seta

735 postagens no blog

Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

Governo perde batalha contra inflação

10/02/2014 09:49

O governo Dilma perdeu a batalha contra a inflação. E não uma rendição repentina, uma capitulação abrupta. A volta da inflação é um processo – gradativo e continuado. Os preços estão muito acima das taxas anuais divulgadas pelo IBGE, mas o pior se expressa na falta de confiança do mercado. A sensação que se tem hoje é de que, no campo econômico, o país mergulhou no ‘salve-se quem puder’.
Os alimentos estão subindo, os detergentes em geral pipocaram e os combustíveis, sem tabelamento, sobem segundo a vontade dos revendedores. Sobe a tarifa de energia elétrica e sobe o gás de cozinha. Os remédios, o material escolar, os produtos de feiras e supermercados. E tudo isso no embalo dos juros que Lula empurrou para baixo, e Dilma trouxe de volta para as alturas.
Não é fácil manter a economia sob controle. Se fosse, a Europa não teria entrado em recessão, e os Estados Unidos não teriam sofrido estagnação. A duras penas, a inflação brasileira foi contida no final do governo Itamar Franco, com o Plano Real gerenciado por Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda e depois presidente da República. Com Lula, a inflação ameaçou repicar, mas foi contida mediante controle rígido dos gastos públicos. Lula tinha Meirelles no comando do Banco Central – uma mão de ferro contra a inflação. Dilma preferiu ouvir Guido Mantega ensinar que ‘um pouco de inflação faz bem a economia’. Bem mal.
Os planos econômicos – Bresser – Verão, Collor – que antecederam o Real desorganizaram a economia. O Plano Real operou um milagre, estabilizando preços e salários. Com Lula, veio a turbulência. Com Dilma, o país retornou ao precipício.

QUESTÃO DE CÁTEDRA
Até diante da justiça, o petismo é uma fraude. Se a multa é punição ao mensaleiro condenado, como permitir que outros a paguem? Se fosse homicídio, a pena poderia ser cumprida por terceiros?

E A ORIGEM DA GRANA?
E, afinal, de onde está vindo a montanha de dinheiro para pagar as multas dos mensaleiros? Tem razão o ministro Gilmar Mendes quando afirma que esse assunto tem que ser investigado com rigor.

UM GESTO, UMA EQUIPARAÇÃO. E SÓ.
Ao repetir o gesto dos mensaleiros petistas no ato das prisões (erguer o punho cerrado) o deputado André Vargas, vice-presidente da Câmara, apenas se equiparou aos condenados por corrupção e formação de quadrilha. O insulto ao ministro Joaquim Barbosa não foi ato de heroísmo, mas de molecagem. Nesse sentido, apropriado, considerando-se os personagens que a encenação evocou.

CAUSA E EFEITO
É, mas quem pode, pode. Um dia após o gesto patético do petista André Vargas, Joaquim Barbosa mandou prender seu colega João Paulo Cunha, que deve ter adorado a brincadeira do ‘companheiro’.

PARALISIA NACIONAL
A sensação que se tem hoje é de que o Brasil parou. Estagnação econômica irradia sinais claros de paralisia geral. Resta aguardar que o carnaval, com suas loucuras, resgate o país desse clima de letargia.

OBJETIVO DE LESSA JÁ ESTÁ DEFINIDO
Ronaldo Lessa já foi sondado mil vezes: governador, deputado federal, senador, deputado estadual. Por mil e uma vezes, fez os cálculos, ouviu seu pessoal e concluiu: o caminho a seguir é a Câmara dos Deputados. Rende alguma coisa, dividendos na mídia, colocá-lo como possível postulante ao governo, mas seu objetivo – até por exigência do PDT – é disputar um mandato de federal.

INCOMPATIBILIDADE
O compromisso do PSB é com o projeto presidencial de Eduardo Campos. Logo, não há como Alexandre Toledo apoiar, ao mesmo tempo, Dilma Rousseff, pelo PMDB, e Campos, pelo PSB.

DEPOIS DA CAICÓ
Candidato ou não, Teotonio Vilela vai faturar alto, politicamente, mostrando os avanços de Alagoas na área empresarial. “São tantas indústrias chegando, que não dá para memorizar todas”, diz Vilela.

ESTÓRIAS QUE FARIAM NELSON RODRIGUES CORAR
Quem se arrepiou com a baixaria da novela ‘Amor à Vida’, ainda não viu nada. Aliás, começou a ver no capítulo de 6ª feira de ‘Em família’. O show de uma moça agredindo fisicamente o pai, seguida de uma cena de assassinato no pior estilo dos filmes de terror, mostraram que, na desesperada busca de audiência, a Rede Globo está se superando. São estórias que fariam Nelson Rodrigues corar. Será que a Globo decidiu desafiar uma reação das redes sociais?

LICITAÇÃO DIFÍCIL
A licitação do setor de transporte coletivo não acontecerá sem obstáculos. Ações na Justiça, para impedir a concorrência, deverão postergar o esforço de renovação para um prazo sem horizonte.

NA PRIMEIRA HORA
Mas Rui Palmeira dispõe de tempo. Ao contrário de Cícero Almeida, que deixou a licitação para o último dos oito anos de sua gestão, Palmeira encarou o desafio já no início de seu governo.

UM SENADOR DE VOLTA ÁS ORIGENS
Paladino das lutas pela liberdade, e líder do PSOL em Garanhuns, Paulo Camelo, trouxe de volta à sua terra o senador Randolfe Rodrigues. Ele nasceu em Garanhuns, mas logo cedo foi para o Amapá, onde se elegeu senador. Ex-líder estudantil e hoje engenheiro civil consagrado, o engenheiro Paulo Camelo luta para ser prefeito e devolver à sua terra o antigo status de “Suíça Brasileira”.
 

seta

Eduardo Tavares - no mato sem cachorro

03/02/2014 09:40

O secretário Eduardo Tavares tem disposição e competência. São atributos essenciais ao cumprimento de suas metas no comando da Defesa Social de Alagoas. Ocorre que a batalha contra o crime exige mais, exige o que Tavares não tem, na Secretaria, e o que o próprio governo alagoano não lhe pode oferecer.
Com efeito, falta a Tavares, precisamente, tudo que faltou ao coronel Dário César, que assumiu a Defesa Social com o mesmo ânimo e a mesma competência do líder do Ministério Público. Tavares pode avançar, com novas táticas, com mais esforço, pode até obter mais resultados do que o antecessor. Mas, no geral, não reduzirá a violência se não tiver o que faltou ao nosso César:
- leis penais mais severas, que intimidem os criminosos;
- presídios que não funcionem como universidades do crime;
- justiça ágil, que não opere como indústria de habeas-corpus;
- Polícia Federal com mais delegados e mais agentes de campo perseguindo e prendendo narcotraficantes;
- aumento de efetivo que permita à Polícia Militar agir com a mesma onipresença com que atuam os criminosos;
- Polícia Civil com mais delegados e sem omissão na abertura de inquéritos para a devida apuração dos crimes;
- Revogação do Estatuto do Desarmamento, sem o que os bandidos agem sabendo que suas vítimas estão indefesas;
É um resumo. Se Tavares descobrir uma alquimia que lhe propicie essas condições, sua gestão atingirá as metas preconizadas.

TEMPO PERDIDO
O prefeito Rui Palmeira não é afeito a ‘relatório contrário’, mas não esconde que, se houvesse assumido a Casa razoavelmente arrumada, as ações de sua gestão já estariam muito mais avançadas.

A FÓRMULA
Se estiver pensando em Alagoas, a oposição lança Renan Filho para governador. E deixa o senador Renan usando sua influência em Brasília para arrancar verbas para fazer o Estado se desenvolver.

ALMEIDA NO FURACÃO SUCESSÓRIO
Cícero Almeida conseguiu a presidência de um partido (PRTB) graças à intercessão de Renan Calheiros. Por isso – e por outras razões – ninguém crê que o ex-prefeito se deixe lançar candidato a governador sem antes ouvir a posição do senador sobre o assunto, Posição que não será conhecida antes do final de março.

VELHA REPRISE
Entra em vigor a lei de combate à corrupção. É, mas falta ser regulamentada. Como a lei de greve, aprovada na Constituição de 1988. Até hoje, sem regulamentação, sem definição de regras.

FATURA CUBANA
O BNDES envia milhões de reais para obras em Cuba. Em troca, o Brasil recebe médicos cubanos para atender os pobres daqui. Os brasileiros estão pagando a fatura da briga de Fidel com os EUA.

A EXPECTATIVA QUE NÃO SE CONFIRMOU
Ao se filiar ao PSDB, Eduardo Tavares criou a expectativa de que viria participar do processo eleitoral deste ano. Na Assembleia, muitos celebraram achando que ele disputaria um mandato de deputado estadual. Tavares, no entanto, acabou secretário de Defesa Social, sem chance de disputar as eleições. Com isso, o cenário político alagoano, cada vez mais viciado e envelhecido, perde chance de renovação com um advogado consagrado.

EM DOIS TURNOS
A batalha pelo trono hoje ocupado por Téo Vilela não terá menos de seis postulantes, este ano. Logo, está fora de qualquer estimativa a vitória de um dos candidatos já no primeiro turno.

AVANÇO EMPRESARIAL
Contadas, uma a uma, 100 empresas vieram para cá ou estão se instalando desde a investidura de Vilela no governo. Várias de grande porte como a Braskem II e a Cerâmica Portobello.

ONDE O DINHEIRO FÁCIL ABUNDA
O petista Delúbio Soares, da elite mensaleira, precisava de 500 pratas para pagar sua multa à Justiça, mas conseguiu R$ 1 milhão. Para uns, significa um ‘troco’ da militância petista ao ministro Joaquim Barbosa. Para outros, apenas mostra que os petistas têm dinheiro e, mais que isso, sabem onde buscar mais, se preciso for...

TÍTULO IMPRÓPRIO
A novela ‘Amor à Vida’ saiu com o título errado. Deveria ter sido ‘Os cafajestes’, como o filme de Jece Valadão. Com esse folhetim, a Globo superou todos os limites da baixaria ficcional.

LULA, O CONSOLADOR
Acusado de receber propina para agilizar o registro de um sindicato, Carlos Lupi ligou para Lula, de quem foi ministro, e foi devidamente consolado: “Esquece, Lupi, isso tudo sai pela urina”.

DESCASO COM LEI ORÇAMENTÁRIA
O atraso na votação dos orçamentos, em Alagoas, virou rotina. É tão comum deixar a Lei Orçamentária para o ano seguinte, que o presidente da Câmara de Maceió, Francisco Filho, comemorou a aprovação da LOA municipal em janeiro, e não em maio como muitos estavam prevendo. É isso aí.
 

seta

A lei que liberou a morte

27/01/2014 16:12

Em vigor há 10 anos, completados em dezembro último, o Estatuto do Desarmamento foi, com provas materiais insofismáveis, uma experiência nefasta. Uma década de violência crescente, de homicídios de vítimas indefesas, de geométrica multiplicação dos crimes contra o patrimônio – assaltos, invasões domiciliares, ataques a empresas e estabelecimentos comerciais. O Brasil estava preparado para desarmar a população sem ter, em contrapartida, poder para conter a ação dos bandidos? Claro que não estava.
O que acontece hoje é uma absurda inversão de valores: o cidadão de bem não pode ter arma de defesa pessoal, mas o estado sabe que os bandidos andam armados até os dentes. Antes do Estatuto, os proprietários de mercadinhos, postos de gasolina, farmácias e tantos outros pontos comerciais tinham uma arma guardada e os marginais sabiam disso. Logo, pensavam duas vezes antes de decidir atacar.
O bandido hoje sabe que, na sociedade, por força da lei, todos estão desarmados. Um exemplo? Nos últimos 10 anos, quantas residências foram invadidas e assaltadas por grupos de criminosos armados? Um número incontável. E quando houve reação? Em nenhum dos casos. Portanto, os bandidos sabem que estão atacando famílias indefesas, vítimas de uma lei que não deu certo – para os de bem.
O Estatuto é um mecanismo superado, falido, inócuo e, pior, danoso. O Congresso Nacional precisa, com urgência, revê-lo, aboli-lo, revogá-lo. E como, na prática, a experiência do desarmamento não funcionou, por que não dez anos de sociedade armada, de bandidos intimidados e de cidadãos prontos para se defender?
Imperioso lembrar que no próprio ‘meio social’ o Estatuto falhou. Mesmo fora da estatística marginal, os homicídios se multiplicaram. Nunca se matou tanto, nunca se usou tanta munição. O Estatuto não conseguiu sequer impedir o comércio clandestino de armas.

FIM DO SUFOCO
Inicialmente marcada para fevereiro, como noticiou o PE no final de 2013, a inauguração do novo complexo do Detran, no Tabuleiro, ficou para junho. Finalmente, o Detran alagoano terá sede própria.

MESA INTERINA
Um link no site da Assembleia publica, item por item, toda movimentação financeira da ALE referente a novembro passado.
Um caso inédito de total e absoluta transparência no Legislativo.

O ENIGMA TEOTONIO VILELA
Nenhum político em fim de carreira trabalharia com o afinco, a disposição e a desenvoltura de Teotonio Vilela nessa reta final de seu segundo mandato. O que significa dizer: o governador está longe, muito longe de jogar a toalha e vestir o pijama. A questão é saber: ele volta às urnas agora, este ou ano, ou fará uma pausa?

SÓ ESPECULAÇÃO
Numa de suas entrevistas recentes, passou despercebido, mas Téo desfez uma especulação absurda: a de que estava para assumir uma vaga de ministro do Tribunal de Contas da União – TCU.

SEM SENTIDO
A especulação não fazia sentido por óbvia razão: como um político adversário do governo federal (no campo político, que é o que conta) seria agraciado com entrada franca no paraíso terrestre?

UM DESAFIO PARA O CORONEL CÉSAR
O coronel Dário César não tem perfil de político, mas isso conta pouco ou não conta nada. Muita gente ‘sem jeito’ para a política militares inclusive – se candidata e se elege. Alguns até se revelam, como o capitão Jair Bolsonaro, deputado federal e inimigo visceral de tudo que se relaciona ao PT. O desafio do ex-secretário de Defesa não está em superar seu jeito contido de ser. Está em enfrentar uma disputa eleitoral totalmente mercantilizada, além de autofágica.

SESSÃO EXTRA
Aprovado o novo orçamento do Estado, a Assembleia está em recesso, mas fará sessão extraordinária nesta terça-feira (28) para votar o projeto de realinhamento salarial dos policiais militares.

ÚNICA GARANTIA
O governo deve reter parcela mensal do duodécimo da ALE para pagamento do 13º salário dos servidores em dezembro. É a formula segura para evitar que no final de ano se alegue ‘falta de dinheiro’.

MAL PREEXISTENTE NA SAÚDE MUNICIPAL
Alvo de ação do Ministério Público Estadual, que o acusa de ter contratado sem concurso público, o ex-secretário municipal de Saúde, João Marcelo Lyra, tem em sua defesa um argumento forte: ao assumir a Pasta mais caótica do Município, ele já encontrou a chamada ‘Assessoria Técnica’ operando com servidores terceirizados na gestão de Cícero Almeida.

AR CONTAMINADO
A direção-geral da Assembleia Legislativa precisa mandar ‘desinfetar’ a faixa que separa o logradouro da área central de estacionamento da ALE. A fedentina ali está insuportável.

MUDANÇA À VISTA
A tradicional Agência do INSS da Praça dos Palmares, no Centro de Maceió, está arrumando as malas para se mudar. Nos próximos dias, passará a funcionar na Av. Álvaro Calheiros, em Mangabeiras.

UMA LEI QUE VEIO PARA FICAR
Ao contrário do Estatuto do Desarmamento, que deixou a população vulnerável, a Lei Seca produz resultados positivos e deve virar dispositivo legal pétreo. Com o tempo, vai desenvolver uma cultura de responsabilidade e prudência no trânsito, algo inexistente hoje. Não se trata de experiência, mas de uma prática aprovadíssima.
 

seta

O caos como recompensa

20/01/2014 08:36

No ano em que o Brasil sedia sua segunda Copa do Mundo, algo muito ruim ameaça a paz do futebol pátrio: os recursos à Justiça comum contra decisões do Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Como em qualquer instância da Justiça comum, o STJD pode prolatar sentenças equivocadas (o que não é o caso), mas sair do âmbito esportivo para corrigir eventuais erros, configura um erro maior ainda, ou, talvez, o maior de todos os erros.
A Portuguesa, rebaixada por escalar jogador suspenso, apega-se a uma filigrana (a suspensão não foi publicada) para safar-se do rebaixamento. Já há liminares da Justiça comum beneficiando a Lusa e o Flamengo, que também está na corda bamba. Pode ser válido e até bonito lutar pela permanência de um clube na série que reúne a elite do futebol brasileiro, mas é um precedente perigoso.
Porque, se prevalecer a decisão pró Portuguesa, a Justiça Desportiva na prática deixa de existir. A partir daí, quem se achar prejudicado vai recorrer aos tribunais comuns, e isso contaminará todas as divisões do futebol que, com certeza, mergulhará no caos.
Mais sensato, pois, seria a Portuguesa aceitar a decisão do STJD. Rebaixamento não significa a extinção do clube. Corinthians e Palmeiras (para citar casos recentes) caíram e se reergueram conquistando títulos, voltando à elite sem precisar de apelações fora do contexto desportivo. Quanto ao Fluminense, beneficiado com a queda da Lusa, será visto como um ‘rebaixado moral’. Não se segurou por méritos próprios, mas por deslizes de outrem.

PESO PESADO
Estrela do DEM, Omar Coelho promete usar, literalmente, todo seu peso na luta para emplacar Thomaz Nonô no governo do Estado. E ele próprio estará no tablado, batalhando uma vaga na Assembleia.

RENAN GOVERNADOR
O senador Renan Calheiros fará o anúncio sobre a decisão do PMDB, mas muitos partidos da frente oposicionista já trabalham contando com Renan Filho na disputa pelo governo estadual.

ESTAVA ESCRITO DESDE ANTIGAMENTE
Thomaz Nonô, líder do Democratas, disputaria (como disputará) o governo em qualquer hipótese. Disputaria, se Teotonio renunciasse e lhe passasse o cargo em sucessão – nesse caso seria ‘candidato natural’. Disputará, com Vilela governador até o último dia do mandato, mesmo sabendo que já existe um pré-candidato do bloco governista – o senador Benedito de Lira, presidente estadual do PP.

SEM ENTREVEROS
A sucessão deste ano será decidida em segundo turno. Portanto, Nonô e Benedito podem concorrer em harmonia e combinar: o vencedor terá o apoio do vencido no turno decisivo.

QUEM VIVER VERÁ
Aliados de Teotonio Vilela avaliam que muita gente (críticos do atual governo, inclusive) já no próximo ano ‘cairá na real’ e se dará conta de que todos por aqui ‘eram felizes e não sabiam’.

RENAN PODE, MAS NÃO ANTECIPA SUA POSIÇÃO
Com Téo Vilela fora do processo eleitoral, o senador Renan Calheiros será naturalmente cobrado a se definir sobre a sucessão estadual. Primeiro, anunciando o nome do PMDB para concorrer ao governo. Depois, definindo se o partido lançará candidato ao Senado ou se apoiará a reeleição do ex-presidente Collor. A questão é saber se Renan, raposa velha, acredita mesmo na ‘desistência’ de Viela.

CERTO E DUVIDOSOS
Dos atuais vereadores, um tem reduto e cacife para tentar uma vaga na Assembleia: Silvano Barbosa. Plantou, adubou e hoje tem o Benedito Bentes a apoiá-lo. Os demais são candidatos lotéricos.

PARADA FEDERAL
Ledo engano supor que a ‘desistência’ de Téo consolida a reeleição de Collor. O senador sabe como ninguém que enfrentar uma mulher, nos tempos atuais, é parada dura. Ainda mais uma Heloísa.

MARCO FIREMAN COORDENARÁ CAMPANHA
O bloco governista terá dois candidatos à sucessão estadual: Benedito de Lira e Thomaz Nonô. Marco Fireman será o coordenador da campanha, enquanto Rogério Teófilo disputará uma cadeira na Assembleia Legislativa. O coronel Dário César, com cabeça fria e juízo no lugar, vai pensar não uma, mas mil vezes antes de decidir entrar na beligerância eleitoral.

APENAS COINCIDÊNCIA
Houve um repique da violência nos últimos dias, mas é somente uma coincidência que isto esteja ocorrendo no momento em que o governador decide substituir o secretário de Defesa Social.

DECISÃO DE TAVARES
Coragem e civismo. São as palavras mais ouvidas para definir a decisão de Eduardo Tavares de assumir a segurança pública de Alagoas. Alguns simbolizam: “Ele trocou o céu pelo inferno”.

COBRANÇAS ATESTAM BOA AVALIAÇÃO
Tivesse, não iniciando, mas concluindo seu mandato de prefeito, Rui Palmeira teria cacife para disputar o governo. A gestão do tucano está muito bem avaliada com ações que demonstram competência e determinação de trabalho. E, mesmo não sendo o momento oportuno para um voo mais alto, Palmeira tem ouvido insistentes cobranças para sair candidato ao governo em 2014. O que já está descartado.
 

seta

O sonho virando pesadelo

13/01/2014 05:37

Desde a década de 70, as cidades brasileiras vivem um processo de inchação sem cura. No início da expansão urbana, o ‘efeito colateral’ mais comum era o surgimento de favelas, nos grandes centros, seguindo-se os chamados ‘bolsões de miséria’ em áreas periféricas. A partir da década de 90, com o lançamento dos carros ‘populares’, ao problema da explosão demográfica somou-se a problemática do trânsito que, com os anos, acabou ganhando uma dominação nova: mobilidade urbana. Hoje, o desafio é saber como se mover numa cidade inchada – de ruas originais que nunca se alargam ou se estendem – com frotas de veículos que não param de crescer.
É o caso de Maceió. A capital alagoana é ilustrativa do drama das grandes urbes: vender carro, adquirir automóvel, faz parte de uma realidade inexorável. É a materialização de sonhos eternos. É o direito de se locomover com mais rapidez e conforto. Mas, como fazê-lo com as vias urbanas abarrotadas? Não tardou para se notar que há pontos de ‘estrangulamento’ precedendo o que os técnicos profetizam como o colapso total no trânsito do futuro. Então, o que fazer? Ninguém quer abrir mão de ter seu carro, de adquirir o objeto dos sonhos, mesmo sabendo que em pouco tempo ele só vai ser usado em domingos e feriados por falta de espaço nos dias úteis.
É positivo, para a economia, ouvir o relato anual dando conta do aumento da produção automobilística. Mas a realidade impõe indagar: ainda vale a pena comprar carro para enfrentar a neurose que o trânsito caótico desenvolve nas pessoas? A maioria, com certeza, responderá que sim, em nome do desenvolvimento e do direito que cada um tem de transformar sonho em realidade. A resposta definitiva, entretanto, virá mais adiante e será dada pelas vias públicas cada vez mais abarrotadas e menos transitáveis.

“É PRA VALER”
Quinta-feira pela manhã, o secretário de Articulação Política, Rogério Teófilo, foi à Assembleia e, num aceno ao Colunista, garantiu: “Téo não será candidato. Sua decisão é pra valer”.

UM FATO RARO
Para o secretário Marco Fireman (Infraestrutura), Téo acaba de dar rara demonstração de compromisso com Alagoas: “Quando um governador desistiu de seu projeto para cuidar do Estado?”.

A FACE TRAIÇOEIRA DO PT
Em sua página da rede social Facebook, o PT acaba de disparar um libelo contra Eduardo Campos. Como fez com Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Geraldo Alckmin, Agora, a vítima é o governador pernambucano, um político urbano, incapaz de atacar alguém. O PT, de Lula e Dilma, morria de amores por Campos, a quem não poupava elogios. Até que o PSB desatrelou-se da carruagem petista e lançou seu líder para disputar a presidência.

OBJETIVO INÍQUO
Eduardo Campos é o governador mais bem avaliado do Brasil. Isso incomoda os petistas. Incomoda e os inspira a recorrer a ataques vis para tentar moldar uma falsa imagem de um ‘Campos traidor’.

VAI E VOLTA
O PT afirma que a gestão de Eduardo Campos vai bem por causa das ‘obras federais’ em Pernambuco. Mas não explica que as obras são executadas com os impostos arrecadados no próprio estado.

A CONDENAÇÃO ANTES DO JULGAMENTO
Não se sabe se houve ou não desvio de recursos públicos na Prefeitura de Marechal Deodoro. No entanto, da forma a investigação do Ministério Público Estadual acaba de ser divulgada, a ilação geral é de que há irregularidades na gestão de Cristiano Matheus. Ele nega e garante que faz tudo dentro da legalidade, mas alguns veículos de comunicação anunciaram que o PME havia encontrado ‘indícios de desvios’. E se nada for confirmado?

GRANDE OSCAR
Num dos últimos contatos com o colunista, Oscar Fontes ouviu a provocação: “Quando retorna ao batente político?”. E respondeu na hora: “Nunca mais. Agora, sou apenas um simples agricultor”.

SURUAGY EM CAMPO
Apontado como provável candidato a deputado estadual, Divaldo Suruagy, que no ano passado se filiou ao PPS, tem sido visto ao lado de Rui Palmeira durante contatos do prefeito com a população.

DESISTÊNCIA DE TÉO FORTALECE COLLOR?
Comentário e uma velha e discreta raposa política alagoana:
- Com Téo Vilela fora da eleição, a chance de Collor se reeleger aumenta, certo? Depende. Com três em campos – Vilela, Collor e Heloísa – haveria uma fragmentação dos eleitores. Com dois, vira um duelo, um cara a cara. Os dois com discurso forte, virulento, mas um é mulher. E o povo costuma torcer pelo ‘mais fraco’.

E AGORA, NONÔ?
Como na música de Carlos Drummond de Andrade (“E agora, José?”) está todo mundo querendo saber se o vice Thomaz Nonô permanece no cargo ou disputa algum mandato em outubro.

14 DE JANEIRO
O Colunista agradece as mensagens alusivas ao transcurso de mais um aniversário natalício, nesta terça-feira 14 de janeiro. Data que assinala, também, 38 anos de batente jornalístico ininterrupto.

ATRASO DAS OBRAS PARA A COPA DO MUNDO
Blatter diz, e com razão, que as obras da Copa do Mundo estão atrasadas. E estão, apesar do revide de Dilma e Aldo Rebelo. Atraso, diga-se, em relação a outras Copas. Claro, aqui não tinha nada pronto, tudo começou do zero e andou em ritmo de Brasil. Está-se gastando uma fábula, num país pobre, para sediar um torneio com duração de 30 dias, com flagrante inversão de prioridade nos gastos.
 

seta

Primeira Edição © 2011