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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Está chegando a hora do PT

14/10/2013 09:43

O ‘ciclo petista’ no poder caminha para o final. Não é determinismo, é processo histórico. Só se perpetuam os regimes dinásticos e as ditaduras. Mesmo assim, se ‘eternizam temporariamente’. Nas democracias, ainda que sofríveis, a alternância do poder é inevitável. A questão, em relação ao PT, é saber se será agora, na sucessão de 2014, ou se depois de um eventual segundo mandato de Dilma.
O fato é que ninguém aguenta mais o PT, partido que surgiu de um conceito ético modelar, mas que, uma vez no poder, converteu-se em arauto da bandalheira. Nunca nesse país se viu tanta corrupção, tanta violência, tanta rapinagem do dinheiro público. E nunca um grupo político se obcecou tanto pelo poder. Por que será que Lula, que nunca sonhou em ser sequer vereador em Caetés, mas chegou a presidir o Brasil em dois mandatos consecutivos, teme tanto perder o domínio do poder central? Por que tanto apego ao poder, se antes de chegar lá, o Lula era fervoroso defensor da alternância?
O tempo do PT está passando, rumando ao acaso, porque sua proposta de governo desvirtuou-se e também porque o que os seus protagonistas tinham de fazer, já fizeram. O governo petista, com Lula e com Dilma, fez tudo que viu e condenou na era FHC, incluindo a ‘maldita’ política de privatizações. Hoje, as privatizações são aprovadas com o nome de ‘concessões’.
Evidente que, discurso à parte, ninguém abre mão do poder gratuitamente. Alternância, que o diga Lula, é coisa de quem mofa na oposição. Mas, convenhamos, deve haver ‘algo’ por traz dessa obsessão petista em não perder o comando do poder federal.

FARRA PARTIDÁRIA
No Congresso Nacional volta a tramitar projeto de lei que dificulta a criação de partidos. Com 32 siglas registradas, e mais a Rede de Marina Silva em 2014, o Brasil é recordista mundial em legendas.

BOLA DE CRISTAL
A inteligenzia petista contempla a bola de cristal para detectar: primeiro, se haverá protestos de rua em 2014, no curso da campanha eleitoral; segundo, que reflexos teriam sobre o processo político.

EMPRESA PARA AS RESERVAS HÍDRICAS
O governo vai criar uma empresa para cuidar das reservas hídricas do Estado – rios, lagoas, açudes e Canal do Sertão. A distribuição – residencial, comercial e industrial – continua com a Casal. Uma das tarefas da futura empresa: fiscalizar o Canal do Sertão para impedir desvios (bombeamento clandestino) e contaminação da água puxada do rio São Francisco, inclusive por animais mortos.

MAIS ESPIONAGEM
Primeiro, os Estados Unidos, agora, o Canadá. Claro que outros países espionam o Brasil. Será que, diante disso, a Dilma vai retornar à ONU para protestar contra a bisbilhotice planetária?

DENÚNCIA FATIADA
Há sinais de que os protestos contra espionagem rendem dividendos políticos a Dilma. E há indicações de que o tema está sendo fatiado para ajudá-la: o Fantástico divulga, e a presidente protesta.

JUDSON: A CHANCE DE UM EXEMPLO AOS COLEGAS
Ao Ministério Público, o atuante Judson Cabral disse achar exagerada a verba de R$ 76 mil para cada deputado pagar aos seus assessores comissionados. – “Dinheiro demais? – estranhou um leitor da Coluna – então, por que o nobre petista não reduz a sua cota à metade e dá o exemplo aos colegas? Ou existe alguma norma legal impedindo Cabral de gastar menos na Assembleia?”.

SAÍDA PRECIPITADA
Givaldo Carimbão deixou o PSB sem saber que, horas depois, o partido ganharia a adesão e o apoio da ex-senadora Marina Silva, que levou a tropa da Rede Sustentabilidade para o ninho socialista.

TAVARES INDEFINIDO
Presente ao lançamento do livro ‘O mundo real das satiricrônicas’, de Geraldo Câmara, no Jaraguá Tênis Clube, o procurador Eduardo Tavares sinalizou que não pretende disputar as próximas eleições.

BANQUEIROS DESDENHAM DAS GREVES
Os bancários fazem greve porque os banqueiros nada perdem com os movimentos paredistas. Com ou sem paralisação, os bancos lucram, o dinheiro está aplicando no mercado financeiro, rendendo. Se quisessem evitar greve, os banqueiros criariam cargos de confiança, regiamente gratificados. Será que, deflagrada a grave, os ‘comissionados’ abririam mão da função gratificada?

COMENDADOR FIREMAN
A Câmara de Maceió realiza sessão solene nesta segunda-feira (14) para homenagear Marco Antônio Araújo Fireman (presidente municipal do PSDB), com a entrega da Comenda Mario Guimarães.

SEM PREJUÍZO
Um devoto do senador Biu de Lira acessou a Coluna para afirmar que a saída de Artur Lira da liderança do PP na Câmara “em nada afeta o projeto do senador de disputar o governo alagoano”.

MENESTREL ADORAVA MALAGUETA
Teotonio Vilela, pai, adorava pimenta. Certa vez, almoçando, pediu uma braba. Trouxeram-lhe Tabasco, a mexicana que conquistou o mundo. Ele manuseou o vidro, olhou para o rótulo vistoso e cobrou: “Traz a malagueta!”. Quando pedia molho, o menestrel exigia pimenta picante, ardente. “O resto, dizia, é pimenta de cheiro”.
 

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O plano Brasil Mais Seguro está furado

07/10/2013 06:26

O argumento usado pelo ministro José Eduardo Cardozo, para defender o Brasil Mais Seguro de Alagoas, é risível: “O plano só objetiva reduzir a incidência de homicídios”. Quer dizer que o resto da criminalidade está fora da ação apoiada pelo governo federal?
Parece que sim, até porque isso é típico do PT, e o fato é que o ministro da Justiça é petista. Com efeito, e isso é lastimável, a parceria do governo federal parece ter como meta precípua a estatística: estão diminuindo os casos de morte violenta, e pronto.
O que melhor ilustra a disposição do plano se traduz no aumento vertiginoso e assustador dos assaltos a estabelecimentos comerciais e nas invasões às residências, principalmente em Maceió. E acontece que violência, criminalidade, não é apenas morte. O bandido que assalta e não mata, comete violência em grau extremo. É assalto perpetrado à mão armada, com flagrante ameaça de morte.
Eduardo Cardozo talvez não tenha se dado conta do mal que fez ao colocar o Brasil Mais Seguro dessa maneira. Primeiro, mostrou que a preocupação do governo federal, ao menos aqui em Alagoas, não é combater a violência em toda sua amplitude. Segundo, passou para os assaltantes a ideia ou a certeza de que a ação deles contra a sociedade não é alvo prioritário do plano de segurança vigente.
Resta saber, diante de cenário tão desolador, a quem a sociedade alagoana vai recorrer para obter proteção contra os bandidos – dentro de casa, na rua, no transporte coletivo, nos táxis.


INFIÉIS IMPUNES
O troca-troca de partido foi um espetáculo de vira-casaca jamais visto. Pois é, e que fim levou a draconiana resolução do TSE que punia a infidelidade partidária com a perda do mandato?

RENAN, O FILHO
Nos últimos dias, o colunista ouviu pelo menos duas experientes raposas da política alagoana profetizar: Renan Filho – e não Renan pai – será o candidato do PMDB ao governo alagoano em 2014.

CORTARAM AS ASAS DE MARINA SILVA
O que há por trás do veto à criação da Rede Sustentabilidade? Simples demais: até agora, todas as pesquisas de intenção de voto para presidente mostram Marina Silva em segundo lugar. Portanto, com seu próprio partido, seria fortíssima adversária de Dilma Rousseff, na sucessão do próximo ano, com potencial para crescer e, junto com Aécio Neves, Eduardo Campos e outros, acabar com o ciclo petista no poder.

EM CIMA DA HORA
Intensa movimentação política marcou a semana de troca-troca partidário. Algumas transferências, feitas de última hora neste sábado, só serão conhecidas e repercutidas nesta segunda-feira.

PPS EM AÇÃO
Secretário da Pesca e presidente regional do PPS, Régis Cavalcante está trabalhando na formação de futuras alianças e chapas para disputar cadeiras na Câmara Federal e Assembleia Legislativa.

QUEDA DE ARTUR PODERÁ PREJUDICAR SENADOR BIU
O alagoano Artur Lira perdeu o comando do PP no Congresso Nacional, mas não foi derrubado por qualquer um: tomou-lhe o posto o também deputado federal Eduardo Fonte, que vem a ser o presidente nacional do partido dirigido em Alagoas pelo senador Benedito de Lira, pai de Artur. Detalhe: O episódio poderá ter reflexos negativos sobre a pretensão do senador Biu de disputar o governo alagoano.

ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
O debate do momento: os servidores do Senado que receberam R$ 300 milhões acima do teto legal, devem devolver o repasse a maior?
Para o TCU, devem sim, porque houve ‘enriquecimento ilícito’.

ALGUEM DUVIDAVA?
Reforma política, que é bom, já era. O prazo para mudanças terminou e deu o previsível: os congressistas preferiram não mexer nas regras que lhes garantiram os mandatos que estão exercendo.

AS DENÚNCIAS DE JHC E SEUS EFEITOS PRÁTICOS
As denúncias de João Henrique Caldas na Assembleia Legislativa produziram, até aqui, dois efeitos práticos: expuseram na mídia o deputado denunciante como ‘herói’ de um sistema político esfacelado, e transformaram os trabalhadores efetivos do Poder Legislativo em bodes expiatórios sem direito à defesa.

A VEZ DO CARBONO
Servidores da Assembleia Legislativa apostam como nos próximos dias a Casa será visitada por uma equipe da TV Record. A explicação: “A Record não abre mão de ser cópia fiel da Globo”.

ABUSO DE PODER
Procon e Ministério Público Estadual devem exigir explicação do Bompreço da Av. Buarque de Maceió: por que a loja, sempre lotada de clientes, mantém fechados 9 de seus 18 terminais de pagamento?

SAÚDE É O QUE INTERESSA...
Reunido com jornalistas no antigo Palácio dos Martírios, quinta à tarde, Téo Vilela falou de tudo um pouco, mas fez questão de priorizar um setor. “Aqui em Alagoas e no resto do Brasil, nada preocupa mais as pessoas do que a saúde. A saúde é tudo, é a vida de cada um”. Sobre sua possível candidatura em 2014, saiu-se como o tucano de sempre: “Tenho até março para me decidir”.
 

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Farra dos partidos ferra a democracia

04/10/2013 13:10

Mais um, não, mais dois partidos políticos registrados na Justiça Eleitoral, sem contar com a Rede de Marina Silva que, não emplacando agora em outubro, nascerá com certeza em 2014. São, ao todo, 32 legendas credenciadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, Uma ‘multidão de partidos’ para usar a linguagem dita caipira.

É muito, é demais. Nenhuma democracia se fortalece com tantas agremiações partidárias, a grande maioria delas sem compromisso programático, sem origem, sem fundamentação ideológica. E o pior: como esse universo é infinito e ilimitado – ao contrário do cosmos definido por Einstein – é lógico supor que a proliferação partidária não vai parar nunca, muito pelo contrário.

Qual a motivação? Quem funda um partido, além de receber, de largada, meio milhão de reais por ano (fundo partidário) tem tudo para faturar uma fatia do poder, seja disputando eleições, seja integrando coalização, seja servindo de sigla de aluguel... O consolo é que, com o tempo, os partidecos acabam caindo no esquecimento.

O Solidariedade, o mais recente habilitado, foi fundado pelo deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, sob denúncia do Ministério Público Eleitoral de fraude nas assinaturas. Mesmo assim, o TSE acolheu o pedido de registro, acatando informações dos cartórios eleitorais. Ora, se os ministros não questionam assinaturas sob suspeita de fraude (com denúncia formal do Ministério Público Eleitoral) que papel, afinal, eles, os ministros, exercem, se já há os cartórios eleitorais para decidir tudo?

 

MUDANÇA DE SIGLA

Ouvido à porta do Palácio República dos Palmares: “Thomaz Nonô tem experiência de sobra para saber que líder político em Alagoas não consegue nada se não tiver um partido sob seu controle”.

 

PERDA DE CONTROLE

Heloísa Helena quase não fala sobre o assunto, mas muita gente por aqui tem curiosidade em saber como ela perdeu o controle nacional do PSOL para o grupo que acompanha Plínio de Arruda Sampaio.

 

PROJETOS DE OBRAS DEVEM CONTER DATA

O governador Téo Vilela e o prefeito Rui Palmeira deveriam exigir que as construtoras responsáveis pela execução de obras físicas passassem a colocar, nas placas indicativas dos projetos, não apenas o prazo para a finalização da obra, mas a data em que ela foi iniciada. Sem esse detalhe, uma obra pode passar 100 anos em andamento e ninguém sabe quanto tempo ela está consumindo.

 

UM CASO SÉRIO

Só a edição de uma lei federal, obrigando um periódico cruzamento de folhas salariais, seria capaz de conter as acumulações ilícitas no serviço público. Aliás, uma forma de desvio com óbvia tolerância.

 

RUMORES NA ALE

Terça-feira, enquanto equipe da TV Globo fazia reportagem para o Fantástico, entre servidores circulava a informação (não confirmada) de que Fabio Ferrário havia largado o cargo de procurador da ALE.

 

PIRANHAS JÁ ESPECULA NOME DE LOIOLA

Ainda não existe pesquisa formal (nem para consumo interno), mas o nome de Inácio Loiola vem sendo bastante especulado para voltar à Prefeitura de Piranhas. Na cidade, inclusive no Bairro de Xingó, muita gente diz estar com saudade de Loiola, cuja gestão municipal mudou a paisagem da capital do turismo sertanejo. Por enquanto, o ex-prefeito, que está trocando o PSDB pelo PSB, não tem projeto político definido para o ano que vem.

 

MUDANÇAS NO GOVERNO

Nas próximas semanas, Téo Vilela deve ouvir seus auxiliares interessados em disputar as próximas eleições. Traduzindo: o governador deverá mexer no secretariado no início do ano.

 

SEM LUZ NO TÚNEL

Os bancários pediram 11% de reajuste, os banqueiros ofereceram 6%. Essa distância, de quase 100% entre o pedido e a oferta, dá a ideia exata de ‘quando’ a greve nos bancos vai terminar.

 

BATALHA DIFÍCIL PARA DEPUTADO FEDERAL

A disputa das nove vagas de deputado federal promete. Estão chegando nomes de peso como Luciano Barbosa, Cícero Almeida, Ronaldo Lessa e Pedro Vilela. E, lá, já estão, com reeleição quase certa, Givaldo Carimbão, Artur Lira, Renan Filho, Rosinha da Adefal, Maurício Quintella. Devem ficar de fora Francisco Tenório e Alexandre Toledo. Paulão vai lutar por novo mandato.

 

GEMIDO SOLITÁRIO

O Brasil do PT é, de fato, um país singular. Os Estados Unidos – e não é novidade – espionam o mundo todo, mas somente a presidente brasileira se queixou disso na Assembleia das Nações Unidas.

 

TÉO NO SHOPPING

Domingo à tarde, o governador Teotonio Vilela passeava tranquilo e calmo pelo Maceió Shopping, recebendo cumprimentos e conversando com as pessoas com simplicidade e bom humor.

 

CANAL DO SERTÃO AJUDARÁ VILELA

Pouca gente tem avaliado o impacto que o Canal do Sertão terá sobre o projeto político de Teotonio Vilela. Moradores beneficiados com a transposição da água do São Francisco consideram Vilela um ‘redentor’, e muitos (pequenos lavradores em especial) já adiantam que apoiarão a candidatura do tucano ao Senado Federal. O CN, para se ter uma ideia, vai beneficiar 1 milhão de alagoanos.
 

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Triunfo de Pirro no Supremo Tribunal

29/09/2013 11:01

Vitória de Pirro no Supremo


O Supremo Tribunal Federal cumpriu seu papel ao condenar os réus do mensalão, o escândalo de compra de votos montado por José Dirceu para aprovar os projetos de Lula no Congresso Nacional. O tal do embargo infringente, aceito graças ao voto do ministro Celso de Mello, não muda o que já entrou para a história: o bando foi julgado culpado e seus integrantes, condenados à cadeia.
Todo esse sarapatel no STF se deu por causa de José Dirceu. A presidente Dilma escolheu a dedo dois novos ministros, e foram exatamente eles que mudaram a posição da Corte Suprema. Não importa, o julgamento já aconteceu e o que poderá mudar, a partir de agora, é apenas a condenação por formação de quadrilha.
Celso de Mello, o mais antigo membro do STF, foi eloquente e até fundamentou bem seu voto, mas nada a ponto de mudar o que já foi assimilado pela sociedade brasileira: o mensalão foi operado por uma quadrilha que tinha como meta eternizar o PT no poder. Se Dirceu ainda irá para a prisão, essa é outra história, irrelevante.
O que importa é que a vitória obtida com o voto de Celso de Mello pode conduzir o PT a uma vitória de Pirro, já que o mensalão vai estar mais vivo do que nunca em pleno ano eleitoral. Pirro, para quem não sabe, foi o rei da Macedônia que, ao vencer os romanos e ser cumprimentado por um aliado, proclamou: "Outra vitória assim e estaremos arruinados”. Ou seja, na batalha vitoriosa, morreram mais aliados de Pirro do que romanos... A nova composição do Supremo pode até salvar Dirceu da cadeia, do constrangimento de virar presidiário, mas tudo indica que a um preço altíssimo nas urnas do próximo ano.

 

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A faxina na Assembleia Legislativa

15/09/2013 11:01

Pela primeira vez, em décadas, a Assembleia Legislativa de Alagoas pode ‘ser passada a limpo’, como quer e exige a sociedade. Não em razão de CPI ou de auditoria, como sugeriu o novo procurador, mas graças à participação do Ministério Público nas investigações.

Auditoria não resolve – e isso é primário – porque contratada pelos dirigentes que estão ‘sob investigação’. Quem desconhece a ALE não sabe, mas em 2008 foi feita uma auditoria na folha salarial. Custou R$ 600 mil e, pelo que se informou à época, a empresa contratada não teria recebido o valor integral. Em represália, diz-se, não teria apresentado o relatório conclusivo dos fatos apurados...

O que acende a esperança de uma investigação isenta e aprofundada é, portanto, a credibilidade do Ministério Público, cuja força-tarefa formada pelo procurador-chefe Sérgio Jucá, ao final de sua operação, apresentará as irregularidades detectadas, com a exigência de que sejam corrigidas ‘sob rigoroso acompanhamento’.

O que até agora foi sugerido pela Procuradoria da Casa está dentro da chamada ‘realidade possível’, mas é preciso mais. Por exemplo: a verba de gabinete deve ser usada como verba indenizatória – deputado gasta, exibe comprovante e é reembolsado. E a GDE deve ser democratizada, estendida aos servidores efetivos, para que não seja confundida com grana dos deputados repassada por laranjas.

Está, pois, nas mãos do Ministério Público Estadual  a missão de devassar as entranhas do Poder Legislativo e de exigir uma mudança de atitude de seus dirigentes, em nome da transparência e da retidão.


 

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Primeira Edição © 2011