21/06/2019 19:18
É paradoxal, para dizer o mínimo. As pessoas que mais apaixonadamente defendem a “universidade pública, de qualidade, para todos”, são as que, de modo mais descarado, dela se apropriam para fazê-la coisa sua e colocá-la a seu serviço. É o que chamo privatização político-ideológica da universidade pública.
A dissimulação chega a ser grotesca, mas, para quem quer ser enganado, meia mentira basta. Se o sujeito acredita no discurso, danem-se os fatos. Usam do ambiente acadêmico. Na verdade é mais do que isso. Usam e abusam, fazem dele uma espécie de casa da sogra de genro malcriado, que não conhece limites a essa apropriação.
Não vou chover no molhado do verdadeiro caudal de vídeos, denúncias, reportagens, testemunhos, referentes a abusos de toda ordem e, perante os quais, quem erguer a voz recebe o adesivo de fascista. No Brasil, hoje, ser chamado de fascista é a melhor evidência de não o ser. Mas não estou tratando aqui de curiosidades da vida estudantil nem de meros arroubos juvenis. Estou falando de organizações partidárias e correntes revolucionárias que se apoderaram do espaço acadêmico causando imenso dano à sociedade brasileira.
A miríade de órgãos que aí atuam, ao não fazer ou fazer mal aquilo para o que foram concebidos e para o que recebem recursos públicos, comprometem o desenvolvimento do país. Ademais, o próprio desenvolvimento mental dos estudantes é afetado pelo hábito de submeter a busca da verdade aos credos do “coletivo”. Enfatizo esse aspecto porque ele se faz cada vez mais difícil de esconder.
A Universidade deveria abrir as mentes, provocar o saber, estimular os estudantes a estudar. E a estudar muito, aprender com honestidade intelectual e abertura à divergência, cultivando o conhecimento e o diálogo na exaustiva busca da verdade. Palavras de ordem, rotulagem e xingamento talvez caiam bem em reunião de sindicato.
A pergunta que me faço é se os abusadores da universidade brasileira não se constrangem diante do contraste entre os meios que usam e os fins de tais instituições. O que diriam os grandes filósofos sobre esse aparelhamento grosseiro que acontece no Brasil, para serviço de causas particulares e “conquistas” que dependem do incansável martírio da verdade?
O cotidiano do espaço acadêmico é tão relevante sob o ponto de vista do interesse público, que a Constituição Federal, graças àquela visão do paraíso que regeu o processo constituinte de 1988, lhe concedeu ampla autonomia. Essa autonomia sem limites favoreceu a invasão pelo corporativismo e o aparelhamento. E, na confluência dessas condições, a universidade pública virou uma casamata.
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* Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
14/06/2019 21:22
Quem é contra a reforma não é contra o Brasil. Devagar como o andor!
Por que as causas que levaram a Previdência Social ao suposto déficit não são mostradas e os seus responsáveis são omitidos? Por que não abrem a caixa-preta previdenciária para a sociedade conhecer a origem do rombo e os seus responsáveis? Os responsáveis administrativamente e os governos que autorizaram o desvio de recursos da Previdência para outras finalidades vão ficar impunes? Por que os grandes devedores da Previdência Social não pagam a Previdência e contam com a benevolência das políticas governamentai
Por que o presidente Bolsonaro não se preocupa com o enxugamento das despesas públicas de Brasília, que consomem nos Três Poderes da República todo o dinheiro da nação?
Por que a Previdência Social agora é eleita a mãe de todas as mazelas do descontrole das contas públicas? Vamos falar sério e deixar de enganar a sociedade.
O trabalhador previdenciário não pode pagar sozinho os descaminhos de políticas irresponsáveis, que administraram mal o dinheiro da Previdência Social até o presente.
A reforma é necessária, mas tem que ser realizada em todas as áreas dos Três Poderes e não somente de solavanco na Previdência Social.
Esperava-se que o governo tivesse pronto um projeto alicerçado em plataforma de estudos a ser aplicado no curto, médio e longo prazo, mas não foi isso que vimos!
O governo deveria ter apresentado ao Congresso, como demonstração de sua seriedade, um único pacote contemplando as reformas da Previdência civil e militar, Tributária, Administrativa, da Segurança pública, Educacional e Política, se de fato tivesse pré-elaborado um plano de governo eficiente para presidir o Brasil.
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC
11/06/2019 09:58
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31/05/2019 16:56
A ciência médica está continuamente fazendo avanços rápidos: novos medicamentos e tratamentos são desenvolvidos e introduzidos no mercado a cada ano, mas podemos aproveitar melhor esses avanços levando a evolução em consideração.
Há pouco tempo usávamos gesso para tratar fraturas e hoje as órteses removíveis com seus velcros sempre com sua proposta inovadora, de fácil remoção e facilitadora de ganho de mobilidade vieram possibilitar fazer a fisioterapia precoce e está ganhando cada vez mais espaço na ortopedia.
Na área esportiva suplementos entram e saem da moda, dietas entram no mercado inovando e prometendo resultados e em meses muda-se ou evolui o raciocínio algumas vezes até voltando atrás em pensamentos antes ditos como errôneos. Assim foi com o ovo que passou de vilão à mocinho!
Como todos os sistemas biológicos, ambos os organismos causadores de doenças e suas vítimas evoluem. Compreender a evolução pode fazer uma grande diferença na forma como tratamos a doença. A evolução dos organismos causadores de doenças pode ultrapassar nossa capacidade de inventar novos tratamentos, mas estudar a evolução da resistência aos medicamentos pode nos ajudar a retardá-los. Aprender sobre as origens evolutivas das doenças pode fornecer pistas sobre como tratá-las. E considerando os processos básicos da evolução pode nos ajudar a entender as raízes das doenças genéticas e como dominá-las.
Já em 2014 se falava sobre terapia genética e plasma rico em plaquetas como uma novidade no tratamento de lesões, com capacidade inovadora de ajudar na recuperação. Mas a liberação do uso foi autorizada para fins acadêmicos e de pesquisa pela ANVISA em 2015.
E assim aguardaremos os novos passos e resultados da utilização da terapia genética, tratamento com células mesenquimais, células tronco e plasma rico em plaquetas na utilização de tratamento das lesões.
A evolução da medicina nos ajuda a resolver problemas biológicos que afetam nossas vidas e contamos sempre em ficar um passo à frente das doenças patogênicas, buscando sempre as terapias menos invasivas com resultados mais eficazes e rápidos. Mas os pesquisadores devem entender os padrões evolutivos dos organismos, os genes causadores de doenças e devem também saber controlar nosso sistema de reparação tecidual de forma ordenada. Dessa forma, com o conhecimento da evolução e sempre nos atualizando, poderemos melhorar a qualidade da vida humana.
E assim avançamos!
Ana Paula Simões é Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.
08/05/2019 16:00
A ideia de que todo compromisso afetivo reduz a liberdade é de fato verdadeira. Com os relacionamentos vem as “obrigações" de ambas as partes e alguns consideram que junto venham algumas amarras. Com a crescente demanda por liberdade, muitos tem partido da premissa de que somos seres totalmente livres, até estarmos presos a um compromisso. Mas será isso verdade?
Em resposta a essa questão, a modelo e influencer, especialista em relacionamentos Ana Paula Saad relata que na sua opinião o segredo para manter um relacionamento pode estar na liberdade: "Nos dias de hoje, em que todos prezam pela liberdade, o segredo para manter o relacionamento é ser livre e dar liberdade ao parceiro”.
Ainda que seja um posicionamento polêmico, existe desde a década de 70 uma corrente que acredita no “amor livre” e em relacionamentos abertos como forma de não privação das liberdades individuais. Sobre essa linha de pensamento, que ainda encontra adeptos nos dias de hoje, Ana Paula Saad toma como base a própria experiência: “Houve um ponto em que não só o casamento ficou desacreditado, mas os relacionamentos de casal também começaram a ser vistos como um freio à liberdade e então surgiram os relacionamentos abertos. Tive um relacionamento aberto. Eu ficava com quem queria e ele também. Durou 8 anos e nos amávamos muito. Hoje em dia 8 anos já é muito, então durou bem.”
A modelo aponta que a falta de liberdade pode dar brechas a alegados motivos de traição e que é melhor deixar o parceiro livre como forma de manter o relacionamento vivo: "Essa questão de traição, prendendo o homem ou não ele vai fazer. Marcação e privar o parceiro de ter liberdade não é a solução, pelo contrário. Se o homem quiser trair, vai fazer escondido. Então deixo-o bem solto que aí ele me valoriza mais e vai pensar duas vezes antes de pegar outra. Não estou dizendo que a solução definitiva é um relacionamento aberto, como eu tive, mas que os parceiros devem se dar mais espaço e não tentar anular quem o outro é, além de não agir como se o outro fosse sua propriedade ”.
Ana Paula é considerada um ícone da beleza. A ex musa do São Paulo Futebol Clube atualmente mora nos Estados Unidos, tem 20 anos de carreira e já estampou as mais famosas revistas masculinas, como a Sexy e a Playboy.
Primeira Edição © 2011