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Estreou em 1973 como repórter do Diário de Pernambuco, do qual foi redator e editor setorial. Foi editor-geral do Diário da Borborema-PB, Jornal de Hoje e Jornal de Alagoas. Foi colunista político e editorialista de O Jornal. Exerceu os seguintes cargos: Coordenador de Comunicação da Assembleia Legislativa de Alagoas, Delegado Regional do Ministério do Trabalho, Secretário de Imprensa da Prefeitura de Maceió e Secretário de Comunicação de Alagoas. Atualmente é editor-geral do PRIMEIRA EDIÇÃO.

O vice de Renan Filho

02/06/2014 06:18

Sem cacife para encabeçar uma disputa sucessória, o PT de Alagoas tem se contentado com a função de coadjuvante. Foi assim quando Ronaldo Lessa concorreu ao governo, pela terceira vez, em 2010, tendo como vice o petista Joaquim Brito. Agora, como uma das vedetes da Frente de Oposição, o PT deve indicar o candidato a vice na chapa do deputado federal Renan Filho.

Outros partidos, claro, cobiçam a indicação, mas uma circunstância especial favorece o PT: o ex-presidente Lula decidiu apoiar Renan, após lamentar a aliança do senador Benedito de Lira com o PSB, e isso confere ao Partido dos Trabalhadores a primazia de indicar o candidato a vice-governador.

É verdade que o PT, em Alagoas, não passa de uma legenda nanica, sem grandes lideranças, mas não se pode relevar sua condição de partido ocupante da presidência da República e com uma das maiores fatias do horário gratuito no rádio e na TV, o que o transforma, por esses atributos, em agremiação de peso.

Caberá, sobretudo, ao PT local decidir se indica ou não o vice, mas a palavra, a recomendação de Lula deverá ser determinante como uma ordem de comando. Não custa lembrar que o ex-presidente exerce poderosa e direta influência no governo da companheira Dilma. O que significa dizer que o petista indicado para vice de Renan terá assegurado, em caso de insucesso eleitoral aqui, um cargo relevante na estrutura do governo federal.

Judson Cabral, por exemplo, tem 99% de chance de se reeleger deputado estadual. Indicado por Lula para ser vice na chapa do PMDB, poderá até hesitar, mas, muito bem aconselhado e persuadido, acabará aceitando os ‘argumentos’ do chefe Lula, com pleno aval da camarada Dilma Rousseff.

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Renan reage contra TSE, e até ministro do Supremo fica a favor do Congresso

29/05/2014 13:45

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), numa decisão conjunta com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciouque o Legislativo vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de modificar o número de deputados por estado para as eleições deste ano. Já o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse que cabe ao Congresso definir o tamanho da bancada.

"Competência não é fruto do desejo ou da vontade. Competência tem quem pode, não quem quer. O que o Tribunal Superior Eleitoral está fazendo reiteradamente é bullying institucional. A recorrência do tema surpreende, confundindo-se até com obsessão", disse Renan.

Depois de conversar com Henrique Alves e se reunir com vários parlamentares, Renan afirmou que a decisão foi um desrespeito à independência do Legislativo. Como presidente do Congresso, Renan ingressará no STF com uma Ação Direta de Constitucionalidade (ADC), para que o Supremo confirme a competência constitucional do Legislativo de ter aprovado um decreto legislativo revogando resolução do TSE que mudava o cálculo das bancadas com base em dados populacionais.

Além disso, segundo ele, a ação é para que o Supremo confirme que a mudança de representação só pode ser feita por meio de lei complementar e que, por isso, o TSE jamais poderia ter aprovado Resolução alterando o tamanho das bancadas.

Para o ministro Marco Aurélio Mello, cabe ao Congresso Nacional definir o número de deputados federais, além de não ser correto aplicar a nova regra neste ano:"Eu creio que o TSE proclamou que o decreto como está compreendido, dentro de um ano que antecede as eleições, ele não se aplicaria às eleições. Agora, a problemática é muito séria, considerada essa dança de cadeiras. A rigor, a dança tem que ser promovida pelo próprio Congresso. É o que quer a Carta da República. Por isso fui voto vencido quando o TSE resolveu remanejar as cadeiras", disse.

Em plenário, Renan fez duras críticas ao Poder Judiciário, especificamente ao TSE. Renan disse que o tribunal "usurpou" de suas funções e está criando "instabilidade política" quanto às regras das eleições de outubro. Ele se reuniu com o ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, e pediu apoio à ADC.

Entre os estados que perderão deputados federais está o Rio, com menos um parlamentar. Como o total de vagas na Câmara influencia nas Assembleias Legislativas, a Alerj também perderá uma cadeira. O presidente da Casa, Paulo Melo (PMDB), afirmou nesta quarta-feira que entrará com um recurso no STF para garantir a atual composição. Ele considerou a decisão do TSE como "autoritária e que foge da competência do tribunal". O Piauí também entrará com uma ação.

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Declaração de apoio a Aécio não afasta Ronaldo Fenômeno da Rede Globo

29/05/2014 05:45

O declarado apoio do ex-craque Ronaldo ao senador Aécio Neves, pré-candidato à presidência da República, não abala a estabilidade do Fenômeno dentro da Rede Globo.

Para ter Ronaldo, o maior artilheiro de todas as Copas do Mundo, a Globo topa qualquer parada, daí fechar ‘os ouvidos’ para a manifestação política do ex-goleador da seleção brasileira.

Ronaldo declarou apoio a Aécio Neves logo após criticar a organização da Copa e afirmar que se sentia envergonhado com os atrasos nos preparativos para o Mundial.

A presidente Dilma reagiu, se disse chateada, mas sabendo de quem estava falando, preferiu não polemizar.

Ronaldo não é apenas um ídolo do futebol brasileiro mundial, é ídolo, sobretudo, das crianças. E isso pesa.

Sobre sua manifestação de apoio ao senador de Minas Gerais, a Globo limitou-se a dizer que o ex-craque não é funcionário da Organização, mas ‘comentarista esportivo’.

A coluna Outro Canal, da Folha de S. Paulo, trata amiúde essa questão.

 

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Vergonha nacional

26/05/2014 05:30

O ministro de nome bizarro – Teori Zavascki – tacou a caneta e mandou soltar os 11 presos da Operação Lava-a-Jato, da Polícia Federal. Onze acusados de um esquema de desvios que podem chegar a fabulosos R$ 10 bilhões. Estupefação geral.

Um dia depois, o mesmo ministro recuou e ordenou que os denunciados continuassem presos (exceto o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que teria embolsado R$ 300 milhões). O que aconteceu? Por que o mesmo ministro mandou soltar e, logo em seguida, voltou atrás?

É a legislação brasileira. Leis feitas para proteger gangsters engravatados. Monta-se uma quadrilha, pilha-se o dinheiro público e, no final, fica todo mundo em liberdade porque dentre os bandidos, figura um deputado federal. Como tem foro privilegiado, ele só responde a processo perante o Supremo Tribunal Federal (que deveria cuidar, e só, de questões que envolvessem a aplicação do disposto na Constituição Federal).

O ministro mandou soltar porque a legislação é escandalosamente clara: processo com deputado federal (ou senador) no meio vai para o STF com toda a curriola denunciada. E como tudo no Supremo anda com a lentidão de um paquiderme (até por excesso de ações), fica todo mundo numa boa, livre, curtindo...

Depois, mandou prender porque o juiz federal que instaurou o processo no Paraná advertiu: “Vai fugir todo mundo”.

Essa é a situação que responde a uma pergunta recorrente dos alagoanos: por que não tem um só taturana na cadeia? Isso, porque alguns deputados estaduais denunciados foram premiados com mandato federal. Aí, o processo subiu para o Supremo e lá está, imóvel, estático como um busto petrificado. Enquanto isso, por aqui a meninada faz a festa...

 

SÓ COMEMORAÇÃO

A tropa de choque de Renan Filho vibrou com o anúncio de Lula, de que está fechado com o pré-candidato do PMDB em Alagoas. Agora, todos torcem para Dilma voltar a subir nas pesquisas.

 

NA ARQUIBANCADA

Estrategista palaciano faz uma previsão: Eduardo Tavares poderá crescer, mais que o esperado, se o duelo entre Renan e Benedito resvalar para troca de acusações. Observação pertinente.

 

DE DEPUTADO PARA DEPUTADO

Consta que, em momento de descontração, o deputado Dudu Holanda teria rebatido a estocada do deputado João Lyra (“Dudu bebe demais”) com uma tirada antológica, sem malícia, com todo respeito: “Eu bebo, mas quem fabrica o álcool é o senhor”.

 

TEMPO VALIOSO

Coligações, só em junho durante as convenções, mas até lá a luta para atrair partidos será grande. Não só para robustecer as chapas majoritárias, mas, sobretudo, para ampliar o tempo no rádio e TV.

 

PALCO DA CAMPANHA

Reduzida a três meses (prazo do calendário oficial) a campanha eleitoral se trava pra valer no horário gratuito da televisão. Tem sido assim desde que comício e carreata viraram coisa do passado.

 

TEÓFILO ESPERA HORA CERTA PARA SE DEFINIR

Em mergulho estratégico, Rogério Teófilo espera a ‘hora certo’ para decidir o mandato que vai disputar em outubro.  Momento certo é esperar que Luciano Barbosa trace seu rumo. Traduzindo, se o ex-prefeito arapiraquense sair candidato a vice-governador, por exemplo, Teófilo sai para deputado federal. Assembleia só se Barbosa resolver disputar o mandato federal.

 

COM TODO GÁS

De um correligionário de João Lyra, apostando em novo mandato: “Se antes, comandando o grupo empresarial, ele já conseguia acumular as funções de industrial e deputado, quanto mais agora”.

 

CPI DO NADA

A mídia nacional não está dando a mínima para a CPI da Petrobras, formada só por governistas. A expectativa se volta para a formação da CPI Mista, com o rolo compressor da oposição.

 

SE LULA PUDESSE, MAS NÃO PODE...

Lula, se pudesse, andava por aí batendo a grosso e varejo em Eduardo Campos. Não pode porque o escolheu como ministro, e não vai agora confessar que nomeou um auxiliar ‘incompetente’. Lula teme, e como, que Campos, com seu jeito folgazão, acabe se transformando em um Collor de 1989 ‘sem arrogância’.

 

QUANDO TUDO É NADA, MAS É TUDO...

A Folha de S. Paulo fez um cálculo e concluiu: a despesa com a Copa do Mundo (mais de R$ 25 bilhões) representa apenas o gasto de um mês com a educação no Brasil. Bom. Falta precisar, apenas, quantos hospitais, quantos postos de saúde e quantas escolas seriam construídas com a merreca do Mundial.

 

TÉO E RÉGIS

Se acreditar, pra valer, em seu candidato Eduardo Tavares, o governador Téo Vilela não ligará para o fato de o PPS, de Régis Cavalcante, ter se bandeado para o bloco de Benedito de Lira.

 

TÉO E MAURÍCIO

O PPS e o PR de Maurício Quintella. Por que? Ora, se aposta na ida de Eduardo Tavares para o segundo turno, claro que o tucano Vilela vai querer contar com esses partidos na votação decisiva.

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A bomba

19/05/2014 06:01

O Brasil caminha, cadenciado e firme, para uma reedição de 1986. Naquele ano, sob a euforia do Plano Cruzado, o PMDB elegeu 22 governadores de 23 possíveis. O presidente era José Sarney que, de acólito da ditadura, saiu da Arena para o PMDB e virou herói da resistência democrática nacional...

O Plano Cruzado obrou o milagre de conter os preços. Sarney congelou tudo e nomeou cada cidadão fiscal do mercado. Os preços foram mantidos, artificialmente, sem reajustes, inclusive os combustíveis. Vieram as eleições de 15 de novembro e, na semana seguinte, estourou tudo. O custo de vida foi para o espaço. O episódio ficou conhecido como o maior estelionato eleitoral da história da República. Indignado, o povo então decretou: “PMDB na presidência nunca mais”.

A relação com hoje é visível. O governo precisa reajustar os combustíveis (a defasagem da gasolina supera 20%), a energia elétrica, as chamadas bebidas frias (incluindo a popular cerveja). Os aumentos, porém, estão sendo contidos, afetando a Petrobras, prejudicando a receita federal, em razão das eleições de outubro.

Os líderes petistas – Lula, Dilma – sabem, e como sabem, que  chegou a hora. O ciclo petista agoniza e sua falência total, por metástase, poderá acontecer já este ano. Daí a disposição de armar uma bomba-relógio de poder devastador contra a economia popular. Bomba que poderá, inclusive, explodir no colo da própria Dilma se o processo de mudança sofrer retardo.

Imagine gasolina, diesel, energia elétrica, bebidas, transportes – além dos produtos que, tradicionalmente aumentam com a chegada do final do ano – tudo subindo de uma vez, de uma só lapada, depois das eleições. Uma bomba.

 

ABRINDO O JOGO

A propósito, o ministro da Casa Civil, Aloízio Mercadante, abriu o jogo: “O governo segura os preços para conter a inflação – em defesa dos cidadãos”. Ótimo. A questão é: até quando?

 

TEMPOS MODERNOS

Pérola de autoria de Arnaldo Jabor, também conhecido como ‘metralhadora giratória’: “Se vivo fosse, o saudoso PC Farias seria julgado hoje por um tribunal de pequenas causas”.

 

UM GESTO DE PURA COERÊNCIA

Jéferson Morais foi coerente ao retirar sua assinatura do requerimento para criar a ‘CPI do Presídio do Agreste’. Objetivo da Comissão: desgastar o governo no ano eleitoral. Além de democrata, o deputado tem participado de atos de Téo Vilela no interior, onde obras públicas costumam se transformar em votos.

 

ACREDITE SE QUISER

Amapá, terra adotada pelo senador Sarney, tem 24 deputados, sendo que 21 estão com os bens bloqueados por corrupção. Por pouco, muito pouco, a moçada não consegue unanimidade.

 

APENAS COINCIDÊNCIA

Zé Dirceu está sendo investigado por suspeita de uso de celular na Papuda. É com celular, em SP, que os líderes do temido Primeiro Comando da Capital comandam o crime de dentro das prisões.

 

TEM LIVRO DE ROSTAND NESTA QUARTA-FEIRA 21

O versátil Alberto Rostand Lanverly  lança nesta quarta-feira (21) o livro ‘Penso por isso escrevo’, título que evoca a máxima de René Descartes (‘Penso, logo existo’). Será às 19 horas, na Bodega do Sertão (Jatiúca). Engenheiro viajado, com notável experiência em Engenharia de Transporte, Rostand se destaca também como excelente cronista, autor de obras que lhe renderam o ingresso na Academia Maceioense de Letras.

 

FANTASMA DO PASSADO

Coberto de razão, o PT levou seu programa ao ar alertando contra o fantasma do passado. O povo está atento, sabe que o fantasma – a inflação – foi debelada pelo Plano Real com FHC no governo.

 

FANTASMA DO PRESENTE

O fantasma preocupa – assusta e apavora – porque está de volta com Dilma no poder. A inflação que está aí (e que não é a inflação real, diga-se) é um monstro que aterroriza a população.

 

AVISO DE FOSTER CAUSA ‘SUSPENSE’

Graça Foster, a competente presidente da desgastada Petrobras, avisa que o preço da gasolina deverá ser reajustado ainda este ano. Se o governo petista agisse com o mínimo de transparência, diria para quando a garfada é esperada: antes ou depois das eleições? Bom, de tão óbvio, talvez não precise dizer.

 

VILELA ESTRATEGISTA

Téo Vilela só perdeu uma eleição: quando, deslocado, quis deixar o Senado para ser prefeito de Maceió. As demais ganhou fácil. A oposição sabe disso e rotula Vilela de ‘estrategista silencioso’.

 

SÓ EM ALAGOAS

Até o início do ano, todo mundo queria pegar uma carona no Canal do Sertão. Não deu, o mérito é de Téo Vilela. Pois agora, na ALE, tem deputado questionando a validade da obra.

 

PRESSÃO PARA SIMONE CONCORRER A ESTADUAL

As posições de Simone Andrade, dentro e fora da Câmara, rendem-lhe apoio popular. Nos bairros e localidades onde atua ouvindo os reclamos da população – Trapiche, Ipioca, Poço, Prado e outros – a vereadora tem ouvido apelos para sair candidata a deputada estadual. Mas desconversa com uma pergunta instigante: “E meu compromisso com Maceió?”.

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Primeira Edição © 2011