a possibilidade de, conforme a conjuntura, vir a disputar o governo estadual.
Ampliando seu raio de observação, Lessa disse que, pelo lado da situação, o governador Teotonio Vilela (PSDB) não tem candidato à sua sucessão. “O PSDB não tem candidato e o nome que, hoje, tem o apoio do governador, é o do senador Benedito de Lira, que já revelou sua intenção de concorrer”.
- Teotonio não tem candidato à sucessão, ele próprio ainda não definiu um rumo e tem dito que pode ou não concorrer ao Senado. Thomaz Nonô (vice-governador) seria um dos nomes de dentro do governo para enfrentar a sucessão, mas não terá chance se o governador resolver ficar no cargo até o final do mandato – comentou Ronaldo Lessa.

CANDIDATURA
Um dos líderes do bloco oposicionista no Estado, Lessa explicou que sua provável candidatura a deputado federal tem o incentivo da direção nacional do PDT, não apenas para reforçar a representação alagoana no Congresso Nacional, mas também para fortalecer o próprio partido com direito a mais tempo no rádio e na TV e uma fatia maior do fundo partidário.
Ao comentar o que seria ‘uma variante no processo’, ou seja, sua participação na eleição para a Assembleia Legislativa, Lessa lembrou que já foi deputado estadual, tem sido estimulado por aliados a concorrer a uma vaga no Legislativo Estadual, mas insistiu na tese da direção nacional do partido, que prefere vê-lo ocupando uma cadeira na Câmara dos Deputados. “Tudo isso tem sido cogitado, tem sido avaliado, mas não tem nada decidido”.

JUSTIÇA
Para o ex-governador, a recente decisão, em primeiro grau, da Justiça Federal, condenando-o a 13 e 4 meses de prisão, com base no processo que apurou suposto desvio de recursos na execução do Macrodrenagem do Tabuleiro do Martins, trata-se de um ato monocrático que não inviabiliza sua participação nas eleições do ano que vem.
- Houve precipitação do Ministério Público Federal e do próprio juiz federal que prolatou a sentença, pois os dados técnicos e financeiros sobre esse projeto sequer foram finalizados – disse acrescentando que vai recorrer da decisão.

REFORMA POLÍTICA
-Isso que está sendo discutido no Congresso Nacional não é reforma política, é meia-sola, é um resíduo de reforma eleitoral, e o país está precisando é de uma reforma política ampla – asseverou Ronaldo Lessa, ao defender a convocação de uma Assembleia Constituinte para fazer uma reforma política – eleitoral e partidária – abrangente e profunda.
Ele realçou a importância das manifestações populares que sacudiram o país em junho afirmando que os protestos surtiram efeito, impondo o anúncio de agendas positivas, mas criticou a postura pusilânime do Congresso Nacional:
- Eles (os congressistas) não precisavam derrubar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional nº 37, que reafirmava a exclusão do Ministério Público das investigações criminais) na calada da noite, colocando às pressas na pauta de votação uma matéria que já havia sido retirada da ordem do dia. Foi uma coisa muito feia.

DILMA
Em relação ao governo Dilma, Ronaldo Lessa disse que o PDT se mantém na base de sustentação no Congresso, mas admitiu que há uma corrente no partido defendendo a saída. “Em nossas discussões não estamos considerando uma ruptura, mas há vozes dentro do PDT defendendo novo rumo para o partido”.
Lessa disse que não dá para prever, hoje, se o PDT marchará com Dilma na campanha presidencial (é uma discussão que vai se prolongar até começos do próximo ano), mas afirmou que, pessoalmente, tem apoiado o trabalho da presidente.
 

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Nova ação requenta processo para cassar Téo Vilela

22/07/2013 05:54

É a ressurreição de um caso sepultado: a procuradora eleitoral Sandra Cureau voltou a pedir a cassação do governador Teotonio Vilela e do vice Thomaz Nonô. Motivo: a história da distribuição de caprinos que o governo realizou antes da sucessão estadual de 2010. Em 2011, Vilela foi absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral. A decisão dos ministros só não foi unânime porque Marco Aurélio Mello (primo de Collor) votou pela condenação. Aplicou-se ao governador, apenas, uma multa de cinco mil pratas.
E agora? Bem, o pessoal do Chapão (grupo de siglas contrário a Vilela em 2010) chegou com um fato novo: para distribuir os caprinos, o governo pavimentou acessos nos municípios cujos pequenos pecuaristas foram beneficiados pelo programa criado, vale frisar, não por Vilela, mas por Ronaldo Lessa anos antes.
O curioso é que Sandra Cureau disse que não via crime na melhoria da malha viária municipal, mas, ainda assim, reeditou seu parecer preliminar e pediu, de novo, a cassação de Vilela e Nonô.
Mais curioso ainda é que o próprio pessoal do Chapão não crê em cassação nenhuma para o governador (o pleno do TSE teria de inverter uma decisão quase unânime baseado em fato irrelevante), mas sonha com uma ‘condenação qualquer’ para Vilela.
E aí? Aí que é assim que funciona o sistema. A procuradora não enxerga conduta criminosa (e poderia, na simples pavimentação de acessos rodoviários?), mas reapresenta a denúncia, pedindo a cassação, porque assim o fez inicialmente, mesmo sabendo-se em total desacordo com a quase unanimidade dos ministros do TSE.

MAIS UM
O financiamento público de campanha não é remédio para moralizar o processo eleitoral. Pelo contrário, além de mandar a conta para o povo, a fórmula deixa em aberto o caminho para um caixa 2 geral.

FATOR LULA
Fiéis escudeiros de Lula vibram com as pesquisas que o apontam com mais intenção de voto do que Dilma. Lula diz que não quer mais governar, mas, e se a manutenção do poder depender dele?

QUEM CONHECE DROGA, GARENTE
O ex-presidente Fernando Henrique só teoriza quando defende a liberação das drogas para derrotar os traficantes. Quem conhece da matéria, gente de dentro da polícia, garante: se farmácia vender droga, haverá guerra de preços, e o tráfico vence pelo simples fato de que não pagará imposto. Sem controvérsia.

VELHA PILANTRAGEM
O que a visita do papa Francisco tem a ver com os protestos no Brasil? Nada. Mas tem petista tentando, ardilosamente, associar os protestos à visita papal, para tirar o foco de cima do governo.

LADEIRA ABAIXO
Novas pesquisas mostram a popularidade de Dilma desabando. É o reflexo da insatisfação popular, que não cessou com a paralisação dos protestos de rua. A indignação só ficou latente.


O DRAMA PARA REDUZIR A VIOLÊNCIA
Dário César admite que não é fácil reduzir a criminalidade onde se mata por qualquer motivo ou por motivo nenhum. O secretário de Defesa Social invoca a influência das drogas, do desemprego, da falta de educação e até da ausência de Deus nas pessoas, como fatores determinantes da violência. Apesar de tudo, porém, ele comemora o declínio da taxa de homicídios nos últimos 12 meses, período de ação do plano Brasil Mais Seguro em Alagoas.


OLHO NELES!
O Procon precisa dar um aperto nas empresas que vendem seus produtos (eletrodomésticos, sobretudo) no comércio de Maceió, mas não dizem aos clientes onde procurar assistência técnica.

É DE LASCAR
Cliente foi até a Casa das Panelas, na Rua Pedro Monteiro, e comprou uma churrasqueira de fogão por R$ 80,00. Dias depois, foi a Carajás, no Tabuleiro, e viu o mesmo produto por R$ 59,00.

HISTÓRIA NÃO CAI NO ESQUECIMENTO
O ‘17 de julho’, que alguns ainda insistem em tratar como ‘data histórica’, não foi lembrado este ano. Nenhuma mobilização, nenhuma faixa, nem pichação. É simples: o fato histórico permanece vivo na memória de seus contemporâneos. O que cai no esquecimento, passado tão pouco tempo, não tem nada de histórico. É um evento, um acontecimento, uma ocorrência, nada mais.

E O DINHEIRO?
Sem recursos para bancar campanha eleitoral, Ronaldo Lessa ironiza alguns revezes que tem sofrido no âmbito judicial: “Eles falam em desvio de recursos, mas não mostram o dinheiro”.

O ‘X’ DA QUESTÃO
O fim do foro privilegiado conta, mas não é o antídoto contra o mal da corrupção. A solução letal contra corrupto é uma justiça isenta e ágil. Lentidão processual é sinônimo de impunidade.

SOB O ECO DAS DENÚNCIAS
Autor de denúncias graves contra a Mesa Diretora da Assembleia, o deputado João Henrique Caldas tem convivido, na Casa de Tavares Bastos, em um clima onde a indiferença de uns se acentua na hostilidade de outros. E o ambiente poderá ficar mais tenso se o Ministério Público Estadual acolher suas acusações e abrir investigação para devassar as finanças do Poder Legislativo.


 

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Primeira Edição © 2011